Antes eu me esforçava para agradar todo mundo, mesmo
aqueles que eram ríspidos comigo, de repente o amadurecimento chegou, e
descobri que ser bom não tem nada haver com ser trouxa.
Eu explico!
Pratico oficialmente o budismo desde 1.999, no
começo eu sofria, pois não compreendia os ensinamentos do Buda de forma prática
e clara na minha vida, então pensava erroneamente que tinha que ser “superior”
com as pessoas, não dando a elas, o troco na mesma moeda ou não me igualando a ignorância
delas.
E por um tempo comportamentos estúpidos de algumas
pessoas e hostilidades gratuitas me incomodavam muito, afinal de contas, como
compreender pessoas que respondem mal as pessoas que lhe querem e fazem o bem?
‘Não dá né’, afinal de contas somos todos humanos e temos
o lado emocional, ninguém é 100% racional e lógico!
E como qualquer outro ser humano comum, entrei em
conflito comigo mesmo por não compreender tais reações negativas, procurei um
dirigente da organização budista a qual frequentava da minha região, sendo um
dirigente uma pessoa veterana na prática budista.
E pasmem a resposta para o que me fazia sofrer
emocionalmente foi o mais simples do que eu poderia imaginar ser possível!
O dirigente mencionou que por mais que eu buscasse o
caminho do Buda, da paz, da serenidade, do bom senso e do amor ao próximo não
significava que eu teria que baixar a minha cabeça em sinal de submissão ou me
humilhar perante a ignorância alheia, se assim fizesse nunca atingiria o estado
de Buda, pois estaria me depreciando como um valor, não praticando o amor ao
próximo, por não saber sobre o amor próprio.
O budismo prega a não violência, o não conflito em
momentos de hostilidade, buscamos sempre não confrontar e foi o que resolvi
fazer, e todas as vezes que me deparo com pessoas hostis sem a disposição de
ser bacana com quem tenta ajudar, eu me distancio delas e faço que elas
compreendam por si só de como faz falta uma ajuda, uma ‘mãozinha’ amiga na vida
de qualquer pessoa aflita ou simplesmente daqueles que desejam melhorar suas
condições de vida neste mundo não tendo ninguém para tal.
Hoje depois do advento do amadurecimento, estou
sendo mais sábio comigo mesmo e no trato com as pessoas do meu entorno, agindo
conforme suas próprias características, sendo generoso com pessoas generosas e
sendo indiferente com quem não me dá as devidas atenções.
Porque aprendi com a filosofia budista que é inútil querer
ajudar quem não quer se ajudar, e muito pior é querer ajudar quem te trata com desdém
ou maldade de sentimentos.
Lembre se ter bondade e praticar o bem com o próximo
não faz de você um trouxa, mas ajude apenas
aqueles que buscam a sua ajuda, caso contrário você corre o risco de passar
nervoso e perder seu precioso tempo com quem realmente você poderia estar fazendo a sua grande diferença neste mundo tornando a vida de uma pessoa num paraíso e ajudando uma pessoa em conflito a se tornar num ser humano de grande valor!
Paulo RK
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