Houve uma época que escrever
em blogs era moda, assim como está sendo hoje ser ‘vlogueiro’ ou nos termos
mais atuais, ‘youtubers’.
Então decidi voltar as minhas
“origens” e visitar alguns blogs do passado que serviram como base e inspiração
para que eu construísse o meu próprio.
Fiquei um pouco triste porque
muitos deles, não existem mais, não sei o que aconteceu se desanimaram ou se
estão sem tempo, mas a verdade é que farão muita falta, pelo menos pra mim,
ávido leitor e profundo ‘estudante’ das cabeças pensantes alheias e anônimas.
No começo eu ficava
vislumbrado com os pensamentos alheios que me faziam literalmente “viajar” ou a pisar onde
eu nunca tinha ‘pisado’ antes, ou se quer imaginava pensar ou me atrever a
enxergar o mundo da forma como eles próprios enxergavam, estava muito além da minha
própria razão de ser e compreensão.
Todos eles perfeitos em
conteúdos e mais ainda, excepcionais em seus formatos que tinham um ‘visual
poderoso’ de tirar o fôlego.
Sem dúvidas que esses
‘blogueiros’ representaram muito para mim e ainda hoje continuam a exercer
fortes influências positivas dentro dos meus objetivos e metas que desejo
alcançar nesta vida.
Obviamente que muitos deles
se quer imaginam o quanto eu os admirei e ainda admiro, sou um tipo de
‘admirador secreto’, que sem quaisquer autorizações bebo todos os dias um pouco
da sabedoria desses gênios anônimos, que contribuem com seus pensamentos e
modos diferentes de enxergar o mundo do seu entorno, nos fazendo refletir e
mudar as nossas próprias visões e conceitos, muitas vezes errôneas e
distorcidas de um mundo convenientemente criado para nos proteger dos nossos
próprios medos de enfrentar a vida.
Por onde anda esses ‘gênios
anônimos’, o que estarão fazendo, por que deixaram de escrever em blogs?
Se é que deixaram de
escrever, alguns excelentes blogueiros, anunciaram via redes sociais, que
deixariam de escrever em blogs, fiquei muito chateado, mas fazer o que se não
cabe a mim à decisão particular de decidir o que fazer na vida das outras
pessoas?
Lembro certa vez que um
blogueiro ficou chateado por ninguém fazer comentários sobre seus escritos, à
questão é que quando o mesmo mencionou tal fato, entrei em parafusos, porque em
seus textos ele simplesmente não se importava com os ‘feedbacks’ das outras
pessoas, ou seja, para ele tanto fazia se alguém comentasse ou não, porque
simplesmente, ele fazia o que gostava de fazer, que era escrever em blogs e
ponto final!
Ah, ‘quase entrei em parafuso’, porque de repente
ele se descrevia de um jeito em seus textos e era completamente o oposto na sua
realidade e pratica de vida, comentou até em desistir de escrever por conta
deste fato.
Eu me lembrei deste episódio,
e fui procurar o seu blog, e uma profunda tristeza me invadiu porque não
encontrei no costumeiro endereço eletrônico.
E foi justo no blog dele que
aprendi a importância de fazermos as coisas que gostamos de fazer, ‘porque
queremos fazer’, porque somos livres, quando somos quem somos, não precisando
pedir permissão para quem quer que seja, porque somos livres na escolha do que
queremos ser!
Um pensamento poderoso e
profundo que não encontrei em nenhuma outra literatura, foi no blog deste
‘escritor anônimo’ que hoje não existe mais, ‘infelizmente’ e que encontrei o
“norte” um rumo para que pudesse direcionar e focar a minha própria mente no
que é mais importante para mim mesmo.
Comecei a escrever em blogs
não por ‘moda’, mas por sugestões de amigos que observaram em mim, dificuldades
para me expressar de forma clara e sucinta, era muito confuso e atropelava em
pensamentos qualquer raciocínio lógico, fazendo de mim uma pessoa sem nexo.
Hoje desde 2009 quando
comecei a escrever pela primeira vez em
blogs, não estou falando bonito, se quer escrevo corretamente, no
entanto consigo me comunicar com as pessoas de forma clara, e ainda que cometa
muitos erros gramaticais e verbais, as pessoas parecem me compreender tal como
eu gostaria que elas me compreendessem, e isso não tem preço.
Pois dizem que aqueles que
sabem comunicar das suas necessidades pessoais para as outras pessoas estão bem
mais próximo do poder de conseguir o que
elas querem, sem o uso da força ou mesmo por tudo que o dinheiro pode comprar,
simplesmente pelo poder das palavras bem utilizadas.
Paulo RK
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