Assim me defino sem culpa ou
por vergonha em admitir a minha própria fraqueza interior, sim sou fraco, e o
meu coração sangra à toa e por qualquer coisa.
Porque a verdadeira coragem
reside dentro daqueles que não tem medo de admitirem as suas próprias
fraquezas, daqueles que apesar de serem fracos, se faz forte, apenas para
motivar pessoas sofridas que precisam de incentivos e motivações humanas,
lembre se que pessoas precisam de parâmetros, precisam de ‘modelos’ verdadeiros
com quem possam se identificar e se inspirar.
Não sou chorão, mas muito
‘sensível’ as insensibilidades alheias, me faço forte, me mostro forte, para
não desanimar as pessoas do meu entorno,
porque ainda que eu padeça pelos sofrimentos das pessoas, não posso demonstrar
fraqueza quaisquer, porque tais pessoas estão desanimadas e não precisam de
pessoas que chorem por elas, mas de alguém que as compreendam e mostrem o
caminho para que elas mesmas possam trilhar.
Porque ajudar pessoas, não é
dar esmolas, mas mostrar a elas o caminho correto, porque o livre arbítrio
existe e cada qual precisa tomar as suas próprias decisões, e tudo que
precisamos é motivar as pessoas desanimadas com as suas vidas.
A semana passada e por
enquanto essa semana estão sendo muito difíceis para mim, pra começar a semana
passada passei um nervoso daqueles, uma desinteligência familiar, que parece
desestruturou toda a minha biologia interna bem como a minha “fortaleza”
interior, ou o pouco que me restava.
Logo, o resultado físico
manifestou, peguei uma gripe daquelas, de ficar com dores nas pernas e no corpo
todo, além de sentir calafrios ao me deitar para dormir, e tosse fortes, logo
que me deitava na cama, nem preciso mencionar que se quer consegui dormir direito.
E pra acabar comigo ou com a
minha “raça”, uma das minhas carpas de estimação morreu, estou me sentindo mal
até agora, pois parece que um pedaço de mim foi tirado bruscamente, e se você
pensa que isso é tudo, não!
O outro peixinho exótico não
parece estar nada bem, e estou muito preocupado que ele venha a morrer como a
carpa.
Eu sei que todos nós
morreremos um dia e que ninguém fica pra semente, a questão é que sou muito
apegado com os bichos de estimação.
Esses peixes eram do meu
amigo que morou aqui comigo, e quando ele foi embora, deixou os e eu acabei
‘como que adotando eles’, eram nove peixinhos dourados e carpas no total, elas
cresceram e estiveram comigo desde 2009, alguns outros morreram antes, e esses
dois remanescentes dos noves estão morrendo, a carpa já foi, agora o pequeno
Kinguio cabeça de leão, está doente, e não sei mais o que fazer!
Embora eu não demonstre no
meu rosto a tristeza que meu coração está sentindo e as pessoas sempre
comentaram o fato de estar sempre sorrindo, como se nada no mundo me afetasse
ou abalasse, por estar sempre de bem com a vida e de bom humor.
Ironicamente hoje uma senhora
amiga de uma cliente minha, comentou que gostaria de ser como eu, uma
“fortaleza”, não agüentei fui ao banheiro para lavar o rosto e quase por pouco
chorei.
“Quase” chorei, não por ter
tido uma discussão feia com a minha irmã problemática, mas pelo fato da carpa
ter morrido e o outro peixinho estar meio doente e não saber mais o que fazer e
a sensação de impotência, inevitável que está me consumindo por dentro e aos
poucos.
Alguns dirão que é ‘exagero’,
são apenas peixinhos de estimação, mas como mencionei, apesar da aparência
forte que eu faço em meu semblante, sou uma manteiga derretida por dentro.
Posso estar parecendo até
controverso para algumas pessoas, que sempre aconselho não chorar pelos entes
queridos que partiram de suas vidas, pois ninguém morre à toa, todos partiremos
um dia quando cumprirmos as nossas missões, e que chorar por quem partiu não é
uma atitude positiva em vida, porque deveríamos
valorizar nossos entes
queridos em vida, e não depois de mortos.
Quantas pessoas
“arrependidas” choram, dizendo ter perdido algum ente querido, quando na
verdade são remorsos disfarçados, por elas não terem feito o suficiente para as
pessoas que diz terem amado tanto nesta vida.
Mas cada caso, um caso e não
quero parecer estar julgando quem quer que seja, a verdade é que estou me
remoendo por dentro, por remorso, pois sei que eu cometi um erro na biologia do
lago, apesar do meu limitado conhecimento sobre o hobby de criar peixes, eu
cometi um erro ao trocar a ração dos peixes, ao retirar as plantas do filtro e
ter alimentados em excesso, só para acabar a ração que eles não estavam
‘apreciando’.
Então a minha tristeza é
mista de culpa, pelos erros cometidos, por pensar que elas morreram pela minha
própria incompetência, pelos meus erros toscos que poderiam ter sido evitadas.
Agora estou agonizando junto
com o Kinguio cabeça de leão, pois ele está nadando estranho, já troquei de
recipiente, estou mantendo a água bastante oxigenada e limpa, mas ele continua
estranho, continua a nadar estranho.
Não queria mas se este
kinguio morrer, fiz a promessa de não criar mais nenhum outro ‘bichinho de
estimação’, porque sofro muito, me apego fácil e me culpo e sempre penso que
deveria ter feito mais e melhor com eles!
Paulo RK
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