Tem gente que acredita que para ser macho, tem que ser "comedor"

Eu não sei o que acontece com as pessoas em termos de valores morais, e a cada dia está sendo mais difícil viver em harmonia, com os da minha própria espécie, sendo eu mesmo. Outro dia conheci uma mulher por volta dos seus 32 anos, ficamos a tarde inteira conversando, pois adoro pessoas inteligentes, mas a exatamente as 23: 59, ela me perguntou se eu era gay!!!!!! Saibam todos que cresci num ambiente totalmente desprovido de preconceitos e se uma dia, optar por uma determinada opção sexual, não vou ficar com vergonha ou esconder tal predileção. Porque aprendi desde cedo que vergonha, é não conseguir ser feliz por conta das nossas próprias hipocrisias, e os terríveis paradigmas existenciais que desenvolvemos ao longo de nossas vidas. Isto sim é motivo de vergonha, afirmarmos uma condição que não somos ao mundo, só para esconder o que realmente desejamos ser, para agradar aqueles que vivem a julgar os outros, fazendo coisas muito pior, por debaixo dos panos. Bem, não estou aqui para julgar ninguém, vou prosseguir com a garota que me perguntou se eu era gay. Costumo deixar as pessoas bem a vontade com a minha presença, do meu olhar, das coisas que falo, e da forma como falo, tudo faz com que a pessoa se familiariza muito comigo, mesmo no primeiro encontro. Foi ai que esta simpática mulher, começou a ficar a vontade na minha presença, nada mais natural, pois ela estava em sua casa, trajando um short bem curto, e uma blusinha onde podia se ver o seu umbigo e partes dos seus fartos seios, transbordar pela lateral da sua mini blusa. Como mencionei, achei tudo muito natural, pois estávamos em sua casa, ela pediu uma pizza porque disse a ela, que adorava pizzas, e as de muzzarela eram as melhores. Conversamos sobre tudo, pois ela uma pessoa que viajou o mundo inteiro, tinha muitos assuntos, e a sua abordagem era no mínimo interessante, eu fiquei meio preocupado, pois já se passava das vinte e duas horas. A pizza chegou e começamos a comer, confesso que nunca vi uma garota gostar tanto de cerveja como ela, ela tomou o dobro do que eu tinha tomado e ainda se mostrava disposta para mais latinhas. Aparentemente ela estava bem, quero dizer sóbria, mas foi quando ela começou a me fazer perguntas íntimas, do tipo se eu tinha namorada, e se eu tinha preferencias raciais e se gostava de ruivas. Eu respondia que preferia as mulheres inteligentes, pois para quem não sabe, eu fico muito constrangido com estes tipos de conversas. Não tenho certeza, mas eu acho que ela estava a fim de fazer um “canguru perneta” naquela noite. Acabamos com a pizza e tomamos umas vinte e cinco latinhas de cerveja, pasmem ela ainda me ofereceu, bebidas quentes, como Vodca e vinho, e é claro, recusei pois tinha que trabalhar no dia seguinte. Essa doida, é sobrinha de uma das minhas ‘patroas’, supostamente eu fui recomendado por ela, para fazer um serviço em sua casa, mas na verdade acho que foi um plano “maquiavélico” da minha patroa, para encontrar um par romântico para mim. Mas acho que acabei irritando ela, pois as 23 horas e 59 minutos ela mudou o seu aspecto fisionômico, e totalmente mal humorada, me perguntou seriamente se eu era gay. Eu não respondi e comecei a rir, peguei as minhas coisas e a beijei no rosto e simplesmente falei que a adorava, e puxei o carro. Ela ficou sem entender até hoje, mas acho que ela estava bêbada o suficiente para perder o juízo, e me fazer tal pergunta estúpida, pois depois do ocorrido, nem ela e nem a sua tia (a minha “patroa”) comentaram sobre esta fatídica indagação. Acho mesmo que vou parar de fazer as pessoas se sentirem a vontade na minha presença, serei inexpressivo e darei muita pouca ousadia e oportunidades para questionamentos desta natureza, pois opções sexuais, são questões existências muito particular e intima de cada um. Paulo RK