Você tem medo de que?

Ainda na fase da minha adolescência, antes de completar os meus vinte e um anos, tinha um medo danado de morrer. Tudo começou por conta de uma pessoa, um cara, de proporções físicas avantajados, e transbordante de maldades interior. Não me lembro, exatamente, mas foi por conta de uma pequena discussão, cujo “tema”, não me recordo, dada a sua natureza irrelevante. Ele apenas mencionou que eu não passaria, dos vinte anos, esta afirmação foi o suficiente para implantar em mim, um terror inerente e visceral. O seu tão de voz, foi tão forte que parecia um estrondo de um trovão, arrepiando todos os cabelos da minha nuca. O tempo foi passando, e como tudo na vida, a minha transformação, tanto interna como externa, foi inevitável e bem vinda! A vida é realmente o nosso grande mestre, e ela sabe mesmo das coisas, através dos tempos, amadureci! E foi graças a esse processo de evolução interior chamado ‘amadurecimento’, que hoje sou um homem destemido, ou quase destemido. Pois estaria mentindo se falasse que não temo nada, mas as coisas do meu passado, da infância, não me tiram mais o sono, ou arrepiam os meus cabelos. Hoje consigo tirar sarro de mim mesmo, ao lembrar, das coisas que me aterrorizavam, eu realmente, era um “cagão” em pessoa. Mas por outro lado, a ignorância humana ainda me assusta mais do que qualquer filme, de fenômenos paranormais. Pois a ignorância humana é invisível, e seus efeitos tão perturbador, e tão nociva a nossa sanidade mental, quanto qualquer fenômeno paranormal, de origens desconhecidas. Lidar com pessoas, já é uma tarefa complexa, imaginem essas mesmas pessoas com suas mentes fechadas, e opiniões formadas sobre todas as coisas do mundo, PIOR! Graças a deus, como um autônomo posso evitar ao máximo esse tipo de gente, mas como vivemos e compartilhamos de uma mesma sociedade, cruzamos em algum ponto, das nossas jornadas, nesta longa estrada da vida. Portanto, tento aprender e a lidar com tais hostilidades pensantes, mas confesso, as sensações de medo são tão intensos, quanto aquela que sentia quando era adolescente de morrer, chegando até a perder, o meu controle emocional e mental. Eu não sei se, até a minha velhice, consiga superar tal deficiência emotiva, mas tem o outro lado da ignorância humana, que me assusta mais, do que a própria ignorância. Como sabemos, qualquer ferimento se fecha, e se cicatriza, o corpo físico, possui um “modus operandi” exemplar, para proteger o nosso corpo dos agentes, nocivos a nossa saúde. O nosso sistema imunológico, repele tudo que não nos pertence, uma realidade oposta, as nossas mentes. Ela “assimila”, determinadas condições, aceitando tudo o que não podemos mudar como sendo natural, e o que é pior, passamos agir da mesma forma. Agimos “naturalmente” e inconscientemente com tudo aquilo que um dia desprezamos. Isso me dá medo, pois percebo na convivência com outras pessoas, que muitos ignorantes, não se consideram em pessoas, ignorantes. Elas se consideram tão normais, simplesmente por que, aceitaram serem ofendidas ou qualquer tipo de hostilidade como fatos da vida, elas apenas estão sendo elas mesmas, repetindo tudo que aprenderam em vida. Arghhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Apesar de todos os avanços da ciência e tecnologia, a humanidade ainda está muito imatura, quanto a sua própria natureza humana, pasmem, hoje é tão normal ser ofendido, e ofender as pessoas que ninguém se dá conta, do que está fazendo, com o seu próprio semelhante e a si mesmo! Paulo RK