Enquanto eu me admiro por
estar amadurecendo mentalmente falando, alguns amigos meu, se orgulham de serem
mentalmente infantis. (risos)
Não quero mencionar tal
realidade com o intuito de me aparecer ou querer parecer melhor que os outros,
pois na minha concepção, ninguém é melhor do que ninguém.
Recentemente um amigo que
estudou comigo no passado, portanto com
algumas histórias nostálgicas da infância para contar ou deixar de herança para
nossos herdeiros, adquiriu um lindo filhote de cachorro.
O filhote muito meigo e
bonitinho, se não fosse pelo seu “nominho” escolhido com muito orgulho pelo meu
próprio amigo, pasmem ele “batizou” o seu novo amiguinho de Satanás!
Existe uma razão na escolha
deste nome, seus pais sempre foram religiosos e ele sempre foi pressionado para
frequentar a mesma igreja, e tal insistência vem de longas datas desde a infância,
por esta razão o meu amigo sempre nutriu uma antipatia em relação à igreja e ao
deus que seus pais idolatram, pois eles sempre foram ausentes na vida do meu
amigo, conforme ele mesmo me confidenciou.
Então o nome de Satanás, foi
uma “homenagem” aos seus pais, uma forma de agredi-los, por eles nunca terem
sido presentes em toda a sua vida, preferindo dedicar a vida a um deus invisível
e insensível, conforme as suas próprias palavras.
Eu até tentei faze-lo mudar
de ideia em colocar um nome tão exótico ou inadequado para um país
predominantemente católico, mas ele parece irredutível, e sentir prazer
incomodar seus pais depois de adulto.
Apesar do nome esdrúxulo, o “satanás”
é muito fofo, e pior que quando o chamamos ele fica tão feliz, pulando em cima
da gente, nos fazendo esquecer o nome tão incomum, atribuído a um ser tão meigo
quanto ele é de fato.
Seus pais estão revoltados,
seu pai chegou a convidar, para sair de casa, levando a “coisinha” ruim com
ele, a sua mãe me pediu para convencer a trocar o nome, mas quanto mais eu falo
para ele sobre o desgosto de seus pais com o “nominho” do seu cão, parece
sentir prazer e se orgulhar do nome escolhido.
Mas querem saber da pior?
Ele me confidenciou que agora
os pais deles prestam atenção nele, mas segundo ele próprio, agora é tarde!
Então fico a pensar quanto ao
amadurecimento das pessoas, o fato de não sermos mais crianças e ter mais
idade, não significa que amadurecemos mentalmente de fato.
Opino que filhos que tiveram
seus pais ausentes em toda a sua infância tende a desenvolverem ou amadurecerem
tardiamente, enquanto que os filhos que tiveram um acompanhamento dos seus pais
durante toda a sua juventude até a fase adulta amadurecem bem mais rápido.
Bom, não quero bancar o psicólogo
ou o analista com a tal afirmação, é só uma conjectura de quem observa muito o
comportamento alheio, portanto a minha opinião não deve ser levado a sério, ou
considerado uma verdade absoluta!
Mas de uma coisa é certa,
este meu amigo definitivamente conseguiu chamar a atenção de seus pais depois
de adulto, pois quando criança, ele sempre foi desprezado, ou como ele próprio
costuma dizer; “trocado por deus”!
Paulo RK
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