Um litro de lagrimas II, "quando um filme mexe com os nossos valores existenciais!"

Tem gente que pensa que sou cem por cento, otimista nesta vida, pois sempre estou sorrindo, e “aparentemente”, sempre de bom humor. Não se enganem, pois tais “aparências” pode ser apenas uma fachada, ou mesmo um cartão de visita, “apresentável.” Mas nem por isso as pessoas podem me chamar de falso, quando “insisto” em meu blog, “que as pessoas devem optar e buscar sempre por um estilo de vida, mais otimista.” Pois “tais” pensamentos e ideias, alimentam a minha própria fé na vida, e em mim mesmo! Sim, sou feito de carne e osso, como todo mundo, e ao contrario do que possam imaginar, também tenho os meus demônios, e tenho que prestar contas com todos eles, todos os dias. Como mencionei “sou feito carne e osso”, como todo mundo, e tem dias que é “foda”, até de me suportar (a grande realidade é que nem mesmo eu, me aguento, de vez enquanto!). Prazer, sou ignorante, intolerante, e desprezível, não com as pessoas, mas comigo mesmo, pois aprendi a “conter” as aguas da minha ignorância, dentro deste corpo, que alguns dizem ser a nossa fortaleza. E quando percebo que a pressão interna está acima dos limites toleráveis, eu me privo, fico o dia inteiro em casa, ouvindo o som no último volume, inventando alguma historia “cabeluda”, para não atender ninguém. Talvez tenha medo de mostrar aos outros que sou igualzinho a qualquer outro ser humano, e que a fraqueza, não é o meu forte. Algumas vezes ela me domina, e chego até me identificar com ela, mas o meu maior medo é que alguém se identifique comigo, por eu ser fraco. Dizem que a fraqueza como sentimento é valorizado, mas ninguém gosta de ser considerado emocionalmente fraco. As pessoas da sociedade desprezam a fraqueza humana seja ela qual for, e tratam as pessoas fracas, como se elas estivessem com alguma doença incurável e terminal. Hoje estou me sentindo fraco e vulnerável, e tal condição “desperta”, dentro de mim os piores demônios, mais bravos e mais cruéis! Talvez por não desejar, assumir a minha condição de fraqueza, exponho a minha velha ferida e faço a sangrar. O bom de tudo isso, é saber que tenho o amanhã e sobreviverei ao dia de hoje, despertando com mais disposição, “retornarei a vida,” esboçando o meu tradicional sorriso, e o meu inconfundível senso de humor. O segredo?!?!? Não há nenhum segredo, apenas um filme em meu HD, que assisto todas as vezes que me sentir fraco, vulnerável e deprimido! Um filme verídico, que conta a historia de uma menina chamada Aya, que tem uma doença rara, conhecida como “degeneração espinocerebelar”. “A menina muito nova,” impressiona “pela sua incrível vontade de viver,” e o seu sofrimento se torna pior, pois a sua consciência, permanece intacta, “enquanto o seu corpo definha a cada dia.” E quando penso como deve ser cruel, um pensamento ou uma ideia, de que “a cada novo dia , é um dia a menos de nossas vidas!”, retorno para o meu eixo central, “reassumindo” o controle da minha nave, chamado vida. E por esses e outras razões de vida, não me permito ficar desanimado ou desmotivado por um longo tempo, e acho que tais “sentimentos de desperdícios,” são um luxo, que não devemos cultivar. Ela conhece um rapaz, e antes de conhece la, ele era soberbo, não se importava com ninguém, e extremamente introvertido. Comovido com a sua doença, o rapaz transforma totalmente a sua personalidade, ele se torna mais sensível, e dedicado aos estudos de medicina, quando nasce dentro dele, uma incrível necessidade de ajudar todos portadores deste mal. No fim do filme, ela pede a ele, em japonês, claro; “zutto ikite”, ou seja “viva sempre!”, e morreu em seu leito, com um sorriso, como se estivesse dormindo. Forte, neh!?!?!?!? Paulo RK P.S.: Postagem anterior ; “Um litro de lágrimas I” postado em 20/12/09