Paulo Rk

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Contemplação da mente

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A maldição da mídia, ops, deu zebra!


O homem criou a mídia, e esta criou um mundo ilusório, de valores e gostos duvidosos.
Muitas pessoas aceitam determinados “padrões”, como referencias pessoais para o que é belo e atual.
E qualquer coisa, que esteja fora destes “padrões estabelecidos,” serão considerados de mal gosto, e inapropriado para a época.
Existe por trás desta realidade uma forma macabra de conduzir as pessoas, de manipulá-las em fazer exatamente, o que eles querem, e o que é pior, inconscientemente.
Tal realidade é perpetuada porque o povo, principalmente aqueles que não possuem opinião ou conteúdos relevantes de vidas, “abraçam” esses conceitos e ideias, como sendo suas.
Isso explica porque vivemos, dentro de uma sociedade insaciável, em termos de bens de consumo.
As pessoas não se contenta com o que já possuem, elas querem sempre mais, mesmo que já tenham o suficiente, e o necessário para sobreviverem.
O mundo capitalista é assim, quanto mais o povo estiver insatisfeito, com a sua realidade, mais ricos e poderosos estarão os investidores capitalistas.
Apesar de não concordar com este modo de vida, eu também faço parte desta grande massa, chamado povo.
E muitas vezes, me deixo levar pela “necessidade” de comprar sem pensar, “iludido” pela propaganda, que aquele objeto era necessário, onde em meu inconsciente estava escrito, “ele te pertence, vá busca-lo!”
O que é que comprei mesmo, na semana passada?
Acho que foi uma câmera digital, e que hoje está jogado em algum canto do quarto, ou mesmo dentro do baú, onde se encontram tantos outros objetos, que um dia pensei, me trariam a felicidade.
De onde mesmo foi que tirei a ideia, de que acumular “bugigangas”, ao longo da minha vida faria de mim, um homem mais feliz?
Talvez elas tenham suprido, a minha necessidade momentânea de consumo, mas definitivamente, elas não definiram quem eu sou.
Posso fazer parte desta grande massa chamado povo, mas quero ser diferente, quero ter opinião, quero ser eu mesmo, e que a minha felicidade não seja ditada por pessoas manipuladoras, que visam apenas seus enriquecimentos.
Para ser alguém, não preciso ter o carro do ano, não preciso ostentar marcas e etiquetas famosas em meu corpo, não sou manequim, tão pouco remunerado para sair desfilando etiquetas e marcas.
Enquanto as pessoas, não se livrarem das suas próprias ignorâncias, achando bonito serem exibicionistas, por uma questão de “status”, a mídia se fortalecerá com as nossas próprias mediocridades.
Pois tem muitas pessoas que eu considero fúteis, “vivendo” as suas vidas em função das aparências, praticando toda forma de ganancia, e desprezo contra o seu semelhante.
Não medindo esforços para obter tais ostentações, essas pessoas não possuem qualidades de vida, e contrariando a sua imagem externa de pessoa bem sucedida, internamente são uns lixos.
São pessoas incapazes de viverem livres, com os seus pensamentos, incapazes de vislumbrar a beleza intrínseca, de todas as sutilezas da vida; “como a própria condição e ideia de pertencer, e fazer parte desta grande massa, chamado povo!”
E o pior de tudo isso, é que eles vivem na ilusão de que são diferentes, e que são melhores, e como não bastassem tais sentimentos, ainda temos que “suportar,” as suas crises de baixas auto estima, e inseguranças.
Paulo RK

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