Difícil é bancar um bom anfitrião com pessoas que
tem vícios que a gente não tem, muito pior, é quando “vivemos” num quarto
minúsculo onde tudo parece ficar menor na presença de uma segunda pessoa, mas
saibam que me esforço muito apesar dos obstáculos, porque acredito nas
dificuldades para superarmos nossas próprias limitações, físicas e mentais.
Não estou reclamando ou me fazendo de vítima, mas
como costumo falar por aqui ou na minha vida real, estou apenas desabafando, um
desabafo de quem não suporta o cheiro da nicotina daqueles que fumam, ou a
fumaça que impregna todo o ambiente e as nossas roupas.
Quanto ao espaço, apesar de viver num minúsculo
quartinho, ele é grandioso por dentro, como um bom coração de mãe costuma ser,
pequeno por fora, mas gigantesco por dentro, abraçando todo mundo que buscar em
meus aposentos e na minha companhia um pouco de luz, paz, carinho e afeto que
não conseguem com freqüência em locais mais espaçosos.
Porque na vida é assim, certas “vantagens” físicas
não oferecem o que realmente as pessoas necessitam, “de repente” porque tudo na
vida é muito relativo, quando o menos pode ser mais e o mais menos.
Então no meu caso, da inconveniência do hóspede
fumante, pode não ser o pior problema de todos os problemas da minha vida,
porque afinal de contas sou adepto daqueles que acreditam que para tudo na vida
há uma solução, então sem maiores alardes.
Sendo assim costumo ver o lado positivo de todas as inconveniências
que nos acontecem nesta vida, não procuro agravar, dramatizando realidades que
me contrariem, procurando explorar ao máximo o lado ‘B’, como o lado bom de
tudo de ruim que acontece.
No caso do ‘hóspede fumante’, eu simplesmente deixo
bem aberto as janelas e portas, apesar dele não fumar dentro de casa em
respeito a mim, mas começo a tossir como se eu próprio fosse fumante, porque
sou muito sensível ao cheiro da nicotina.
O propósito desta reflexão é sobre a quebra da
rotina, que assim como o próprio cheiro e o odor da nicotina eu odeio, quando
moramos sozinhos nos acostumamos à vida solitária, nos tornando egoístas em
muitas situações bobas, desenvolvendo manias e rotinas que detonam as nossas
próprias qualidades de vida.
Portanto quando temos que lidar com situações “novas”
do incomodo nos faz muito bem, afinal de contas pior que o cheiro da nicotina
impregnadas em nossas roupas, cabelos e ambientes minúsculos, é ter que “viver”
uma vida rotineira sem maiores ‘emoções’.
Para quem não sabe rotinas são os piores cânceres das
nossas vidas, acredito que ela mata (espiritualmente) tanto quanto o próprio vício
ceifa a vida daqueles viciados nesta maldita droga.
Paulo RK
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