Casamento?

Não podemos pedir as pessoas que nos amem, simplesmente elas acontecem em nossas vidas.
Assim como não escolhemos as pessoas, para serem nossos parceiros ou parceiras.
E muitas vezes, “ficamos” com pessoas opostas aquelas que idealizamos em nossas vidas, até que um dia tudo se acaba, e voltamos a estaca zero.
Mas fazer o que , se ninguém é perfeito, o jeito para mim foi dar uma de cúpido (anjo casamenteiro), e arranjar o máximo de casamentos para os amigos solteirões.
Acho que perdi as contas de quantos casais já formei aqui na terra, eita mãozinha boa,acho que tenho o toque de Midas para o casamento(alheio).
Sei lá, se eu dizer que fico totalmente feliz com os arranjos que realizei, estarei parcialmente mentindo, pois também tenho as minhas necessidades.
E não vou ser hipócrita, bate uma 'dorzinha' de cotovelo quando vejo alguns amigos casando, constituindo família e eu aqui, continuo solteirão.
Alguns amigos de plantão, são bem solidários, e afirmam que esta situação é passageira, e logo vou encontrar a minha alma gêmea.
Alma gêmea?!?!!!?
Fico curioso, se realmente esta tal de alma gêmea exista, ou se ela exista somente no meu imaginário, pois como mencionei no inicio desta postagem, tenho a impressão de ficar sempre com a pessoa oposta.
Talvez a minha atitude, de santo casamenteiro esteja sendo cruel comigo e cobrando uma condição que talvez no momento, não seja tão importante como para alguns amigos.
É como a minha mãe sempre falava, tudo tem o seu tempo, ela falava isso para mim, todas as vezes que reclamava a ausência de barba em meu rosto.
Acho que o processo do casamento seja semelhante ao crescimento da barba , quanto menos agente espera, ela aparece e cresce, nos tornando mais velho e com uma aparência mais respeitável.
Digno até de ser chamado de senhor, vejam só ,que tamanha responsabilidade.
Eu, senhor , dando bronca nos meus filhos, acho que não , acho que continuo achando que é cedo demais para tal responsabilidade.
Acho que vou continuar solteiro por um bom tempo, melhor curtir os filhos dos outros, reunir com a família dos outros, filar a bóia aos domingos dos outros, e ficar lembrando os bons tempos de quando éramos crianças.
Precisamos primeiramente crescer as nossas crianças interior pra depois criar os nossos futuros mancebinhos.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RkSp