Paulo Rk

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Contemplação da mente

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O advogado que não foi com a minha cara! (risos)


Por mais que a gente se entenda por gente, e que a gente sempre ouviu falar que a justiça é imparcial, tal premissa é falsa!
Tudo bobagens de quem gosta de acreditar em verdades convenientes para si mesmas, quando tudo corre ao seu favor.
Outro dia no fórum de pequenas causas, tive o azar de ter um mediador, medíocre, supostamente formado em direito, daqueles que baseiam seus julgamentos, não pelos fatos, mas pelas aparências.
Não quero parecer vitima com que vou falar, mas vocês sabem muito bem que é verdadeiro o assunto em questão, no Brasil, país dos injustos, você pode estar coberto de razão, mas se o infeliz do juiz não for com a tua cara, ele dirá que você está redondamente enganado.
E de vitima poderá ser considerado um vilão!
E não haverá forças divinas capaz de ajudar quem quer que seja,  pois neste país não existe justiça, pelo menos não para  nós com poucos recursos financeiros.
Eu não me conformo, tem gente da minha mesma classe social pobre, que acreditam que existam leis que nos favoreçam.
De boa desde que eu me entenda por gente, e até hoje em toda a minha vida, nunca vi ou presenciei justiça acontecendo com pessoas de bem, que conheço.
Na verdade e para não ser injusto vou tentar ser imparcial, e em toda a minha existência, só presencie uma vez, as outras duas foram na televisão, em algum programa sensacionalista que assisti, perdendo a credibilidade, pois aconteceu na tv., portanto não posso confirmar quanto a sua autenticidade.
Tolos são aqueles que acreditam em tudo que elas vê nas tevês e em tais programas sensacionalistas!
Na vida o buraco é sempre mais embaixo, sendo completamente contra aqueles que podem menos, por isso o ditado popular; “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. (risos)
Foi o que fiz quando percebi que o desprezível mediador, era complexado com a minha descendência nipônica, pois conforme suas próprias palavras, ele tinha trabalhado muito tempo com japoneses, especificamente com o pessoal de Okinawa e conhecia bem o meu povo sistemático.
Para quem não sabe o pessoal de Okinawa, são bastante diferentes dos próprios japoneses, apesar de serem considerados japoneses, e tais diferenças não é só pela cultura, mas pelas características físicas e pela própria forma de comunicação, pois tem muitas palavras que eu mesmo, sendo japonês desconheço.
Enfim, quando percebi tal “trauma”, me expressei com mais reserva, pois argumentos eu tenho de montão, a questão é, se a pessoa está disposta a ouvir o meu lado do problema.
O mediador medíocre, supostamente formado em direitos, me perguntou primeiro, pois sou o reclamante, comecei a falar normalmente expondo toda a situação.
Não sei por que cargas d’agua, ele pensou que estava bravejando com o reclamado e me pediu calma.
Obviamente e quem me conhece pessoalmente sabe muito bem, sou muito enfático quando se trata de defender meus direitos, usando do bom argumento como uma “arma” ao meu favor.
Então vocês já devem ter imaginado toda a cena, mediador complexado com japas, e o meu tom supostamente ameaçador.
Sabem o que ele falou, e fiquei muito chocado com o que ele disse:
-“Calma, não é por ai, você precisa relaxar, vai viver a sua vida, eu conheço muito bem japoneses, são muito sistemáticos”!
Quando ele falou isso, percebi que aquele homem não foi com a minha cara e tudo que eu dissesse, seria mal interpretado, podendo até ser usado contra mim.
Para completar este cenário patético, onde deveria acontecer justiça, o reclamado se fez de vitima e ainda levou uma proposta "adequada" para zonas rurais, onde não existem redes de coletas ou tratamentos de esgotos como nas cidades grandes.
O reclamado entregou as copias que “gentilmente” imprimiu para mim, dizendo:
- Estou perdendo o meu dia de trabalho e fiz algo que você deveria ter feito, não precisando estar aqui nas pequenas causas, quando poderíamos ter resolvidos tudo isso de boa!
O mediador meneou a cabeça afirmativamente para o besta, como se eu fosse o errado da vez, e para enfeitar mais o bolo fecal com mais estrume, ele folheou os impressos e ainda o elogiou o besta, alegando ter gostado da ideia e pedindo permissão para tirar copias.
Foi ai que fiz o joguinho dos medíocres babacas, pois percebi que eles não perceberam que tais soluções impressos eram adequadas para zonas rurais e não em grandes cidades, mas mesmo assim folhei os impressos, e agradeci profundamente, dizendo até parabéns, mas não num tom irônico ou cínico, pois o mediador, poderia engrossar para o meu lado.
Para finalizar o mediador me perguntou se eu estava de acordo e se encerraria o caso naquele instante, eu disse plenamente!
Porque num país, onde bandidos tomam conta na política e na justiça, é melhor às vezes a gente se fazer de tolo, e aceitar o que não podemos mudar.
Confesso estar muito contrariado mas fazer o que né, se não temos para quem reclamar os nossos direitos!
Paulo RK

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