Toda família que se preze tem
uma briguinha principalmente entre irmãos, ‘coisas de família’, acho que não
exista no mundo racional ‘famílias perfeitas’, se existir provavelmente eles
escondem algum podre por baixo do tapete, tipo ‘segredos de alcova’.
Porque acho extremamente
normal uma briguinha de vez enquanto, funcionando como um ‘temperinho’ a mais
na comida, dando aquela ênfase na própria união da família.
Mas eu tenho um ponto fraco,
e estaria mentindo se negasse tal fraqueza emocional, quando brigo com a minha
irmã fico com tanta raiva naquele momento que fico sem falar com ela por vários
dias e até semanas.
A minha mãe, como toda mãe já
tinha detectado tal “defeito” em sua prole, e me confidenciou que se preocupava
muito comigo, e se eu não mudasse esse meu jeito de ser sofreria muito depois
de adulto.
Dito e feito, mães não erram
sobre seus filhos, elas sabem, conhecem instintivamente como são cada um deles,
e eu não sou exceção, hoje lembrando as palavras de minha mãe, tento mudar esse
meu jeito ‘rancoroso’ de ser, mas não está sendo fácil (confesso), e todas as
vezes que brigo com a minha irmã, sofro.
Sofro por ficar com aquela ‘raiva
boba’ e prolongada e a minha irmã no dia seguinte esquece tudo com muita
facilidade, ‘esquece’ de todas as ofensas verbais que “vomitei” com a tal da ‘raiva
boba’, e me procura falando como se não tivesse acontecido absolutamente nada.
Eu poderia mencionar várias
desculpas esfarrapadas para me defender, dizendo que homens amadurecem
tardiamente que as mulheres, mas identifico em mim uma fraqueza, tanto que a
minha própria mãe tinha me confidenciado e identificado tal fraqueza quando eu
ainda era garoto, conforme mencionei parágrafos acima.
A questão é que por mais que
eu fique bravo com as presepadas da minha irmã e fique com ‘raiva boba’ dela, e
fale um monte, parece que ela não consegue ter a mesma ‘raiva boba’ que eu
tenho, e pra pesar ainda mais na minha consciência ‘ela morre de pena ou dó de
mim’, achando que a minha vida é sofrida, e que sofro calado segundo as suas
palavras para alguns amigos meus, vê se pode!
É claro que não tenho raiva
da minha irmã, mas de suas atitudes que põem tudo a perder na vida, não estou
julgando seu estilo de vida, cada um conduz a sua própria conforme suas
próprias conveniências, no entanto quando vivemos juntos no seio familiar,
certas burrices ou desinteligências na vida deveriam ser evitadas, pois os
resultados das conseqüências impensadas fazem toda a família sofrer, por isso
eu crítico suas atitudes, pois ‘perfeita ou não’ ainda somos uma família, e como
mencionei ‘família perfeita’ é uma utopia.
Sim, estou trabalhando com
este meu lado fraco, pois depois do amadurecimento e estudar muito a filosofia
budista compreendi que a minha irmã é uma alma evoluída e a despeito das “burrices”
que ela apronta na vida dela, colocando tudo a perder, ela ainda é mais
evoluída que eu, espiritualmente falando.
Segundo o conceito Cármico na
explicação da filosofia budista a minha irmã é um ‘agente positivo’ em minha
vida, que escolheu nascer como a minha irmã para me ensinar algo que teimo não
enxergar e que está me fazendo sofrer muito, para quem não sabe ‘sofrimentos’
nesta vida são provocados pelas nossas próprias ignorâncias, é errando que
aprendemos, para que possamos evoluir neste mundo e prepararmos para uma nova
vida, quando não mais precisaremos viver aqui neste mundo e partir para um novo
mundo mais evoluído, com certeza! (Pelo menos é assim que acredito ser o processo da evolução espiritual, iguais as fases de um vídeo game, superando fases!)
Paulo RK
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