Vivemos em pleno século XXI,
e muitas das questões básicas humanas estão a desejar, apesar de vivermos o ‘boom’
tecnológico e científico, onde supostamente, e baseados nas evoluções que citei,
deveríamos gozar de uma vida mais plena.
Não é difícil acompanhar o
meu raciocínio, basta observar o mundo no atual estágio da suposta ‘evolução’,
tem muita gente morrendo, por, ou com questões, que deveriam ter sido solucionadas
nos séculos passados.
No entanto, estamos longe de
vivermos uma verdadeira vida, a gozar
pelas realidades básicas das nossas próprias naturezas intrínsecas, quantos de
nós, podemos gozar uma vida completa e satisfatório neste mundo?
Poucos!
E a culpa, é de quem?
Não estou querendo culpar
alguém e nem ninguém, pela falta de sexo ou abstinência sexual daqueles que
nutrem uma imagem errônea, dos prazeres que o sexo pode nos proporcionar.
Mas a questão é que se você
não tem transado nos últimos dez a cinco anos, muito provavelmente tal abstinência,
já causou um dano terrível nas suas faculdades mentais.
E é justamente onde quero
chegar, está cada vez mais difícil coexistir com pessoas infelizes, que culpam
as outras pessoas pelas suas próprias covardia, e vergonha de praticar um ato
tão natural quanto comer uma comida, quando se tem fome, ou dormir quando se
tem sono.
Quem disse que sexo fora do
casamento, ou antes, do casamento é pecado?
Quem disse que sexo é
vergonhoso?
No fundo, eu prometi que não
ia culpar ninguém pelos sofrimentos causados pela falta de sexo no mundo, mas
acredito que seja impossível.
Eu culpo as igrejas, daqueles
que diz, e prega nas cabeças dos seus fieis tapados, que sexo é coisa do
capeta.
Observem, não estou culpando
tal instituição religiosa gratuitamente, mas percebo que a maioria das pessoas,
que pecam por não fazerem sexo são católicos fervorosos, desses que frequentam igrejas
sempre quando tem culto, e mesmo quando não são tão fervorosos, são de famílias
católicas, criadas nos paradigmas, de que tudo é pecado, inclusive o ato sexual.
Imaginem vocês, eu tenho um
patrão nesses moldes, outro dia ele se abriu comigo e comentou sobre sua
esposa, crente fervorosa, que odeia sexo anal por considerar um ato abominável
e imoral perante aos olhos do senhor deus.
Mas quem é deus mesmo?
Com todo respeito às crenças
alheias, mas acho que as pessoas, principalmente os casados deveriam ser mais
colaborativos uns com os outros, em matéria de sexo, pois por conta desta “deficiência”,
o marido pode procurar profissionais do sexo, e ela muito provavelmente, vai se
ofender. (prejudicando o casamento)
Uma outra realidade de vida,
que julgo ser cruel consigo mesmo, é a experiência vivenciada por um amigo,
pessoa que sempre foi “tarada” em matéria de sexo, depois do término de um
relacionamento com uma garota, por dez anos, onde definitivamente ele viveu um
paraíso, hoje ele nem faz sexo com quem
quer que seja, se restringindo a tradicional punhetinha.
Apesar de reparar em seus
comentários, das suas necessidades sexuais, ele não consegue mais se relacionar
com pessoas para pelo menos saciar as suas necessidades básicas, e sair
definitivamente da punhetinha.
Antigamente quando era
criança, ouvia os adultos comentar sobre pessoas piradas das ideias por falta
de sexo, e que fulana ou fulano doido melhorou após se casar.
A cada dia me convenço, de
que tal comentário não se trata de mais uma piada popular maldosa na boca do
povo, mas um conto popular verossímil.
Prova disto é o comentário
insano que meu amigo fez, ele afirmou e disse que vai reduzir as punhetinhas na
sua vida, pois estava perdendo energia, e que ele mesmo tem reparado que a
redução das punhetas, esta lhe fazendo muito bem, quando ele próprio tem
necessidades de sexo, como qualquer outro ser humano normal.
Ao se referir as punhetas
como algo nocivo a saúde, lembrei de alguns artigos religiosos que li na minha adolescência,
sobre a masturbação, dizendo besteiras que ela trás a demência, faz pelos
crescerem nas mãos, cegueiras e entre muitas outras babaquices, que hoje, estudos
provaram que eram tudo bobagens, de pessoas religiosas abitoladas.
Eu fico preocupado quando as
pessoas conhecidas ou não, deixam de praticarem sexo como parte natural de suas
vidas, pois pessoas mal amadas por falta de sexo são irracionais,
desequilibrando o bom funcionamento do próprio universo e mundo, onde vivemos.
Não estou sugerindo a
banalização do sexo, pois vejo o sexo na sua forma mais pura e bonita de ser,
eu próprio não saio com qualquer pessoa, se não “rolar” uma química entre nós,
eu simplesmente não o pratico com determinada pessoa, mas se tenho vontade,
procuro sacia-la de alguma forma que não seja a tradicional e forma primitiva
da punhetinha, mas em hipótese alguma vou deixar de atender as vontades do meu
corpo carnal.
Isso sim é pecado, um
sacrilégio, passar vontade e me privar das coisas boas e naturais da vida, em
nome de uma crença subjetiva que ignora as necessidades reais de tudo aquilo que
vivenciamos e presenciamos neste mundo.
Com toda certeza o maior
preconceito não é aquele que se estabelece dentro da sociedade onde vivemos,
mas o pior de todos são aqueles que nos impedem e nos privam de suprir as nossas
próprias necessidades básicas.
E sabe onde tal preconceito
reside?
Dentro das nossas próprias
cabecinhas não pensantes, é como aprendi na própria filosofia budista; ‘o pior
mal não está lá fora, mas dentro de cada um de nós’!
Paulo RK
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