Odeio ter que ir ao mercado!

Outro dia cheguei em casa, com o maior “tesão” de tomar um achocolatado bem geladinho. Fui abrir a geladeira e “tcharammmmm?!?!?!??!?!” Cadê o leite?!?!?!??! Como assim, o leite tinha acabado e eu não sabia?!?!? É nessas horas que eu gostaria de ter um gatinho de estimação só pra culpa-lo e obriga-lo ir ao mercado, e comprar o bendito leite que ele supostamente tomou tudo! Falaria com a maior autoridade e ignorância, tipo assim: “Não quero saber, foi você quem tomou tudo, vai lá e comprar outro!” kkkkkkkkkkkkkkk Bicho ruim?!?!?!? Sou mesmo, sou muito cruel, mexeu com o meu leite, mexeu com a minha virilidade! Mas como tudo na vida, as coisas não funcionam ao nosso bel prazer, tive que ir eu mesmo. Isso me fez lembrar quando ainda morava com os meus pais, a minha mãe, sempre pedia para eu ir ao mercado. Meu deus, como eu odiava! Mas naquela época, eu tinha opções de fazer chantagens emocionais com a minha mãe, e quase sempre funcionava, sobrando para as minhas irmãs, a terrível tarefa de ir ao mercado (tadinha delas!). Bons tempos, eu era feliz e não sabia! Pois a agora se acabar o leite ou qualquer outra coisa, tenho que ir eu mesmo ao mercado, goste ou não, se não for, passarei necessidades. Outra coisa que odeio e nunca me acostumei, é quando o cabelereiro lava o meu cabelo, coloca aquele avental ridículo, e me faz sentar na cadeira, ainda com os cabelos molhados e escorridos, pingando feito macarrão no escoador. E pra me foder mais ainda, ele sai dizendo; “pera ai Paulão, já volto!” Deixando totalmente indefeso e exposto ao publico cruel, gozadores das esquisitices alheias, mais ainda quando se é um japa, com os cabelos lambidos por uma vaca louca qualquer. E a cadeira do salão é bem rente a uma parede de vidro, onde dá visão direta com as pessoas que passam pela calçada, resumindo, uma diversão garantida e gratuita pra quem quiser ver. Tem muito mais coisas que não gosto, mas só pra finalizar vou mencionar a experiência traumática e nojenta no dentista. Quando o doutor aplica uma anestesia em nossa boca, e depois esguicha um liquido qualquer, não podendo engolir, e a secretária interrompe o procedimento, falando qualquer coisa para o doutor bem baixinho. E o doutor sai da sala pedindo educadamente por alguns segundos. Segundos que parecem uma eternidade, pois não é nada agradável ficar com a boca aberta, mirada para o teto, com aquele líquido que você nem tem ideia que “porra” é aquela. Com o detalhe da anestesia, que parecia estar fazendo efeito sobre a minha cabeça toda, por pouco não engoli aquele troço, qualquer um perderia a sanidade mental, pois é ruim demais! Chegou até dar câimbras no meu maxilar, atingindo o meu cerebelo e afligindo todo o meu ser. Pareço exagerado? Acho que não, quem já passou por isso, sabe do que estou falando. Enfim, acho que todo mundo, todo ser humano, tem algo que não goste de fazer nesta vida, embora seja necessário. Há quem protele deixando sempre para trás os afazeres, até que a situação aperta e obrigue a fazer de qualquer jeito. E você, qual é a situação do seu cotidiano, que mais abomina? Paulo RK