Antes de tudo permitam que me
justifique, sou um ser humano como outro qualquer, eu sangro por dentro e por fora,
pois dentro de mim tem um coração que pulsa e é sensível até demais pro meu
gosto, portanto não estou livre das amarras da própria ignorância e deslizes
comportamentais das outras pessoas.
Nem sei se devo pedir
desculpas para as pessoas que eu magoei ou ofendi de algum modo, ou mesmo,
quando deixo de fazer algo por elas por puro orgulho, sabendo que tenho
recursos e condições de deixar passar determinadas hostilidades.
Quando deveria ser superior a
estupidez alheia e relevar muito das infantilidades das outras pessoas, me vejo
sendo tão infantis quanto elas próprias.
E tal comportamento faz a minha
alma e coração sangrarem, me fazendo sofrer por todos os tipos de dor que só a ignorância
humana nos permite.
É cômodo justificar, afinal
de contas eu mencionei logo de inicio que sou um ser humano, e apesar de buscar
melhorar através da psicologia moderna e filosofias seculares, ainda sim,
continuo a ser um humano.
Afinal de contas o que é ser,
um ser humano?
Em muitos dos meus estudos, científicos,
psicológicos e filosóficos, compreendo que somos um complexo, uma composição maravilhosa química e física com a “capacidade
extrema” de pensar e sonhar.
Se verdadeiras todas as
coisas que mencionam a literatura humana desde os primórdios, por que não
conseguimos lidar melhor com as questões dos assuntos subjetivos, que dizem vir
do coração, como é o nosso emocional?
A razão diz o que temos que
fazer, mas é o emocional que nos impede de praticar e fazer o que é certo, e é
este emocional que nos detona, nos fazendo sofrer por coisas que não deveríamos.
Às vezes eu me pergunto; “seria
a vida ou o próprio mundo um paraíso, se não existisse este lado emocional
humano”?
Reparem, tantas besteiras são
feitos por conta da razão emocional, às vezes penso que o mundo seria perfeito
se a lógica imperasse, pensaríamos melhor, e por pensar melhor faríamos a ‘coisa
certa’!
Tais pensamentos sobem a tona,
todas as vezes que me proporciono à felicidade neste mundo, seria muito lógico
eu estar me sentindo bem e nem ligar para as pessoas que amo, e que estão de
alguma forma vivendo seus piores infernos astrais neste mundo.
A lógica diz que ninguém pode
lhe dar ou te fazer feliz, a felicidade é pessoal (intrasferível) e devemos
buscar e lutar por elas, e por mais que as pessoas que amamos estejam sofrendo,
não podemos fazer nada, se elas próprias optaram pelos caminhos do sofrimento
incessante.
O livre arbítrio existe, um
poder inexorável que todos desperdiçam, então caberá a cada um fazer o bom uso
deste poder que por uma benção nos foi concedido.
Perceberam?!?!?!
Sei de toda essa realidade, e
ainda assim continuo sofrendo pelas pessoas que amo nesta vida, abrindo mão ou
ignorando o fato de que deveria desfrutar melhor da minha própria existência,
pois dizem que não viveremos esta vida por duas vezes.
Paulo RK
Sempre admirei o seu jeito otimista de ver as coisas, toda esse comportamento positivista que você tem, mas as vezes eu sinto que você se culpa um pouco por ser imperfeito.
ResponderExcluirAcredito que todos nós gostaríamos de ser pessoas melhores, menos, é claro, os funkeiros que ouvem música no ônibus, sem fones de ouvido, mas não importa quanto esforço façamos, somos passíveis de erros e falhas de caráter. Não acredito que ninguém seja perfeito, isento de culpas e pecados, falhamos sempre com nós mesmos e com as pessoas ao nosso redor, mesmo as que dizemos amar, é normal e natural.
pior amigo! quando penso que superei esta minha fraqueza, me desabo todo por dentro. Eu até sei e conheço o lance do livre arbítrio onde cada um faz o que quer de suas vidas e coisa e tal, mas não consigo evitar, e quando menos espero eu me pego sofrendo, pelos sofrimentos alheio, me culpando por viver a minha vida de forma normal enquanto as pessoas que eu amo, estão infelizes! Seria um paradoxo, de eu não conseguir ser feliz pela própria infelicidade daqueles que eu amo? rsrs
ResponderExcluirInteressante seu texto.
ResponderExcluirTambém tenho essa tendência de sofrer com o outro, com o meu próximo.
E acabo achando um pouco de sentido nisso, para continuar a viver.
Quando nos importamos com o outro, somos úteis pra ele, isso nos faz bem.
Todos os grandes líderes religiosos e pacificadores ensinam que devemos amar o outro, se preocupar, sofrer junto.
O amor tem sentido dessa forma.
Quando estamos sofrendo, seja lá qual for o sofrimento, suportamos melhor quando tem alguém do nosso lado, dando-nos força, vivendo aquele momento com o outro.
Só não acho que devemos viver só disso ou deixar que esse "querer sofrer com o outro" prejudique nossa vida.
Abraço.
Lu