Às vezes em frente ao espelho eu me reparo, observo
minha cara, meu corpo e me arrumo para parecer “bonitinho” perante as pessoas,
mas tudo bem porque acho que tal comportamento seja absolutamente ‘normal’, acredito
que todo mundo faz isso antes de sair de casa para trabalhar, para escola,
faculdade ou algum curso técnico da vida, ‘acreditando que a sua vida vai
melhorar por ter mais um diploma pendurado em alguma moldura cheio de pó,
pendurado em alguma parede mofada e esquecida da sua casa. (risos)
Mas na verdade o que me incomoda mais (muito mais),
não é a imagem do meu reflexo da minha aparência externa em frente ao espelho,
afinal de contas não ligo muito para aparências ou da minha “beleza externa”
(risos) perante as pessoas do meu entorno, porque sinto que as pessoas que
afirmam gostarem de mim, gostam por quem eu realmente sou por dentro, pelo meu caráter
e humildade de ser.
No entanto somos todos humanos e vivemos por um
motivo e razão, ‘superarmos nossas dificuldades em sermos melhores’, todos
batalhamos e devotamos nossas vidas para sermos felizes, a dificuldade é imensa
e inquestionável, no entanto quem quiser ser verdadeiramente feliz neste mundo
precisa enfrentar seus próprios medos e fraquezas pessoais.
E a condição mais difícil e complexa é sempre
encararmos os nossos próprios medos e fraquezas!
Dizem que Buda e Jesus não agradaram todo mundo, e
vou confessar a todos vocês estimados e queridos leitores, eu vivo preocupado
em agradar a todos, ‘eu sei’, é muita pretensão a minha, mas na área da minha
atuação profissional eu preciso, ou pelo menos tento agradar, para poder pagar
minhas contas com mais folga nos fins de meses. (risos)
A questão intrigante desta minha reflexão é que nem
todo mundo ‘vai com a nossa cara’ e por mais que a gente tente agradar, elas
não correspondem os nossos esforços ou nossos ‘sacrifícios’ em fingir gostar
delas, no entanto e como mencionei, não posso ignorar o fato de que algumas
pessoas não gostam de mim, por mais que eu me esforce.
Não se trata de uma carência pessoal de querer ser
aceito pelos outros, mas uma necessidade natural latente e inerente por ter na
minha consciência de que se não estou conseguindo agradar algumas pessoas do
meu entorno é porque tenho que melhorar algo que não consigo enxergar, alguma
falha ou deficiência comportamental da minha própria conduta.
E para agravar tal drama pessoal, as pessoas parecem
ter dificuldades em serem sinceras com as outras pessoas, nas coisas que
desagradam elas, por exemplo, se tem algum comportamento seu que me incomoda,
vou te chamar de canto ou de lado e vou falar a real.
Sendo assim e tendo esse perfil, ‘adoro e amo de
paixão’ pessoas que me jogam ou vomitam na minha cara todas as minhas fraquezas
que não consigo enxergar por conta própria, porque a vida funciona melhor desse
jeito, conseguimos enxergar as falhas e deficiências dos comportamentos humanos
alheios, mas não os nossos próprios.
E acredito nessas pessoas sinceras como sendo os
meus anjos da guarda, pessoas iluminadas que me ensinam a ser melhor e a buscar
o melhor para mim, infelizmente são raras tais pessoas, pessoas corajosas para
apontar e dizer na nossa cara o que fazemos de errado!
Porque acredito naqueles que me apontam o dedo e destemidamente
indicam o meu defeito, aquele que não tem medo de dizer alto e claramente no
que devo melhorar, porque ‘gente’ ninguém cresce convivendo com pessoas piores
ou medíocres, definitivamente para sermos melhores temos que conviver com os
melhores.
Não estou a lamentar, apenas uma reflexão pessoal de
indignação ou apenas mais um desabafo que me permito por aqui, afinal de contas
está cada vez mais difícil dizer às pessoas o que pensamos na vida real, na
realidade, se quer elas (pessoas) se interessam nos pensamentos ou sentimentos
dos seus semelhantes.
Afinal de contas ninguém é igual a ninguém!
Paulo RK
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