sábado, 24 de novembro de 2012
Saiba como a curiosidade, pode te ajudar ser uma pessoa feliz!
Uma das minhas características mais marcantes, além de ser tagarela é a minha incansável curiosidade.
Um curioso sempre está aprendendo coisas novas, seja na vida, ou com as pessoas.
Como funcionam todas as coisas inventadas pelo homem, por que a vida funciona desse jeito, e por que algumas pessoas nesta vida, conseguem ser mais felizes que as outras?
Estas são algumas curiosidades, que sempre pairaram sobre a minha cabeça desde criança, e a medida que envelheço, ela tem se aguçado cada vez mais.
Dizem que a curiosidade matou o gato, e por isso sou muito cauteloso, quando vou investigar qualquer coisa que “instigue”, a minha insaciável curiosidade.
E como tudo na vida, sempre haverá os dois lados, e o lado “B” como todas as coisas boas de ser uma pessoa curiosa, pois aprendemos muitas lições de vida, que passariam despercebidas se não fossemos curiosos.
A minha própria definição da felicidade pessoal neste mundo, teve inicio por ser uma pessoa curiosa.
Pois foi através dela que conheci o budismo, e as diferenças entre as palavras, resignação e transformação.
Saber o significado das palavras, vai muito além do conhecimento como uma forma de cultura.
Palavras são códigos que traduzem os nossos sentimentos e realidades de vida, a nossa percepção da realidade de vida, se traduz em palavras, do quanto acreditamos nelas e consequentemente de como “assumimos”, a sua forma subjetiva da emoção, e como as vivenciamos através das nossas próprias ações.
Gostaria que as pessoas não levassem para o lado pessoal o que vou mencionar agora, como não poderia ser, pois muitos que leem o meu blog, não convivem diretamente comigo , ou participam da minha vida financeira de alguma forma.
Ao mencionar a igreja católica, não estarei direcionando para uma única pessoa, ou seja uma forma de desprezar uma crença alheia, apenas estarei ilustrando a minha experiência pessoal de vida.
Com o intuito de fazer dela o ponto máximo e reflexivo desta crônica.
No começo ainda muito jovem, sofria muito com as dificuldades da minha família, em ter que lidar com a esquizofrenia herdada dos nossos antepassados.
E com isto, sempre procurei alguma forma de aliviar a terrível dor, que sentia dentro do meu coração, ao ver pessoas próximas, que tanto amo sofrerem.
Procurei por muitas formas religiosas, muitas delas diziam coisas absurdas e totalmente fora da minha realidade, com as quais nunca concordei.
Algumas pessoas da igreja foram até o meu lar, para uma seção de exorcismo, obviamente tudo com a aprovação da minha mãe.
O tempo foi passado, e as seções de exorcismo estavam ficando cada vez mais teatrais, e nenhuma melhora ou resultados positivos.
E segundo o “ator principal,” aquele que segurava em suas mãos um livro, o livro sagrado de deus, tal resultado não aparecia, devido a nossa falta de fé.
Ele nos aconselhou a aceitar jesus, e a contribuir financeiramente com a sua igreja , segundo ele com a “vontade” divina do senhor deus, só assim a minha família se livraria do mal, que nos atormentava a séculos.
Ouvindo tal disparate, a minha mãe fez o suposto exorcista, fugir de casa como o próprio diabo fugiria da cruz!
E no segundo ato, pela minha curiosidade e incansável procura pela tão almejada paz interior, encontrei o budismo.
Na primeira reunião, uma indagação que me fez perceber o quanto o budismo era real.
Um dirigente se aproximou de mim, e perguntou por que eu estava lá?
Disse a ele que estava querendo ajudar a minha irmã, e ele me respondeu com uma pergunta, esboçando um vasto sorriso e sincero:
-Paulo é muito louvável de sua parte querer ajudar uma pessoa que está sofrendo, mas como ajudar alguém se você próprio tem problemas?
Achei a indagação perfeita, pois ainda que as intenções fossem as melhores possíveis, é humanamente impossível ajudar alguém quando nós próprios temos questões de vida pendentes, e muitos problemas a serem resolvidos.
Naquele momento percebi que o budismo seria a religião que adotaria para o resto da minha vida.
O dirigente continuou com o seu dialogo; ele me desafiou a questionar o budismo, e não a acreditar simplesmente porque ele acreditava, ou porque ele dizia que era bom.
Eu realmente tinha que experimentar as mudanças, que ocorreriam em minha vida recitando o mantra, até colher resultados positivos, e perceber a veracidade deste ensinamento, fosse quaisquer problemas que eu estivesse enfrentando.
E não aceitar só porque alguém da organização budista, afirmara que era bom!
O budismo me ensinou que ninguém é vitima de alguém, somos todos vitimas das nossas próprias ignorâncias, e todos sem exceção, viemos a este mundo para o nosso aperfeiçoamento.
Para isso temos a ferramenta necessária, que é recitação do mantra, é obvio que não é só recitar mantras, que todos os nossos problemas dissiparão, como se fosse mágica, os nossos atos em relação as outras pessoas e o mundo, precisam ser coerentes com o próprio ensinamento.
Buda nos ensina que viemos a este mundo para transformar, todos os nossos infortúnios em alegria, portanto para nós budistas, não aceitamos sofrimentos, não nos resignamos diante de qualquer situação adversa.
Muito pelo contrário, lutamos para transformar tudo aquilo que nos faz sofrer neste mundo.
Eu conheço muitas pessoas católicas resignadas com seus sofrimentos, acreditando mesmo sofrendo, que deus lhe “confiou ” o fardo pesado da cruz, pois sabe o que é melhor para ele, sofrendo desnecessariamente.
Por ser curioso, aprendi a importância de sabermos bem os significados das palavras, tornando as nossas vidas melhor em todos os sentidos.
Muitas vezes ser curioso em vida, nos poupa de muitos sofrimentos causados pelas nossas próprias ignorâncias intrínsecas!
Seja uma pessoa curiosa e aprenda bem com a vida, pois da vida não levamos nada, só a experiência.
Paulo RK
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