domingo, 4 de agosto de 2013
De repente a impressão de que tudo foi em vão....
O mês de julho literalmente falando, foi um inferno, pois fui incumbido de tomar conta, em um determinado período da tarde, de uma cobertura recentemente construída, por um dos meus patrões.
A situação é que aquela rua parece um playground, principalmente em épocas de férias escolares, porque enche de “fedelhos”.
Xingo mesmo, pois apesar de ter tido uma infância feliz com pipas, eu nunca causei transtornos na vizinhança, a ponto de quebrar telhas ou invadir propriedades alheias, sem previa autorização do proprietário.
E foi o que aconteceu, o meu patrão muito preocupado, me incumbiu desta enfadonha tarefa, assim que viu, quando estava passando de carro, um desses delinquentes escalar o muro, só para pegar um pipa em seu tão maravilhoso, telhado novo.
Achei a pior tarefa de todas que executei em toda a minha vida, até mesmo, pior do que enfiar as mãos, em uma caixa de esgoto cheio de merda, tão fétida quanto uma carne, em avançado estado de decomposição.
Pois lidar com “piralhos”, que não tiveram o mínimo da educação de mãe e pai em suas vidas, pode ser uma experiência traumática, complexa e amarga, a ponto de nos fazer perder a cabeça.
Foi o que aconteceu comigo, e acho que a vida é muito injusta em determinados momentos com a gente.
Porque a cada geração, pessoas nascem mais espertas que as gerações anteriores.
E por mais que a gente tenha vivido o bastante, e procurado evoluir espiritualmente, eles sempre estarão a nossa frente, dizendo coisas que até então, nós nunca havíamos imaginados.
O “fedelho” que me encarou, tinha o dobro do meu tamanho, falava mais grosso do que eu, uma cara cheia de espinhas nojentas, prestes a explodir como se fosse um vulcão em plena atividade, e ainda fazia cara de Bad Boy me encarando!
Acho que ele tinha uns quinze anos, aproximadamente, mas a questão não foi medo, é ruim eu ter medo dessas coisinhas perturbadas, apesar que por alguns instantes, titubei, pois pensei que ele ia me dar uma rasteira! (risos)
Mas o “tsunami” emocional foi por conta, do que ele falou, quando pedi educadamente, que não subisse no telhado, pois poderia quebrar com a sua obesidade mórbida.
Fui irônico, ao mencionar “obesidade mórbida”?
Sim, com toda certeza, pois ele parecia estar gostando de desafiar a minha autoridade!
Quem ele pensa que é, afinal de contas?
Eu todo educado, e o filho da putinha, mantendo a sua estúpida tranquilidade em seu rosto pálido, cheio de réplicas de vulcões, me arrasou falando apenas uma frase comprida.
E foi por isso que mencionei, quando falei que às vezes acho a vida injusta, pois parece que todos os esforços que fazemos para evoluir numa determinada geração, é invalidade pela geração posterior. (risos)
Paulo RK
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