‘Apresento um amigo, da onde que ele veio’?
‘O que é que ele merece’?
‘Muito carinhooooooooooo’!
Tipo, ‘não suporto’ pessoas que falam que “amam”
mais animais do que elas próprias conseguem se amar ou amar seus equivalentes
humanos aqui neste planeta, pois quem diz amar mais animais em detrimento da
sua própria espécie os humanos estão mentindo!
Simplesmente porque acredito que tais pessoas que
ficam afirmando tais bobagens perderam fé em suas próprias humanidades, não
conseguindo, portanto, amar quem quer que seja, ou pior, tais pessoas não
consegue enxergar quaisquer possibilidades positivas com os da sua própria
espécie, quem dirá com os das outras espécies.
Por esta razão afirmo estarem mentindo, ou se
enganando conforme suas próprias conveniências.
Obviamente que cada caso, um caso e pessoas são
diferentes uma das outras, e não estou generalizando, por exemplo, eu amo a
natureza e adoro gatinhos, mas não deixo de amar os seres humanos, afinal de
contas sou humano, e minhas referencias como um ser humano vem de outros
humanos, apesar de aprender muito sobre o amor com os das outras espécies.
Recentemente ou no final do ano passado jogaram um
gatinho no meu quintal, me lembro como se fosse ontem, aparentemente recém nascido,
mais parecido com um ratinho raquítico do que filhote de um gato, ele tremia de
medo, quando pegávamos nas mãos e podíamos sentir o seu frágil coração
disparando de tanto medo.
Eu e meu amigo deduzimos que ele teria nascido no mês
de novembro, pelo seu próprio tamanho e fragilidade, portanto hoje no mês de
janeiro ele teria dois meses, ele cresceu, é brincalhão e quando chamamos pelo
seu “nominho”; ‘Alegorim’, ele vem correndo como se fosse um cachorrinho,
detalhe, ele tem um rabinho curto e quando o chamamos ele vem com esse projeto
de rabo de gato mal acabado durinho em nossa direção. (gracinha)
E antes que alguém pergunte sobre um estranho nome
que um gatinho poderia receber, o ‘Alegorim’ vem de alecrim (arbusto aromático),
meu amigo que está aqui em casa e já morou comigo tinha um gato que se chamava
Alecrim, então só ‘estilizamos ou personalizamos’ em ‘Alegorim’, pois
acreditamos que ‘nomes’ de animais de estimações também tem que ter
personalidade e ser diferente, nada de nomes comuns a todos.
E sem querer ser ou bancar ‘a dona coruja’, Alegorim
é muito esperto, inteligente ao extremo, dorme abraçado comigo, vem correndo
quando chamamos e fica a nos observar como estivesse aprendendo ou mesmo como
estivesse com a intenção de falar algo que ele próprio não consegue pelas
nossas próprias incompatibilidades de linguagens. (risos)
Ele adora ficar na mesa do meu PC, agora mesmo que
estou a digitar sobre ele no teclado, ele está “atrapalhando” querendo
interagir com os meus dedos me fazendo digitar palavras erradas, e quando ele
próprio digita qualquer coisa sem sentido no teclado.
Mas a reflexão deste texto é a questão mais profunda
do próprio ato de criarmos laços com tais animais fofos em nossas vidas.
Faz muito tempo que não crio gatinhos, já criei
muitos na minha infância e hoje depois de adulto quando decidi adotar o
Alegorim, ele me fez voltar aos tempos da minha própria infância, quando
enxergava neles um amigo peludo de grande relevância e me preocupava como se
eles fossem o meu próprio irmãozinho que eu nunca tive e sempre quis ter.
Enfim a questão além do resgate emocional das doces
lembranças de quando eu era uma criança apaixonado pela natureza, o Alegorim
está despertando todas as coisas boas que estava esquecendo como o da minha
própria natureza humana básica ou da minha própria humanidade inerente.
E tais lembranças me tornam mais humano e ao
contrário das pessoas que diz gostar mais dos animais do que de seres humanos,
acredito que gostar da natureza e dos animais nos torna mais humanos, afinal de
contas todos fazem parte deste imensurável universo, pelo menos o Alegorim
despertou muitos sentimentos bons dentro de mim, que pensei ter esquecido à
tempos!
Paulo RK
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