Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sábado, 3 de outubro de 2015

Na dúvida, apreendi a seguir o meu próprio coração! (intuições)



No começo, desde que eu me entendi pela primeira vez como gente, tentava ser racional em tudo que fazia, e tentava explicar de maneira lógica para as pessoas, tudo que sentia em relação a elas e pelo mundo.
Então com o próprio advento do amadurecimento, compreendi que nem tudo nesta vida é lógica e razão, existe muitas coisas que acontecem bem debaixo dos nossos narizes e bem a nossa frente, que desafiam as razões humanas por todas as coisas que julgamos e consideramos corretos.
Hoje acredito que tenho que ser lógico na minha vida profissional, ou seja, usar a razão para me “modelar” conforme as necessidades do mercado de trabalho, mas que tal racionalidade seja apenas no aspecto profissional.
Porque na vida pessoal, no que se refere ao relacionamento humano e entre duas pessoas ou mais, nem tudo é razão ou lógica, e por não sabermos distinguir ou separar o emocional da razão, muitas pessoas sofrem ou muito pior, fazem sofrer seus afetos.
Ser humano é muito complicado, pois a nossa própria constituição da nossa realidade mundana, não é coisa simples de ser explicado, a começar pela nossa própria dualidade, como os corpos objetivos que aqui podemos descrever como o próprio corpo físico material, e do nosso corpo subjetivo como o corpo espiritual, energia.
E tanto o corpo físico como o corpo espiritual tem as suas necessidades distintas, não podemos privilegiar um em detrimento do outro, em verdade temos que encontrar o equilíbrio entre estas duas realidades.
Não é muito complicado saber o que acontece quando ignoramos alguma parte em detrimento da outra.
Nos tempos da era da comunicação é muito fácil compreender, pois temos acesso às informações de pessoas que fazem loucuras no mundo todo, que as nossas próprias razões não conseguem explicar de forma racional, porque fulano ou ciclano agiu daquela forma.
Então é “comum” ouvir nos noticiários pessoas de sucesso profissional, financeiro e pessoal se suicidarem, tirarem suas vidas, quando tudo que almejamos nesta vida é ter sucesso nesses seguimentos; profissional, financeiro e pessoal.
Porque as pessoas só valorizam o superficial, ou seja, elas buscam apenas o sucesso material, desdenhando o lado espiritual, isso é muito comum aqui na esfera ocidental do planeta, onde todos ostentam uma vida de luxo, fama e extravagancias, quase sempre desnecessárias se levarmos em consideração que precisamos ser feliz, mas infelizmente aqui nesta parte do planeta, são sinônimos de sucesso.
Mas eu lhe pergunto de que adianta ter todos esses parâmetros de sucesso, se você não consegue ser feliz com tudo que conquistou materialmente falando?
Não que temos que abrir mão das coisas boas do mundo ou mesmo da riqueza material, pois nem Buda ou Jesus, condenou o ato de ganhar dinheiro honestamente, mas a questão é que não podemos negar a nossa outra realidade, que apesar de não enxergamos, ela existe e rege todo o nosso mundo perceptível.
No budismo aprendi o caminho do meio, que para sermos feliz temos que encontrar o meio termo de todas as realidades e equilibrar a nossa condição dentro desses contextos.
Não existe o certo ou errado, não temos que ficar só do lado positivo acreditando que só ele é bom e ignorar o negativo, alegando ser ruim para as nossas condições.
No mundo e talvez no universo todo o conceito da dualidade é fato inegável, observe o mundo ao redor, existe à noite para cada dia, a agua e o fogo, o frio e o calor, o homem e a mulher e assim tudo existe em pares, um completando o outro, por esta razão não podemos aceitar um único caminho em detrimento do outro, temos que encontrar um equilíbrio no meio delas, para coexistirmos e fazer funcionar as nossas vidas de forma harmônica, como se fosse um relógio.
A infelicidade brota das nossas próprias ignorâncias em acreditar que devemos seguir por um único caminho, e para quem não sabe a luz só existe em contrapartida da escuridão e vice versa, uma existe em razão da outra (contrapartidas), então sem essa de ignorar os caminhos que a vida nos oferece e seguir apenas pelo caminho que julgamos erroneamente serem positivos.
Mas como saber qual caminho escolher, quando a própria vida parece uma estrada cheia de setas indicando para todos os lados?
Simples, siga o teu coração, como mencionei no começo deste texto, nem tudo na vida é lógica às vezes temos que seguir nossas intuições como os sentimentos que brota de dentro dos corações, não devemos ignorar tais sentimentos por elas serem subjetivas.
Porque o mundo como mencionei não acontece apenas com a lógica das coisas que enxergamos, muitas realidades acontecem onde poucos conseguimos ver como é no caso, dentro dos nossos próprios corações!
Paulo RK

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