Antes que alguém possa me
condenar por ter mencionado que sou “duas caras” permita explicar!
A vida é uma estrada com
vários caminhos, onde a nossa escolha determina o sucesso ou o nosso fracasso
em uma determinada jornada, mas nenhum caminho é bom ou ruim, pois possuem a
mesma finalidade, de conduzir aos nossos destinos ou algum lugar determinado.
A diferença entre o caminho
bom do caminho ruim são as pessoas que encontramos nelas, obviamente que a
gente não faz questão de conhecer pessoas ruins, mas de certa forma são tais
pessoas que nos torna em pessoas melhores em todos os sentidos.
Então quando às vezes temos
que escolher um caminho ruim, e sabemos que encontraremos pessoas igualmente
ruins, temos que nos adequar a realidade local para não conflitar, e ter a
máxima sabedoria para podermos aprender e absorver aprendizados com tais
pessoas ruins.
Ninguém é melhor que ninguém,
mas algumas pessoas deste mundo possuem caráter questionáveis enquanto algumas
outras se quer tem caráter, mas como mencionei anteriormente, não podemos
desprezar quem quer que seja, pois aprendemos muito no contato com pessoas
diversas.
Foi quando aprendi a
desenvolver “duas caras” ou duas personalidades para “administrar” melhor
‘pessoas diversas’, e não quer dizer que sou falso, pois cada pessoa reage de
forma diferente as nossas próprias gentilezas.
Este assunto tema me fez
lembrar uma colega de classe do ensino médio, a garota que aqui vou chamar de
garota y, uma evangélica fervorosa, começou a me tratar mal por conta de uma
outra colega descolada que aqui chamarei de garota x, com quem eu interagia da
forma mais “descontraída” que os próprios evangélicos não se permitem, devida
as restrições morais “típicas” do aprendizado deles.
Sou muito espontâneo e adoro
pessoas espontâneas, então a garota x era o tipo de garota descontraída, e eu e
ela, éramos a ‘dupla dinâmica’ da classe, notas boas e interagíamos
frequentemente com os professores, e os mestres nos adoravam, mas quando um de
nós faltava, ficávamos meio que com ‘menos gás’, e todos percebiam a mudança de
comportamento solitário.
Mas mesmo assim continuávamos
legais com todos, mas sempre tem uma exceção, ‘a tal garota y’, evangélica
começou a me desprezar, inclusive ela me dava carona, pois seu namorado ia buscar
sendo que ela morava no caminho de casa.
Perdi a carona, e muito pior
a garota y começou a virar a cara para mim, numa demonstração de hostilidade e
infantilidade, eu nem liguei, na verdade só lamentei a perda da carona, pois
estava economizando um dinheirinho, não tendo que tomar lotação.
Percebendo o quanto ela
estava sendo hostil comigo, comecei a provocar ela, ficando mais tempo com as
“coleguinhas” dela, e percebia a fúria em seu semblante, todas as vezes que
fazia as suas colegas rirem como se não houvesse o amanhã, e para provocar mais
ainda, ficava olhando na direção dela, com o intuito de que pensasse que
estávamos rindo da cara dela.
Como vocês devem saber tem
muita gente problemática e complexada neste mundo, ‘muita gente mal resolvidas’
se fazendo de vitima por todos os infortúnios que lhe acontecem, sem analisar
seus próprios comportamentos hostis em relação o seu semelhante.
Foi ai que uma da suas
coleguinhas me informou que a garota y fazia a minha caveira perante os colegas
da classe, dizendo que sou falso e que a única pessoa quem eu gostava da classe
era a garota x, a descolada e descontraída.
Não é que eu preferia mais
ela e destratasse os demais colegas, mas em qualquer lugar do mundo, a gente
sempre tem os prediletos, pessoas com quem nos identificamos melhor que os
outros e tem outro detalhe, eu jamais me permitiria certas brincadeiras com a
garota y, a ‘evangélica’ pois sei que tais pessoas são cheios das restrições,
julgando o mundo normal ou o mundo que eles não aceitam, como se fosse
pecaminoso.
Por uma fraqueza qualquer a
garota y, se sentiu afrontada, talvez por ciúmes, começou a me hostilizar
gratuitamente, achei estranho, pois eu nunca a destratei, mas foi uma burrice
dela perder a minha amizade por isso, por uma bobagem da própria fraqueza do
caráter dela.
Que culpa tenho eu se ela não
tem inteligência emocional?
Foi desde então que aprendi a
ter duas caras, não me agrada em admitir tal condição publicamente, mas estou
sendo sincero, porque tem gente que não nos aceita do jeito que somos, e para
eu não ter que conflitar e “perder” certos privilégios, como neste caso, perdi
a carona, eu aprendi a ser simulado com pessoas emocionalmente carentes, que
ficam nos julgando, só porque não fazemos de tudo para agrada-los.
Infelizmente não podemos ser
cem por cento honestos com todos, às vezes temos que agradar as pessoas, mesmo não
tendo vontade somente para que elas não se tornem nossos desafetos, é por isso
que me tornei o “duas caras”, para não ter que conflitar com as desinteligências alheias!
Paulo RK
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