Paulo Rk

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Contemplação da mente

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Ser bom com as pessoas não significa ser trouxa!

Antes eu me esforçava para agradar todo mundo, mesmo aqueles que eram ríspidos comigo, de repente o amadurecimento chegou, e descobri que ser bom não tem nada haver com ser trouxa.
Eu explico!
Pratico oficialmente o budismo desde 1.999, no começo eu sofria, pois não compreendia os ensinamentos do Buda de forma prática e clara na minha vida, então pensava erroneamente que tinha que ser “superior” com as pessoas, não dando a elas, o troco na mesma moeda ou não me igualando a ignorância delas.
E por um tempo comportamentos estúpidos de algumas pessoas e hostilidades gratuitas me incomodavam muito, afinal de contas, como compreender pessoas que respondem mal as pessoas que lhe querem e fazem o bem?
‘Não dá né’, afinal de contas somos todos humanos e temos o lado emocional, ninguém é 100% racional e lógico!
E como qualquer outro ser humano comum, entrei em conflito comigo mesmo por não compreender tais reações negativas, procurei um dirigente da organização budista a qual frequentava da minha região, sendo um dirigente uma pessoa veterana na prática budista.
E pasmem a resposta para o que me fazia sofrer emocionalmente foi o mais simples do que eu poderia imaginar ser possível!
O dirigente mencionou que por mais que eu buscasse o caminho do Buda, da paz, da serenidade, do bom senso e do amor ao próximo não significava que eu teria que baixar a minha cabeça em sinal de submissão ou me humilhar perante a ignorância alheia, se assim fizesse nunca atingiria o estado de Buda, pois estaria me depreciando como um valor, não praticando o amor ao próximo, por não saber sobre o amor próprio.
O budismo prega a não violência, o não conflito em momentos de hostilidade, buscamos sempre não confrontar e foi o que resolvi fazer, e todas as vezes que me deparo com pessoas hostis sem a disposição de ser bacana com quem tenta ajudar, eu me distancio delas e faço que elas compreendam por si só de como faz falta uma ajuda, uma ‘mãozinha’ amiga na vida de qualquer pessoa aflita ou simplesmente daqueles que desejam melhorar suas condições de vida neste mundo não tendo ninguém para tal.
Hoje depois do advento do amadurecimento, estou sendo mais sábio comigo mesmo e no trato com as pessoas do meu entorno, agindo conforme suas próprias características, sendo generoso com pessoas generosas e sendo indiferente com quem não me dá as devidas atenções.
Porque aprendi com a filosofia budista que é inútil querer ajudar quem não quer se ajudar, e muito pior é querer ajudar quem te trata com desdém ou maldade de sentimentos.
Lembre se ter bondade e praticar o bem com o próximo não faz de você um  trouxa, mas ajude apenas aqueles que buscam a sua ajuda, caso contrário você corre o risco de passar nervoso e perder seu precioso tempo com quem realmente você poderia estar fazendo a sua grande diferença neste mundo tornando a vida de uma pessoa num paraíso e ajudando uma pessoa em conflito a se tornar num ser humano de grande valor!
Paulo RK


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