No começo, desde que eu me
entendi pela primeira vez como gente, tentava ser racional em tudo que fazia, e
tentava explicar de maneira lógica para as pessoas, tudo que sentia em relação
a elas e pelo mundo.
Então com o próprio advento
do amadurecimento, compreendi que nem tudo nesta vida é lógica e razão, existe
muitas coisas que acontecem bem debaixo dos nossos narizes e bem a nossa frente,
que desafiam as razões humanas por todas as coisas que julgamos e consideramos corretos.
Hoje acredito que tenho que
ser lógico na minha vida profissional, ou seja, usar a razão para me “modelar”
conforme as necessidades do mercado de trabalho, mas que tal racionalidade seja
apenas no aspecto profissional.
Porque na vida pessoal, no
que se refere ao relacionamento humano e entre duas pessoas ou mais, nem tudo é
razão ou lógica, e por não sabermos distinguir ou separar o emocional da razão,
muitas pessoas sofrem ou muito pior, fazem sofrer seus afetos.
Ser humano é muito
complicado, pois a nossa própria constituição da nossa realidade mundana, não é
coisa simples de ser explicado, a começar pela nossa própria dualidade, como os
corpos objetivos que aqui podemos descrever como o próprio corpo físico
material, e do nosso corpo subjetivo como o corpo espiritual, energia.
E tanto o corpo físico como o
corpo espiritual tem as suas necessidades distintas, não podemos privilegiar um
em detrimento do outro, em verdade temos que encontrar o equilíbrio entre estas
duas realidades.
Não é muito complicado saber
o que acontece quando ignoramos alguma parte em detrimento da outra.
Nos tempos da era da
comunicação é muito fácil compreender, pois temos acesso às informações de
pessoas que fazem loucuras no mundo todo, que as nossas próprias razões não
conseguem explicar de forma racional, porque fulano ou ciclano agiu daquela
forma.
Então é “comum” ouvir nos noticiários
pessoas de sucesso profissional, financeiro e pessoal se suicidarem, tirarem
suas vidas, quando tudo que almejamos nesta vida é ter sucesso nesses seguimentos;
profissional, financeiro e pessoal.
Porque as pessoas só
valorizam o superficial, ou seja, elas buscam apenas o sucesso material,
desdenhando o lado espiritual, isso é muito comum aqui na esfera ocidental do
planeta, onde todos ostentam uma vida de luxo, fama e extravagancias, quase
sempre desnecessárias se levarmos em consideração que precisamos ser feliz, mas
infelizmente aqui nesta parte do planeta, são sinônimos de sucesso.
Mas eu lhe pergunto de que
adianta ter todos esses parâmetros de sucesso, se você não consegue ser feliz
com tudo que conquistou materialmente falando?
Não que temos que abrir mão
das coisas boas do mundo ou mesmo da riqueza material, pois nem Buda ou Jesus,
condenou o ato de ganhar dinheiro honestamente, mas a questão é que não podemos
negar a nossa outra realidade, que apesar de não enxergamos, ela existe e rege
todo o nosso mundo perceptível.
No budismo aprendi o caminho
do meio, que para sermos feliz temos que encontrar o meio termo de todas as
realidades e equilibrar a nossa condição dentro desses contextos.
Não existe o certo ou errado,
não temos que ficar só do lado positivo acreditando que só ele é bom e ignorar
o negativo, alegando ser ruim para as nossas condições.
No mundo e talvez no universo
todo o conceito da dualidade é fato inegável, observe o mundo ao redor, existe à
noite para cada dia, a agua e o fogo, o frio e o calor, o homem e a mulher e
assim tudo existe em pares, um completando o outro, por esta razão não podemos
aceitar um único caminho em detrimento do outro, temos que encontrar um equilíbrio
no meio delas, para coexistirmos e fazer funcionar as nossas vidas de forma harmônica,
como se fosse um relógio.
A infelicidade brota das
nossas próprias ignorâncias em acreditar que devemos seguir por um único caminho,
e para quem não sabe a luz só existe em contrapartida da escuridão e vice
versa, uma existe em razão da outra (contrapartidas), então sem essa de ignorar os caminhos que
a vida nos oferece e seguir apenas pelo caminho que julgamos erroneamente serem positivos.
Mas como saber qual caminho
escolher, quando a própria vida parece uma estrada cheia de setas indicando
para todos os lados?
Simples, siga o teu coração,
como mencionei no começo deste texto, nem tudo na vida é lógica às vezes temos
que seguir nossas intuições como os sentimentos que brota de dentro dos
corações, não devemos ignorar tais sentimentos por elas serem subjetivas.
Porque o mundo como mencionei
não acontece apenas com a lógica das coisas que enxergamos, muitas realidades
acontecem onde poucos conseguimos ver como é no caso, dentro dos nossos
próprios corações!
Paulo RK
O coração é bom em suas emoções mas eu sou bem racional ...
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