Paulo Rk

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Contemplação da mente

domingo, 25 de junho de 2017

Quando acontece um revestrés em nossas vidas, a gente fica confuso!

Eu nem sei se a palavra ‘revestrés’ existe no vocabulário português, estou reproduzindo porque presenciei um pedreiro falando e achei muito bacana tal palavra que segundo o próprio é dar pra trás, ou quando tudo na sua vida não vai de acordo com o que esperamos ou programamos.
E comigo não está sendo diferente, não que as coisas não estão dando certo muito pelo contrário, a questão é que estou fazendo algumas coisas diferentes que não são das minhas competências ou ‘ossadas’, coisas que não sei fazer profissionalmente, mas estou fazendo com mais intensidade na minha vida pela necessidade por não ter dinheiro para pagar profissionais e por incrível que pareça estou começando a gostar.
Não sou cozinheiro profissional, gosto de fazer pratos diferentes e cozinhar para minha família, e agora, mais recentemente estou divulgando para as pessoas de fora que posso cozinhar para elas em suas residências, principalmente pessoas que moram sozinhas, trabalham fora e estão cansadas de comer comidas comerciais de botecos ou restaurantes, além de outros serviços domésticos que eu já fazia para alguns clientes.
E o incrível de tudo isso é o reconhecimento, não financeiro, mas da satisfação que as pessoas demonstram em seus semblantes ao saborear as minhas comidas, não que eu seja um cozinheiro profissional, faço comida caseira, ‘bem feitinha’, temperada e o mais importante com ‘gostinho caseiro’ familiar.
Não vou ser hipócrita, para algumas pessoas eu cobro, ‘cobro’ porque elas mesmas se sentem mal por estar fazendo favores para elas e não ter nada em troca e pelas suas próprias insistências, então eu combinei que elas poderiam pagar pela quantia que julgassem ser merecedor, para algumas outras pessoas e amigas não faço questão de receber absolutamente nada em termos financeiros só a amizade, e por tudo que elas poderiam estar fazendo para facilitar a minha vida.
Porque gente, para quem não sabe, é prazeroso cozinhar, como mencionei e não sendo um profissional para cobrar, mas quando testemunhamos a felicidade e satisfação das pessoas com o que fazemos ou realizamos é muito gratificante, não tem dinheiro ou preço que pague, não vou ser hipócrita, dinheiro também é muito ‘agradável’, então quando percebo que a pessoa não é pobre ou tenha algumas dificuldades financeiras e ela insistir, eu cobro, mas cobro o justo, quase sempre cobro os valores dos insumos utilizados nos pratos do dia, nada mais e nada menos, porque a maior riqueza deste mundo é poder servir as pessoas e fazer felizes com o que nós podemos oferecer a elas.
Outro tipo de serviço que eu tenho realizado mesmo não sendo da minha área profissional, mas que estou pegando o gosto pela “coisa” são os serviços de pedreiro, estou com um probleminha com águas da chuva, por ter sido feita erroneamente no passado a sua canalização, desde a coleta destas águas até o seu descarte, quando chove toda água está indo para debaixo da casa.
A minha preocupação era um constante e estava me desgastando com isso, consultei alguns profissionais “amigos” que me cobraram fortunas, então decidi fazer eu mesmo.
Na verdade e faz um tempinho tinha consertado uma parede que estava caindo, e obtendo um resultado satisfatório, fiquei feliz e me senti completamente realizado por não depender de ninguém, porque na vida minha gente, o importante são os resultados positivos das coisas que realizamos, então decidi consertar a canalização mal feita das águas da chuva daqui de casa.
Está sendo cansativo o trabalho todo, pois tenho que abrir o concreto do chão, até chegar ao cano, retirar a terra e refazer tudo que está incorreto, mas sabem, apesar do cansaço físico estou me sentindo mais uma vez realizado e como mencionei parágrafos acima, tal sensação de que somos capazes de realizar o inimaginável, dinheiro algum paga!
Está tudo bem na minha vida, então por que eu comecei como uma negativa no tema deste texto (?), eu explico (!), recentemente, amigos que adoram a minha literatura, me perguntaram por que eu desisti de escrever blogs.
Eu não desisti de escrever blogs, na verdade adoro muito escrever os acontecimentos do meu cotidiano na minha vida, pois elas me ajudam a refletir sobre muitas coisas sobre mim e sobre as minhas atitudes perante alguma situação.
A questão de ter mencionado ‘revestrés’ como algo que dá pra trás, segundo o pedreiro com quem aprendi a tal palavra, é que a minha predileção por escrever em blogs parece ter ficado no segundo plano, motivo pelo qual não tenho escrito com tanta freqüência como de costume.
Porque no começo, quando só escrevia blogs entre outras atividades comuns na minha vida, eu gostava tanto que quase sentia orgasmo ao ver um texto escrito por mim mesmo no meu espaço virtual.
E hoje não mais, continuo sentindo prazer, mas talvez não tão intensamente como antes ou mesmo como estou sentindo agora pelos serviços de cozinha e de pedreiro, que parecem ser tão intenso quanto foi a minha predileção por escrever reflexões nos tempos iniciais em meu próprio blog.
Neste mês de junho escrevi apenas dois textos, na verdade três com esse, e só agora me dei conta de como estou sendo negligente com os meus gostos pessoais, afinal de contas, sou da opinião de que a gente não pode deixar morrer ou abrir mão das coisas que gostamos nesta vida, pois isso significa morrer aos poucos em vida, nos tornando em verdadeiros zumbis.
Poderá parecer até bobagens para algumas pessoas tal reflexão, mas não gosto de começar uma coisa na minha vida e não dar continuidade até o fim, pois me sinto leviano, do tipo de pessoas que fazem por que todo mundo faz por estar na moda, e não sentir quaisquer sentimentos bons ou positivos pelas coisas que propomos a fazer e realizamos nesta vida.
Não quero parecer estar me desculpando ou justificando a minha falta de dedicação pelo meu blog, mas ser ingrato com ele é a ultima coisa que desejo ser, afinal de contas, ‘se comecei por sugestões de amigos por ter uma mente bagunçada e não conseguir falar claramente e se hoje estou melhor graças o habito de escrever’ são todos méritos deste blog.
Agora eu só tenho que conseguir administrar melhor o meu tempo, porque à noite quando janto e vou checar meus e-mails ou para escrever neste meu querido blog, o cansaço e o sono me dominam, a questão é que ninguém me avisou que o trabalho de pedreiro era muito enfadonho! (risos)
Paulo RK

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