Nós humanos, avatares e lançamento do Ipad.

É curioso como hoje a tecnologia fala e explora o conceito “touch-screen”, salientando ao extremo o paradigma de que só o toque propicia o prazer.
A propaganda reforça que o prazer tátil de acariciar o aparelho é parte importante desta experiência.
Ironicamente nos dias atuais, as pessoas se esquivam uma das outras, temem o contato físico e evitam ao máximo estabelecer uma comunicação mais próxima.
Por que a humanidade não cria uma tecnologia capaz de aproximar as pessoas uma das outras, quebrando qualquer tipo de idéias pré-conceituosas e superando seus medos de um relacionamento?
Hoje as empresas para divulgar seus produtos, fazem o uso do marketing como uma ferramenta poderosa, deveríamos fazer o uso deste poderoso recurso para aproximarmos mais as pessoas.
Não estou negando ou desdenhando esta nova tecnologia, mas é irônico que num mundo cada vez mais solitário, eles fazem uso do marketing para afirmar um fato cada vez mais contrario a realidade humana!
Outra tecnologia que é muito falada nesta época é a dos recursos 3D,nela é possível ver uma imagem de forma mais próxima, literalmente falando parece que os personagem saltam da tela, causando nos uma sensação de estar ao lado dos personagens ou dentro da própria imagem.
No entanto, registro o meu espanto pelo fato de que as pessoas vislumbradas com essas novas tecnologias, estão esquecendo daquilo que mais importa e definitivamente nos faz mais humanos.
Não podemos esquecer do toque humano, de abraçar aqueles que amamos no dia-a-dia , de acariciar a pessoa amada ou mesmo ter um longo bate papo, atividades que fortalecem a nossa energia vital, para uma vida mais saudável.
Ou mesmo procurar observar mais a natureza, senti-la ao nosso redor, melhor do que qualquer experiência de simulação tecnológica.
Não sou contra a tecnologia moderna, ou estou fazendo uma campanha contra o uso delas, muito pelo contrário sou fanático por ela.
Mas a verdade é que a propaganda de lançamento do Ipad, me deixou contrariado com a falta de humanidade nos produtos industrializados, que deveria aproximar mais as pessoas e não afasta-las.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo Rk.