Pessoalmente eu gosto de ser desafiado, “viver” da
rotina me cansa e percebi e não é de hoje, faz um tempinho, ‘que se eu me
permitir à rotina estaria morto em vida’.
Para quem não sabe a morte física ou biológica não é
a pior parte deste fenômeno, que todos parecem não curtir ou aceitar de boa, a
pior parte é a pessoa estar respirando por meio do ‘batimento cardíaco
involuntário do músculo, que aqui denominamos coração e não fazer nada em suas
vidas que os motive, fazendo as se sentirem verdadeiramente vivas.
Eu sei que não é fácil tentar mudar uma rotina de
vida estabelecida ao longo dos anos e da noite para o dia, mas a questão
inquietante e que me preocupa mais é que tem gente que se quer tem vontade de
mudar.
Parecendo poeiras que se juntam em qualquer canto de
um cômodo a espera da morte chegar, para essas pessoas, ‘tanto faz como tanto
fez’!
Cada um com seu cada um, mas sou um ser humano comum
e como todo “humano” tenho meu lado subjetivo, o lado ‘emocional’, e este meu
lado não tem nada de lógico, não operando pela razão, ela me faz sofrer, e pode
parecer dramático para algumas pessoas quando digo que ‘sangro por dentro’ ao
testemunhar pessoas que amo sofrerem nesta vida.
Pra começar eu não sei o que está acontecendo com a “humanidade”,
as pessoas parecem não se preocuparem mais umas com as outras, as pessoas
parecem estar preocupadas apenas com suas vidinhas, carregadas de sentimentos
de ódios e desprezos para com os seus.
Não quero me fazer ou parecer ‘santo’ ao mencionar
tais reflexões por aqui, pois como mencionei parágrafos acima, sou como
qualquer outro humano, e muito provavelmente o que me distancie e difere dos
outros “humanos” é o meu dom natural de questionar, de questionar as pessoas, a
vida e até mesmo a mim mesmo.
Tal espírito inquietante da não aceitação das coisas
como elas são, me faz um eterno sofredor, embora eu busque a paz eterna e
serenidade na minha vida através da própria prática filosófica budista, não
posso omitir que dentro desta minha aparente paz externa, existe um turbilhão
de sentimentos e questionamentos que me tiram o sono de vez enquanto.
Algumas pessoas do meu entorno, do meu convívio diário
julgam a minha pessoa pelo que elas percebem externamente, como o meu
comportamento perante situações de dificuldades ou de perigo iminente, afirmando
ser desse jeito por ser oriental e budista.
Mas elas ignoram que independendo das minhas origens
étnicas ou religiosas, eu procuro sempre fugir do “câncer” da rotina, que nos
impede de enxergar as nossas capacidades de superação, fazendo sempre a coisa
certa, encarando todas as situações difíceis da minha vida de frente, e nunca
fugindo ou protelando na resolução de quaisquer problemas que se impõem a minha
frente, vou vivendo assim um dia de cada vez.
Outra interpretação errônea que tenho percebido nas
pessoas que as fazem sofrer é do próprio conceito, ‘vivendo a vida um dia de
cada vez’!
Certamente que tem pessoas que adoram serem
procrastinadores e acreditam que ‘viver um dia de cada vez’, implicam em ‘empurrar
com a barriga’ todos os seus problemas, ignorando todas as possibilidades da
resolução imediata elas preferem fugir de suas responsabilidades, agravando uma
situação que poderia ter sido resolvido se não houvesse negligencias logo de
inicio.
É por esta razão que afirmo em voz alta e bom som
para quem quiser ouvir e ou escutar; ‘eu amo desafios’!
Por qual outra condição ou força impulsionadora da
vida poderiam “salvar” a humanidade do marasmo de uma vida rotineira?
Quem me conhece pessoalmente sabe muito bem a meu
respeito, sabem que adoro trabalhar com prazos, amo ter compromissos com
pessoas, e quase sempre estou inconformado com ‘situações comuns’ da minha
vida, preferindo os desafios (problemas) de ter que resolver problemas
(desafios), detalhe, muitos problemas!
Papo de masoquistas?
Nada disso, masoquistas são aqueles “acostumados” a
rotina, que “vivem” uma “vida” sedentária se fazendo de vitimas por todas as
coisas que lhes aconteçam em vida, ignorando todas as possibilidades implícitas
e inerentes nos problemas, que aqui gosto de chamar de desafios e não de
problemas!
Paulo RK
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