Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Odeio quando sentem pena de mim!



Tem gente muito engraçada neste mundo, imaginem vocês que tem gente que sente pena ou dó de mim!
Eu sei que são cheias das boas intenções essas pessoas, mas algo não cheira bem pela própria contrariedade desse pessoal.
Estou falando dos meus patrões e patroas, sim, eu trabalho pra um monte de gente e não chama os de ‘chefe’, pois quem tem chefe são os índios, não sendo no meu caso, não que eu tenha algo contra os nativos tupiniquins, que alias viveram muito antes de nós em terras brasilienses e diga se de passagem, com mais qualidade de vida do que nós mesmos.
Mas voltando ao assunto principal de ter que “viver” com a falsa compaixão daqueles que eu dependo financeiramente, pois são os meus patrões e patroas que pagam as minhas contas mensais e que me garantem alguns subsídios extras.
Falsas porque recentemente eu pedi um ‘aumentozinho’ no meu salário e eles disseram que está difícil e precária a situação deles na atual conjuntura da crise, eu simplesmente meneie a cabeça positivamente e retruquei, ‘se tá difícil para eles com três carros na garagem imagine para mim que estou andando a pé’.
Obviamente que eles engoliram a seco e ficaram sem jeito, ou pelo menos ‘fingiram’ que sentiram qualquer coisa “incomodando” na consciência deles, se é que eles tenham alguma?!?!?! (risos)
Porque na minha lógica seria muito simples, quem diz ter pena de qualquer pessoa neste mundo, pelo menos colaboraria com algo para agregar benefícios facilitadores na vida do suposto “coitado”, pois acredito que ninguém é “coitadinho” nesta vida, as pessoas  se fazem de vítimas, mas ninguém é.
Apenas colhemos o que plantamos nesta vida ou de vidas passadas, como budista acredito muito nesta teoria, na lei da causa e efeito, aqui se faz e aqui se paga, simples assim!
Então tem muito marmanjo se fazendo de vitimas e se considerando ‘coitados’, vítimas de tudo de ruim que lhes aconteçam.
Olhem que absurdo, a minha patroa veio em casa, ‘visita surpresa’ (“tcharam”), à um mês atrás e observou os meus baldes, sabem aqueles “baldes” que contem manteiga ou gordura vegetal usado muito nas pizzarias, pois é, ela notou que eu usava improvisadamente aqueles “baldes” como baldes para lavar roupas e afins.
Daí ela comentou para o marido dela, que também se comoveu com a minha “situação” e resolveram comprar baldes, mas baldes “verdadeiros” para mim, para o meu uso!
Não é ridículo!?!?!?!
Não quero parecer ingrato, mas os três baldes gentilmente “doados” pelos meus patrões eu doei para uma pessoa que estava precisando mais que eu, e quanto a minha reivindicação do aumento salarial, “nada”, ninguém comentou absolutamente nada sobre o assunto. (triste)
É por isso que eu acho que tais ‘comoções’ alheias não passam de mi mi mi, se tem algo que estou precisando no presente momento, não são de baldes, mas de um bom ‘aumento’ salarial, ainda que seja pequeno e simbólico, porque acredito que qualquer aumento salarial estaria de bom tamanho num momento de crise desenfreado em que vivemos, pra começar, afinal de contas, fazem mais de dez anos que trabalho para o mesmo pessoal.
Quanto aos “baldes” improvisados eles continuam me servindo com muita eficiência, valeu por perguntar, muito obrigado! (risos)
Paulo RK

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