Pessoas do meu entorno
me elogiam dizendo que sou “muito inteligente”, me envaideço e agradeço porem acredito
que não mereça!
Porque afinal de contas
pessoas confundem muito inteligência com conhecimento, o fato de eu saber algo
(conhecimentos) que pessoas “comuns” não sabem não significa que seja uma
pessoa inteligente, mas uma pessoa bem informada.
Ser bem informado na ‘era
da informação’ é mamão com açúcar, principalmente nos tempos considerados contemporâneos,
afinal de contas quem é que não tem um smarthphone que acessa a internet em
tempo real (?), até uma criancinha de dez anos tem um Iphone de ultima geração.
(risos)
Mas tem uma questão
muito importante, diria até, ‘vital’ para uma pessoa nos tempos onde ‘o homem
ignorante não vale mais nada por ser um ser humano’!
Pasmem no tempo ou na
era da informação o homem vale pelo que conhece e não mais pelo valor natural e
intrínseco de ser um ser humano. (triste)
E não se engane criando
a crença de que quanto mais você se informar maior será o seu valor como um “ser
humano”, a questão é que a vida moderna requer muito mais do que simplesmente “inteligência
de conhecimento”, em tempos de mudanças bruscas e competições acirradas para
própria sobrevivência e manutenção da espécie humana aqui na terra, a ‘inteligência’
baseada apenas no conhecimento adquirido é igual a nada, ‘nada vezes nada’.
Então é muito comum
observarmos “profissionais” formados em engenharias, direitos, logísticas ou
quaisquer outras profissões do momento desempregados, pois tais ‘conhecimentos’
não passam de informação e informação por informação é inútil nas mãos de um
tolo (sem sabedoria).
Já mencionei por aqui,
um amigo, ‘tipo sabe fazer de tudo um pouco e bem feito’, de tudo em termos de
construção e manutenção de casas, no entanto parece ter dificuldades em
prosperar na sua área de atuação, simplesmente porque lhe faltando sabedoria,
de saber trabalhar com o seu conhecimento.
A sabedoria é muito
subjetiva e aqui vou tentar explicar conforme aprendo na literatura e filosofia
budista, a sabedoria nasce do convívio entre as pessoas, é observando,
escutando e interagindo com elas, com pessoas diversas que nascem ‘naturalmente’
a sabedoria em nós.
No budismo aprendi a importância
de se ter uma mente aberta, não julgar o desconhecido e querer aprender com o
diferente, sendo que não foi complicado eu me adaptar a pratica budista por
escolha própria, pois afinal de contas, a disciplina budista é inerente a
própria educação e cultura japonesa, meus pais nunca me ensinaram os
anti-valores do preconceito e sempre me orientaram a procurar a viver bem com
todos.
Quando menciono que a
sabedoria nasce da convivência entre diferenças de cultura e educação de
pessoas ‘diferentes’ é porque pessoas nos motivam e na convivência e com a
motivação proporcionada por elas despertamos naturalmente a sabedoria, nos
norteando para onde queremos chegar.
Talvez possamos comparar
a sabedoria com um instinto inerente e latente humano, assim como nos animais
de outras espécies também temos os nossos instintos básicos que eu acredito ser
a sabedoria.
Por esta razão pessoas
que se privam do convívio social entre os seus, se tornam intolerantes,
ignorantes e lentas do raciocínio e em atitudes, conheço alguns ‘nerds’ que se
desligaram do mundo real e vivem em tempo integral imersos no mundo virtual, sendo
consideradas pelas pessoas “normais” inteligentes por saberem de tudo um pouco,
mas são incapazes de se relacionarem com as pessoas do mundo real de maneira satisfatória,
por esta razão algumas pessoas os chamam de esquisitas e estranhas.
Para finalizar vou relatar
uma experiência que tive quando ainda estudava no ensino médio, tinha uma
garota que se interessava muito em mim, mas eu não gostava dela para ter um
relacionamento mais intimo que não o da amizade sincera.
Um dia, acho que ela
criou coragem e investiu todo o seu poder de sedução em mim, odeio
pessoas insistentes (risos), mas observe como atua uma pessoa sem sabedoria, um
dia ela me perguntou que tipo de mulher me agradava.
Quem me conhece
pessoalmente sabe que não gosto de ser indelicado com quem quer que seja a não
ser com quem é grosso comigo, reação natural (obvio), mas no caso dela não quis
ser, quando ela me perguntou, eu titubeei e exitei perguntando se não ficaria
ofendida com que ia responder.
Ela disse que não,
então disse que gosto de mulheres inteligentes em detrimento das mulheres
lindas e burras, nem preciso dizer que foi traumática a sua reação, ela se
ofendeu de tal maneira que espalhou para o colégio inteiro que eu era bicha,
viado e afins (risos).
Não que eu me importava
e nem me importo com boatos de pessoas más amadas, mas nesta situação conforme
a reação dela pode distinguir bem a sutil diferença entre ser inteligência e
ter sabedoria de vida.
Na época e no convívio com
a mesma percebi que ela tinha boa inteligência de conhecimentos, mas não tinha
a sabedoria que adquirimos na convivência humana, pessoas sábias sabem distinguir
uma opinião pessoal de uma pessoa quando perguntada, não encarando a minha resposta
como uma ofensa pessoal, afinal de contas eu perguntei, e ela prontamente disse
que não ia se sentir ofendida.
Espero ter colaborado com as pessoas para
esclarecer as diferenças entre inteligência de conhecimento e inteligência de
sabedoria!
Paulo RK
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