terça-feira, 24 de julho de 2012
O meu estilo de vida altruísta, não combina com criancinhas amuadas e ou abusadas!
Faz um tempinho que resolvi deixar de lado, todos os meus problemas pessoais, para me dedicar em tempo integral, aos problemas alheios.
Dizem que tais estratégias, são comuns em pessoas incompetentes para resolver as suas próprias questões existências, eu até concordei com esta afirmativa, mas não vou falar a respeito nesta crônica, deixando para uma outra ocasião, e oportunidade.
Apreendi na minha filosofia de vida, que o altruísmo, é a melhor forma e o mais rápido meio de pagar por todos, os nossos pecados e ou carmas, conforme a sua crença, de vidas passadas e acelerar o nosso processo de evolução espiritual nesta vida.
A falta de praticidade mental, ainda é o meu forte, logo sou “tomado” pela confusão mental, estou diante de um dilema, que eu mesmo criei.
Não sou do tipo que gosta de criar polêmicas, mas a questão, e a verdadeira realidade, é que ninguém pode ajudar alguém, sendo um poço de problemas ou mesmo um “torvelinho” de emoções.
Fato!
Por outro lado, sei que ‘ajudar as outras pessoas’, não significa resolver todos os problemas dela, mas o simples ato de ouvir, dar atenção aos seus desabafos, ajuda bastante na recuperação da autoestima, de quem está sofrendo.
Mesmo não tendo nada para falar, ao focarmos na pessoa sofredora, seu emocional fica bem melhor ao perceber que, não está desamparado neste mundo.
Tentar “ajudar” um adulto é uma coisa, mas quando falamos de um garotinho de nove anos, com problemas emocionais desconhecidos, é totalmente o avesso.
E como diria Caetano Veloso; “o avesso do avesso!”
A minha vizinha tem um filhote, ele é inteligente e educado, definitivamente um menino de ouro, pois nas férias escolares, não ouvimos um pio, silêncio absoluto.
A questão é que a avó, deste pequeno “tesouro”, comentou muito ressentida comigo, que seu neto está muito amuado, e não é de hoje.
E pra piorar o quadro, a criança que deveria supostamente ser feliz, ao ser questionado pela sua mãe, e pela própria vó, desagua em lagrimas e sai correndo de perto delas.
Sou testemunha dos esforços de sua mãe, no cumprimento dos papeis de mãe e pai ao mesmo tempo, pois não falta nada em termos matérias e conforto para ele.
Eu disse, a avó do garoto; “esquenta não vó, vou falar com o menino!”
Tal afirmação fez com que ela se sentisse segura, de que eu poderia fazer alguma coisa por ele, e é muito provável que ela tenha dito a sua filha, a mãe do garoto, criando se grandes expectativas, de que eu seja o salvador.
Não entendo nada de psicologia, muito menos de psicologia infantil e ai comecei a pensar em muitas coisas ruins, que poderiam ter acontecido com ele.
E se ele foi abusado por algum adulto?
O que devo falar ou fazer, sendo apenas um vizinho cheio de boas intenções?
Este é um exemplo clássico, das pessoas que estão cheios de boas intenções para ajudar, e sempre acabam fazendo merda, tornando uma situação ruim, em muito pior!
Sou um saco de boas intenções, e penso que ajudei muitas pessoas do meu convívio, algumas delas até se mataram, se suicidaram, tomando chumbinho!
Eu não sei se foi pelos meus conselhos, nunca saberei, mas tais suicidas eram pessoas adultas e vacinadas, portanto o peso da minha consciência é inexistente, pois somos livres e fazemos das nossas vidas, o que bem entendemos.
Mas não digo o mesmo para um garoto de nove anos, acho que eu não me perdoaria se acontecesse algo do tipo, o problema, é que falei que iria falar com ele!
Meu DEUS! Oh my GOD! E se ele disser que foi abusado pelo tio?
O que devo fazer?
Alguém me disse que o estilo de vida altruísta, será a minha ruina, nem dei bola, mas confesso que depois de ter dito, “esquenta não vó, eu vou falar com ele”, não estou conseguido mais, ter o sono dos justos.
Evitando me encontrar com o garoto, para ter a tal conversa, faço de tudo para não sair e me deparar com a sua vó e mãe.
Paulo RK
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