Meu querido amigo Vagnólio (vagner)!

Ontem fui dar um “rolezinho” no Shopping, apesar de não gostar, na verdade, não gosto de Shoppings centers por várias razões, mas a principal é por considera-las uma ‘caixa hermeticamente fechada’, onde existe uma grande troca de bactérias desnecessárias, de pessoas estranhas para pessoas que não tem muito a fazer em suas vidas.

Brincadeirinhas a parte, pois não sou tão nojento ou um hipocondríaco a ponto de temer contágios via respiração por germes ou bactérias, afinal de contas, para que servem os nossos sistemas imunológicos? (risos)

Na verdade fui acompanhar um amigo que planejava comprar apenas uma calça, quero dizer no final das contas, ele comprou muito mais que apenas uma calça, como todo bom brasileiro, ele não é de economizar, gostou, pagou e levou tudo o que tinha direito.

Não estou criticando, é nesse ponto onde quero chegar, este amigo não é das antigas, tipo de infância, mas é uma pessoa que considero tanto quanto se fosse um amigo de longas datas.

De tão grande é a minha estima por esta pessoa que fiquei muito contente por ver a sua ascensão, e novamente estar sorrindo para o mundo.

Voltando inclusive a vida profissional com muita garra, e arrasando como nos velhos tempos em uma grande multinacional.

A história dele é longa, bem comprida; ‘desde a sua profunda depressão, quando atentou contra a sua própria vida com uma arma de grosso calibre, a doença e por fim, a morte prematura de sua querida mãe na pior fase de sua existência, como foi o próprio desemprego’.

Mas esses longos dias e longas noites mal dormidas não foram em vão, tudo tem acontecido da melhor forma possível, se ontem as noites pareciam escuras e frias, hoje o dia está mais claro, com promessas para um novo dia a cada amanhecer.

Eu tenho muitas coisas boas pra falar sobre este meu amigo, pois passamos muitos bons momentos, e alguns piores momentos juntos, já brigamos e deixamos de nos falar por um bom tempo.

Mas amizade é assim mesmo, a gente briga, fica chateado um com outro, para no outro dia, fazermos as pazes como se nada tivesse acontecido.

Considero todos os meus amigos importantes, mas é como amor de mãe, apesar de gostar de todos os filhos, sempre tem um que é especial, e com ele, é assim!

Eu lembro quando estava desempregado, um momento fatídico em minha vida, ainda por cima com muitas atribulações familiares, típicas de uma casa cheia de pessoas esquizofrênicas.

E todas as vezes que ele ia pra casa nos fins de semana, ele me “resgatava” daquele projeto de inferno, me levando em algum barzinho pra tomar algumas e comer porções de montão, e tudo que ele me falava era; “tá foda né japa, vamos sair”!

Sem falar que através dele que conheci o budismo, apesar dele ser uma pessoa cética, eu literalmente renasci ao conhecer esta filosofia de vida, portanto tenho uma grande divida de gratidão por ele.

Ontem ao tomarmos Chopps  no Shopping e depois a caminho de casa, como ‘saidera’, tomamos duas garrafas  de cervejas num barzinho perto de casa, quando pude notar a felicidade incontida da reviravolta em sua vida.

É bom sabermos que as pessoas que nos querem bem, estão de bem consigo mesmo, e sem dúvidas, este meu amigo é muito expressivo e intenso, tanto em palavras como na fisionomia, tanto que eu cheguei até a sonhar com ele me dando sermões nesta noite! (risos)

Paulo RK