Paulo Rk

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Contemplação da mente

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Um cãozinho chamado Satanás!



Enquanto eu me admiro por estar amadurecendo mentalmente falando, alguns amigos meu, se orgulham de serem mentalmente infantis. (risos)
Não quero mencionar tal realidade com o intuito de me aparecer ou querer parecer melhor que os outros, pois na minha concepção, ninguém é melhor do que ninguém.
Recentemente um amigo que estudou comigo no passado,  portanto com algumas histórias nostálgicas da infância para contar ou deixar de herança para nossos herdeiros, adquiriu um lindo filhote de cachorro.
O filhote muito meigo e bonitinho, se não fosse pelo seu “nominho” escolhido com muito orgulho pelo meu próprio amigo, pasmem ele “batizou” o seu novo amiguinho de Satanás!
Existe uma razão na escolha deste nome, seus pais sempre foram religiosos e ele sempre foi pressionado para frequentar a mesma igreja, e tal insistência vem de longas datas desde a infância, por esta razão o meu amigo sempre nutriu uma antipatia em relação à igreja e ao deus que seus pais idolatram, pois eles sempre foram ausentes na vida do meu amigo, conforme ele mesmo me confidenciou.
Então o nome de Satanás, foi uma “homenagem” aos seus pais, uma forma de agredi-los, por eles nunca terem sido presentes em toda a sua vida, preferindo dedicar a vida a um deus invisível e insensível, conforme as suas próprias palavras.
Eu até tentei faze-lo mudar de ideia em colocar um nome tão exótico ou inadequado para um país predominantemente católico, mas ele parece irredutível, e sentir prazer incomodar seus pais depois de adulto.
Apesar do nome esdrúxulo, o “satanás” é muito fofo, e pior que quando o chamamos ele fica tão feliz, pulando em cima da gente, nos fazendo esquecer o nome tão incomum, atribuído a um ser tão meigo quanto ele é de fato.
Seus pais estão revoltados, seu pai chegou a convidar, para sair de casa, levando a “coisinha” ruim com ele, a sua mãe me pediu para convencer a trocar o nome, mas quanto mais eu falo para ele sobre o desgosto de seus pais com o “nominho” do seu cão, parece sentir prazer e se orgulhar do nome escolhido.
Mas querem saber da pior?
Ele me confidenciou que agora os pais deles prestam atenção nele, mas segundo ele próprio, agora é tarde!
Então fico a pensar quanto ao amadurecimento das pessoas, o fato de não sermos mais crianças e ter mais idade, não significa que amadurecemos mentalmente de fato.
Opino que filhos que tiveram seus pais ausentes em toda a sua infância tende a desenvolverem ou amadurecerem tardiamente, enquanto que os filhos que tiveram um acompanhamento dos seus pais durante toda a sua juventude até a fase adulta amadurecem bem mais rápido.
Bom, não quero bancar o psicólogo ou o analista com a tal afirmação, é só uma conjectura de quem observa muito o comportamento alheio, portanto a minha opinião não deve ser levado a sério, ou considerado uma verdade absoluta!
Mas de uma coisa é certa, este meu amigo definitivamente conseguiu chamar a atenção de seus pais depois de adulto, pois quando criança, ele sempre foi desprezado, ou como ele próprio costuma dizer; “trocado por deus”!
Paulo RK

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