sábado, 24 de abril de 2010
Solidão humanóide
Se somos bilhões no mundo, por que será que o homem moderno ainda tem tempo para sentir solidão?
Esta questão está me incomodando pois acho bastante controverso, este sentimento brotou de um filme antigo e que assisti recentemente, onde o robô, em um diálogo com o seu criador comenta se sentir solitário por ser o único da sua espécie.
E o robô fica surpreso quando seu criador diz também se sentir solitário, e sem entender muito este sentimento, o robô questiona:
- Mas você não é humano? Espécie dominante da terra?
Indagação profundamente humana, e surpreendentemente para um robô supostamente desprovido de sentimentos, até parece um paradoxo.
Mas a questão é que vivemos cercados por idéias paradoxais, e num mundo cada vez mais cercados por pessoas, fica mais difícil deixar de levar uma vida solitária.
Na grande São Paulo, pessoas vivem em suas casas e apartamentos de modo incomum, muitas vezes pessoas resolvidas, formadas e bem sucedidas profissionalmente, procuram a companhia de animais de estimação ou mesmo amizade no mundo virtual.
Todos eles buscam por uma companhia ideal, aquele que sabem ouvir, aqueles com capacidades extremas de tolerar todos os seus defeitos sem critica-los.
Não posso deixar de analisar este pensamento, e mergulho no meu profundo e eterno querer saber, será que o homem “moderno”, busca uma vida solitária para não ser questionado ou contrariado?
Contrariado e cansado da sua própria espécie, ele acaba mantendo um relacionamento com o de outras espécie, ou como é “normal”, cria um avatar e mantém um relacionamento fake, onde as pessoas são convenientemente perfeitas?
As indagações alheias, colhidas no meu dia-a-dia, não deixam de me perturbar, pois de uma certa forma são questões que me afligem pois também sou um humano.
E como tal, preciso de um alguém que me complete, uma testemunha das minhas insanidades, e que de preferência não me contrarie e compartilhe esta minha obscessão e doença do eterno questionar humano.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo Rk
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...BOM DIA... BOA TARDE... BOA NOITE...
ResponderExcluirÉ SEMPRE PRAZEROSO LER E RELER O SEU BLOG... QUESTÕES HUMANAMENTE HUMANAS... UM GRANDE ABRAÇO.
FAUSTO FRANCO.