Antes quando mais novo, nessa época do ano, “acendia
dentro de mim um fogo”, uma gastura psicológica levada pela euforia das festas
típicas do natal e seguida das vésperas da virada do ano, precisava comemorar
de qualquer jeito, em casa ou na casa dos amigos.
Ficar em casa nem pensar, uma necessidade de estar
juntos com as pessoas de comemorar de brindar, e beber como se não houvesse o
amanhã, uma necessidade desenfreada, quase doentia, confesso!
Hoje não mais, aprendi a ser atemporal e a não
seguir calendários, apenas busco ser feliz nos 365 dias do ano, sem ter
compromisso algum com datas ‘criadas’ quase sempre pelo comércio, apenas para ‘alavancar’
vendas e nada mais do que isso; ‘vender produtos do estoque e lucrar com pessoas
de mentes fracas que acreditam ser qualquer coisa, só pelo fato de terem poder
aquisitivo de consumo maior que os outros’.
Ou num bom português, tem gente que compra sem
precisão apenas para “preencher” seu vazio interior, comprando quase sempre o
que elas não precisavam, para depois no meio do ano largar, deixando jogado em
qualquer canto da casa e voltar com o seu ‘velho vazio interior’.
E muito pior, voltando a sua frustração do ano
passado, nos dias seguintes de um novo ano, quando a própria pessoa ‘levada
pela euforia’ da época, prometeu pra si mesma, fazer tudo diferente neste ‘novo
ano’, só que passadas as festas e a ‘euforia’ daquele momento, a pessoa ‘cai
novamente na real’ e percebe que nada mudou em sua vida, a não ser o seu peso,
pois levada pela emoção, comeu tudo que tinha direito e engordou alguns quilos.
Coisa que ninguém quer principalmente as mulheres,
vaidosas que são, seria mais uma preocupação desnecessária a agregar neste novo
ano.
A reflexão deste texto remete a um pensamento
pessoal e acho que é de muita relevância, principalmente porque me considero
uma pessoa livre, diferente das outras pessoas que acostumadas a fazer o que
todos fazem perdem a sua própria personalidade e essência de quem elas são, ou
querem fazer em suas vidas para suas próprias vidas.
Eu não quero ser mais um a fazer o que todos fazem
para ser considerado normal, alias quem disse ou quem me garante que serei feliz
fazendo o que todos fazem?
Se tal premissa fosse verdadeira no mundo inteiro só
existiriam pessoas felizes, mas na prática não é o que testemunhamos ou
presenciamos!
Acredito que muitas das “receitas” ou conceitos de
vidas praticadas por todos, nos dias de hoje e desde os nossos primórdios, tem
provado ao longo dos anos que não está funcionando.
Pessoas vivem da ilusão e não conseguem saírem do
paradigma estabelecido, porque embora desejar mudar seus estilos e costumes de
vida, muitos ainda somos medrosos e o que é pior, muitos estão sofrendo por não
conseguirem satisfazer mais as suas necessidades básicas, ‘crescendo com isso’
seus vazios interiores, com todas essas comemorações ou ilusões natalinas e festas
de viradas do ano.
Não me programei neste ano, mas estou seriamente a
pensar em sair da cidade em épocas como essas, ir para uma cidade do interior
qualquer, longe das redes sociais, desligando o celular, não acessar a
internet, só para não ter que presenciar pessoas medíocres e testemunhar
pessoas que não se suportam se abraçando numa única data para depois do “evento”
voltar a ser o que elas sempre fora, ‘falsas e mesquinhas’ nos 365 dias do ano,
‘affff’ sendo muita hipocrisia para o meu gosto, a minha paciência não comporta
mais tais mesmices alheia!
Paulo RK
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