Que massa, a data do meu
aniversário é a data do dias dos pais, significando que se um dia eu casar e
tiver filhos, eles vão comemorar o dia dos pais, mais a data do dia em que
nasci, dupla comemoração!
Apesar de não ter ideia se
como pai, darei motivos aos meus filhos ou esposa para eles comemorarem, porque
intenção a gente tem de ser sempre o melhor pai ou mãe, a questão é que não
tenho muita paciência como teve os meus pais comigo.
Não fui um filho
problemático, mas à medida que eles envelhecem, não tenho tanta paciência como
tinha antes com eles, se é que tive
algum dia. (risos)
A questão é que quando
observo alguns amigos que casaram precocemente porque simplesmente “amam” suas
esposas, percebo o quanto eles não tem paciência com seus filhos e as bagunças
que eles fazem.
Eu na minha “criancice”
interior tenho mais psicologia e paciência com as criaturas que esses meus
amigos trouxeram a vida.
Então alguém poderá mencionar
que vou ser um excelente pai, por gostar de crianças e de brincar com crianças,
a questão é, e sempre existirão questões humanas do ser ou não ser, ser legal
de vez enquanto e ter “gaz” pra brincar com tais “remelentos” é ‘mamão com
açúcar’, mas será que eu teria paciência de aguentar todos os dias tais
criaturas endiabradas?
Porque quando o meu amigo
repreende com certa ignorância suas crias, e eu o repreendo dizendo serem
apenas crianças, ele contra diz perguntando querer ver aguentar aquele inferno
todos os dias. (risos)
Enquanto isso a esposa que ele tanto ama, nem
liga pras criaturinhas que ela mesma pariu, porque ela está ocupada fazendo
faculdade e coisas do tipo, enquanto meus amigos se matam para pagar as contas
do lar, dar de comer as crianças e ainda pagar a faculdade de suas amadas.
Quando eu me questiono se um
dia vou casar tendo filhos, como manda o figurino ou como é estabelecido o
padrão patético humano, é porque não aceito esse tipo de exploração.
Dizem que penso desse jeito
porque não encontrei alguém que eu amasse o suficiente para ter “motivos” para
tais sacrifícios.
A questão é que o conceito
que aprendi com os meus pais de que amar é ter respeito entre ambos, é muito
diferente do conceito “moderno”, de um amor unilateral, sendo que a versão dos
meus de sacrifício é de sacrificar mutuamente um pelo outro, e não viver um
estilo de vida de quando éramos solteiros ou solteiras, deixando todas as
responsabilidades apenas de um lado.
Porque amar é compartilhar,
tanto das alegrias quanto das tristezas de nossas vidas, quando duas pessoas se
tornam uma só o peso das dificuldades mundanas se tornam mais amena, ajudando
até a manter o equilíbrio na família, do contrário é verdadeiro.
Mas voltando ao assunto do
dias dos pais, baseado nesta minha reflexão que não acho justo a forma de
pensamento como assumem os casais desta época, quero encontrar uma companheira,
uma esposa, igual a minha mãe foi para o meu pai, parceira, confidente e
respeitadora.
Do contrário acredito ter
preferência por viver uma vida de solteiro, não solitária, mas solteiro, porque
a ideia de viver ao lado de alguém interessada não em mim, mas em tudo que
posso proporcionar a ela (materialmente falando), sem nada ter em troca
(respeito, carinho e amor) me causa ojerizas.
A reciprocidade faz parte de
uma vida feliz, e viver só doando e nada ter em troca me parece um estilo de
vida fatídica, afinal de contas, somos todos humanos, todos com os mesmos
sonhos de encontrar alguém e sermos felizes juntos.
E se tá foda viver neste
mundo escasso de recursos e com mais
qualidade de vida solteiro, é muito pior viver ao lado de quem
visivelmente pouco se importa com nós, só para manter as aparências!
Enquanto isso, vou vivendo um
dia de cada vez, sendo um “pai”
sentimental com todos, dando conselhos e ajudando quem eu puder ajudar,
do mesmo jeitinho que meu pai me ensinou a ser, essa é a minha forma de
respeito em memória dele, propagando seus ensinamentos da mesma forma que ele
me ensinou!
Paulo RK
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