Paulo Rk

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Contemplação da mente

sábado, 4 de janeiro de 2014

Me "esforçando" para coexistir com as ignorâncias e preconceitos mundanos


Eu me esforço muito para “coexistir” com pessoas deste mundo, e confesso, é muito doloroso, ter que sorrir consentido um pensamento estupido, só para ser politicamente correto, e não perder determinadas oportunidades da vida.
Para quem não sabe, o mundo funciona nesses moldes; ‘manda quem pode e obedece quem tem juízo’!
Isso explica porque o mundo está empesteado de puxa sacos, incapazes de se realizarem como verdadeiros valores humanos, tais pessoas se contentam com as sobras e restos daqueles que realmente sabem impor e conquistar seu lugar e espaço neste mundo.
Não me julgo infeliz, por ter que viver nas sombras daqueles que podem mais do que eu, pois de certa forma me conformei e aprendi a viver nos moldes deste capitalismo selvagem, onde a lógica acontece da seguinte maneira; ‘ou você se adequa e vive de boa com todos, ou se isola e por fim, se mata aos poucos’.
Eu finjo, e como eu mesmo mencionei, faço um esforço descomunal, ao ter que permanecer calado com as barbáries que ouço nas minhas 24 horas do dia.
Pensamentos e palavras preconceituosas que saem da boca de um povo que não tem mais consciência do que é moral ou imoral, tais pessoas vivem praticando o desprezo gratuito, sem ao menos procurar conhecer melhor o seu semelhante. (tá faltando respeito no mundo)
Algumas pessoas que leem o meu blog me perguntam se sou gay, pois perceberam em minha literatura, que defendo muito tal opção.
Não sou não, mas se fosse não teria dificuldades alguma para assumir e dizer a todos a minha opção, pois como sempre menciono por aqui, tive uma educação moral perfeita e liberal.
 Sobre a defesa dos gays é porque tenho essa mania ou postura de defender a minoria desprezada, ou maltratada pela própria ignorância alheia.
Sou assim desde muito pequeno, eu lembro quando estudava o ensino básico, tinha um menino com necessidades especiais dentro da minha classe, ele só tinha alguns costumes estranhos que o tornava “alvo” dos outros coleguinhas considerados normais, por não corresponder aos padrões, mas ele compartilhava a mesma sala, pois tais ‘necessidades especiais’ não dificultava o seu aprendizado.
Por ser “estranho” ele sempre era excluído das turmas, nem preciso dizer que me tornei o seu melhor amigo, e consequentemente me tornei o segundo alvo da maldade infantil, tão cruel quanto à própria maldade adulta.
Dividíamos o lanche e estudávamos juntos, e enquanto a galera considerada “normal” e do mal, nos bombardeava com as suas infames e ignorâncias, nós, os “estranhos” do ninho, nos destacávamos nas notas e comportamentos.
Portanto quando manifesto quaisquer tipos de defesa por aqui, não significa que eu esteja indignado só porque pertenço à classe ofendida, mas tal protesto, é pelo fato de que eu não aceito a pratica de bullying contra qualquer pessoa, animal ou qualquer ser, que esteja em desvantagens numéricas, é COVARDIA DEMAIS!
Quanto a mim, continuarei a engolir um sapo por dia, pois ao contrario da vida infantil, as conquistas no mundo adulto são mais difíceis, e como diz o próprio ditado; ‘manda quem pode e obedece quem tem juízo’, farei vistas grossas, e mais uma vez sobreviverei coexistindo com a ignorância desenfreada das pessoas.
Paulo RK
  

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