Por mais que a gente se
entenda por gente, e que a gente sempre ouviu falar que a justiça é imparcial,
tal premissa é falsa!
Tudo bobagens de quem gosta
de acreditar em verdades convenientes para si mesmas, quando tudo corre ao seu
favor.
Outro dia no fórum de
pequenas causas, tive o azar de ter um mediador, medíocre, supostamente
formado em direito, daqueles que baseiam seus julgamentos, não pelos fatos, mas
pelas aparências.
Não quero parecer vitima com
que vou falar, mas vocês sabem muito bem que é verdadeiro o assunto em questão,
no Brasil, país dos injustos, você pode estar coberto de razão, mas se o
infeliz do juiz não for com a tua cara, ele dirá que você está redondamente
enganado.
E de vitima poderá ser
considerado um vilão!
E não haverá forças divinas
capaz de ajudar quem quer que seja, pois
neste país não existe justiça, pelo menos não para nós com poucos recursos financeiros.
Eu não me conformo, tem gente
da minha mesma classe social pobre, que acreditam que existam leis que nos
favoreçam.
De boa desde que eu me
entenda por gente, e até hoje em toda a minha vida, nunca vi ou presenciei justiça
acontecendo com pessoas de bem, que conheço.
Na verdade e para não ser
injusto vou tentar ser imparcial, e em toda a minha existência, só presencie
uma vez, as outras duas foram na televisão, em algum programa sensacionalista
que assisti, perdendo a credibilidade, pois aconteceu na tv., portanto não posso
confirmar quanto a sua autenticidade.
Tolos são aqueles que acreditam
em tudo que elas vê nas tevês e em tais programas sensacionalistas!
Na vida o buraco é sempre
mais embaixo, sendo completamente contra aqueles que podem menos, por isso o
ditado popular; “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. (risos)
Foi o que fiz quando percebi
que o desprezível mediador, era complexado com a minha descendência nipônica,
pois conforme suas próprias palavras, ele tinha trabalhado muito tempo com
japoneses, especificamente com o pessoal de Okinawa e conhecia bem o meu povo sistemático.
Para quem não sabe o pessoal
de Okinawa, são bastante diferentes dos próprios japoneses, apesar de serem
considerados japoneses, e tais diferenças não é só pela cultura, mas pelas
características físicas e pela própria forma de comunicação, pois tem muitas
palavras que eu mesmo, sendo japonês desconheço.
Enfim, quando percebi tal “trauma”,
me expressei com mais reserva, pois argumentos eu tenho de montão, a questão é,
se a pessoa está disposta a ouvir o meu lado do problema.
O mediador medíocre,
supostamente formado em direitos, me perguntou primeiro, pois sou o reclamante,
comecei a falar normalmente expondo toda a situação.
Não sei por que cargas d’agua,
ele pensou que estava bravejando com o reclamado e me pediu calma.
Obviamente e quem me conhece
pessoalmente sabe muito bem, sou muito enfático quando se trata de defender
meus direitos, usando do bom argumento como uma “arma” ao meu favor.
Então vocês já devem ter
imaginado toda a cena, mediador complexado com japas, e o meu tom supostamente
ameaçador.
Sabem o que ele falou, e
fiquei muito chocado com o que ele disse:
-“Calma, não é por ai, você
precisa relaxar, vai viver a sua vida, eu conheço muito bem japoneses, são muito sistemáticos”!
Quando ele falou isso,
percebi que aquele homem não foi com a minha cara e tudo que eu dissesse, seria
mal interpretado, podendo até ser usado contra mim.
Para completar este cenário
patético, onde deveria acontecer justiça, o reclamado se fez de vitima e ainda
levou uma proposta "adequada" para zonas rurais, onde não existem redes de
coletas ou tratamentos de esgotos como nas cidades grandes.
O reclamado entregou as
copias que “gentilmente” imprimiu para mim, dizendo:
- Estou perdendo o meu dia de
trabalho e fiz algo que você deveria ter feito, não precisando estar aqui nas
pequenas causas, quando poderíamos ter resolvidos tudo isso de boa!
O mediador meneou a cabeça
afirmativamente para o besta, como se eu fosse o errado da vez, e para enfeitar
mais o bolo fecal com mais estrume, ele folheou os impressos e ainda o elogiou o besta, alegando
ter gostado da ideia e pedindo permissão para tirar copias.
Foi ai que fiz o joguinho dos
medíocres babacas, pois percebi que eles não perceberam que tais soluções impressos eram adequadas para zonas rurais e não em grandes cidades, mas mesmo assim folhei os impressos, e agradeci profundamente,
dizendo até parabéns, mas não num tom irônico ou cínico, pois o mediador, poderia engrossar para o meu lado.
Para finalizar o mediador me perguntou se eu estava de acordo
e se encerraria o caso naquele instante, eu disse plenamente!
Porque num país, onde
bandidos tomam conta na política e na justiça, é melhor às vezes a gente se fazer
de tolo, e aceitar o que não podemos mudar.
Confesso estar muito contrariado mas fazer o que né, se não temos para quem reclamar os nossos direitos!
Paulo RK
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