Às vezes fico a me questionar
na eterna condição e crise do ‘ser ou não ser’, será que sou mesmo legal com as
pessoas?
Questiono o meu próprio
comportamento perante as pessoas, principalmente aquelas mais próximas, ‘familiares’,
exigindo o melhor delas, e quando tais pessoas não conseguem ser felizes pelas
suas próprias condições negativas de suas covardias eu as desprezo.
Não me julgue erroneamente,
mas vocês como todo mundo deve ter algum parente bem próximo que você ama, e
vive fazendo coisas erradas cujas conseqüências ruins, fazem toda a sua família
sofrer, inclusive você próprio!
Antes eu sofria muito, quero
dizer continuo a sofrer pelos infortúnios pelo que a pessoa que eu gosto está
passando, mas hoje e à medida que eu amadureço estou sofrendo cada vez menos,
pois estou compreendendo que a própria pessoa tem que passar por todos esses
sofrimentos, para evoluir ou aprender algo na sua própria vida.
E quando disse que eu as
desprezo é porque chega um momento em que cansamos, pois temos nossas próprias
dificuldades, pagamos pelos nossos próprios erros tendo que acertar as contas
com os nossos próprios demônios interiores, e ninguém poderá dizer que não fiz
nada para ajudar pessoas que digo tanto amar neste mundo.
Dei conselhos, providenciei
tudo que faltava a essas pessoas, no sentido de conforto material, fiz tudo ao
meu alcance, pois não sou uma pessoa afortunada e busco viver bem com o pouco
que tenho, e de repente tais pessoas parecem não refletir sobre as nossas lutas
para dar o melhor a elas e muito pior, não demonstram o mínimo de gratidão,
procurando se esforçar por méritos próprios e lutar em busca da sua própria
felicidade.
Não quero me parecer ou me
fazer de vitima, mas como mencionei a minha luta individual é solitária e
difícil, não é fácil para ninguém, então chega o momento em que abrimos mão.
E passamos ignorar, deixamos
de fazer qualquer coisa que acreditamos estar ajudando a pessoa sofredora,
porque quaisquer esforços que fizermos em prol dessas pessoas terá sido em
vão, pela simples razão de que elas não
querem melhorar, reclamar virou um hábito, estão acostumadas a se fazerem de
vítimas, por não quererem refletir sobre suas próprias condutas em suas vidas.
Racionalmente é fácil
explicar comportamentos irracionais daqueles que amamos, o difícil é aceitar
emocionalmente os sofrimentos que elas devem passar, por todos os infortúnios
que elas mesmas criaram.
Pois dizem que a vida é uma
escola e se a pessoa opta por não aprender pelo bem, aprendemos pelo mal, mesmo
tendo que pagar um preço alto pela teimosia de não querer aprender!
Estou me questionando, pois
odeio agir como juiz e julgar as pessoas quem eu as ajudei e continuam nas
mesmas mesmices, sofrendo por conta própria, de repente, o meu lado racional diz
que não tenho que me “matar” sofrendo emocionalmente por aqueles que não se
importam com suas próprias vidas, afinal de contas como mencionei, eu também
tenho que acertar contas com os meus próprios erros, pagando pelos meus
próprios demônios interiores e não tenho mais paciência de querer ajudar quem
não quer se ajudar.
Paulo RK
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