Em anos anteriores “comemorava” os natais quase
sempre nas casas das outras pessoas, nas casas dos amigos, porque
particularmente e como todos sabem não costumo comemorar tal data aqui em casa
por questões culturais, não tendo tradição de celebrarmos festas natalinas.
Mas neste ano resolvi “comemorar”, resolvi fazer
algo aqui em casa e não deixar passar em branco, mas nada grandioso, uma
festinha entre amigos e família.
Convidei alguns familiares mais próximos e alguns
bons amigos do coração, nem todos compareceram, mas como sempre os melhores
amigos fizeram presença.
Apesar das pessoas que eu gostaria que estivessem
comparecidos não compareceram, eu pude sentir o tal do ‘espírito natalino’ aqui
em casa, e foi pela primeira vez, porque afinal de contas, a minha família
nunca teve tal tradição de comemorar tal data, pelo menos os mais antigos.
Permanecemos no quintal na contagem regressiva para
observar as queimas de fogos, dando as boas vindas ao natal e confesso que foi
muito triste, para ser sincero em toda a minha vida, foi o natal mais pobre de
queima de fogos nos céus.
Mencionei que estava feliz por estar com alguns
membros da minha família (irmãs) e alguns bons amigos, e não menti a este respeito,
mas no momento das explosões dos fogos de artifícios, senti a falta daquela
euforia toda que aconteciam nos céus, um espetáculo pirotécnico que tingiam os
céus com as cores azuis, vermelhas e amarelas, mexendo com as nossas almas e as
possibilidades das nossas criatividades mentais.
Uma reflexão aconteceu dentro da minha cabeça e no
meu inconsciente, e lembrei que de uns anos para cá entre os anos de 2013 a
2016, os fogos de artifícios tem diminuído, bem como as decorações natalinas
como os tradicionais pisca-piscas pendurados nas frentes das casas, dando um
clímax ‘gostoso’ desta época do ano.
Tal reflexão que aconteceu dentro da minha mente e
coração me entristeceu, porque pude sentir as dificuldades de um povo que tem
lutado apenas para sobreviver e ultimamente as coisas não andam boa para
ninguém, alias a situação não anda bem para ninguém!
Eu sei que não posso sentir culpa pela situação
difícil das outras pessoas, afinal de contas, ‘todos nós’, temos as nossas
próprias lutas nesta vida, só que de repente a ‘tristeza nos céus’ pela própria
pobreza da queima de fogos, me fez voltar com os sentimentos de quando saí da
faculdade, com todo aquele ímpeto e desejo latente de querer mudar e melhorar o
mundo.
E me fez sentir triste por não ter feito
absolutamente nada para melhorar ou colaborar com o mundo melhor desde que me
formei, tenho que ser sincero e confesso que tenho me preocupado apenas com os
meus próprios umbigos, “vivendo” entretido apenas com os meus problemas e
necessidades pessoais.
O que quero com tal reflexão não é nos punir por
todas as coisas negativas que tem acontecido com o nosso país nos últimos anos
e especificamente com tudo que aconteceu neste ano de 2016, só desejo que as
pessoas soubessem que se hoje não podemos colorir os céus com as cores dos
fogos de artifícios típicas em épocas natalinas e réveillons, é porque temos
sido negligentes com o futuro da nossa nação, entregando e confiando o Brasil nas mãos de pessoas más intencionadas.
Mas ainda em tempo, e podemos resgatar todas as
coisas boas do passado, não gosto de falar do passado, mas tem muitas coisas
boas que aconteceram e que vale muito a pena resgatar, pense, vamos nos unir e
fazer a grande diferença, onde o natal não seja bom apenas para mim ou para
você, mas para todos nós brasileiros de bem, quando os céus poderão ser
novamente coloridos com os fogos de artifícios, iluminando e acendendo o
coletivo imaginário de todos aqueles que acreditam e tem fé em dias cada vez
melhores!
Paulo RK
Nenhum comentário:
Postar um comentário