Eu não sei dizer bem ao
acerto, mas geralmente os nossos pais são referencia de motivação para tudo
nesta vida, pelo menos tem sido assim até hoje para mim, depois de adulto.
Na verdade em toda a minha
vida nunca vi a minha mãe ou pai chorar, a minha mãe sempre me confortava me
dizendo para não me preocupar, pois tudo iria acabar dando certo.
Eu já os vi esbravejar entre
eles, quando as coisas não estavam indo de acordo com o casal, ou em defesa de
sua prole, pois a minha mãe foi e sempre será uma leoa na defesa de seus
filhotes.
Meu pai sempre foi na dele,
tipo do homem que entra calado e saí mudo, e apesar da sua pouca experiência na
demonstração de afeto e carinho com a sua prole, sempre trabalhou para nos
garantir um teto, alimentação e principalmente estudos.
Quando mais novo, sentia a
sua ausência, pois o pai do meu amigo era mais presente e eu sentia uma puta
inveja dele e uma falta enorme da figura paterna, que me tornava em certos
momentos, um jovem emocionalmente carente.
Hoje depois de amadurecido,
compreendo perfeitamente porque meu pai agia daquele jeito, na verdade ele agia
como ele sabia e deu o seu melhor para o futuro de seus filhos.
Porque se hoje posso respirar
em momentos de crises globais financeiras e procurar fazer o que é certo nesta
vida, é porque ele me deu a grande oportunidade de estudar e ser quem eu sou
hoje.
Seria até um egoísmo da minha
parte, se cobrasse dele a sua presença em todos os momentos fatídicos da minha
vida, pois devo a ele e a minha mãe, tudo que sou hoje, afinal de contas eles
se sacrificaram em todos os sentidos!
Recentemente a mãe do meu
amigo me confidenciou que gostaria que deus a levasse logo desta vida, confesso
fiquei aterrorizado e acho que não suportaria se fosse minha mãe ou pai a falar
desta maneira!
Como mencionei os nossos pais
são os nossos pilares, que sustentam muito o nosso emocional, e acho que se eu
ouvisse tal desabafo, desmoronaria por completo por dentro, de corpo e o que é
pior, de alma.
E a questão crucial é que
reparei que a mãe do meu amigo, não tolera a ideia de estar envelhecendo,
segundo pude perceber em seus comentários, ela se sente inválida e inútil,
lembrando, de quando era mais nova.
Aconselhei no melhor estilo
“budista” lembrando a ela dos filmes que assisti de pessoas que queriam viver,
mas desenganadas pelos médicos; como o filme verídico japonês, um litro de
lágrimas, uma menina nova com uma doença rara degenerativa dos músculos, que
queria viver, mas não podia, e agora mais recentemente; a culpa é das estrelas.
Filmes que fazem todo sentindo,
e nos ajuda a refletir, o quanto é bom estarmos vivos!
A questão que não querer
calar é; como pode este mundo ser assim; pessoas que não ligam pra vida, quando
tanto faz viver ou estar morta, enquanto outros querem tanto viver; mas tem tão
pouco tempo de vida?
Não vou refletir muito por aqui, pois só de
pensar me dói o coração, pois ainda e apesar de meus pais estarem muito longe
de mim, eu guardo a imagem deles, como as pessoas mais fortes deste universo,
que me protegeram e me protegem de alguma forma até nos dias atuais.
Paulo RK
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