Paulo Rk

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Contemplação da mente

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Meu deusssss, meu filho fez côcô durinho! (comédia)

São Paulo, 23 de outubro de 2012, madrugada de terça feira, a chuva me acordou às 05 horas e 55 minutos, e não consegui dormir mais. Pensei que fosse o fim do mundo, pois a chuva não atuou solitária como de costume, ela estava na companhia de ventos fortes, que chegava assobiar no telhado de casa. Foram litros e mais litros de agua, despejadas pelo São Pedro na minha querida Zona Leste, gotas enormes de agua, caiam feito munições de ‘paint-ball’ sobre as nossas cabeças. Desnecessário dizer que elas ardiam em nossas peles, de tão fortes e frias que estavam. Pareço dramático e exagerado com esta narrativa?!?!?!? Vocês não tem noção do que passei nesta manhã fatídica de terça feira, no horário de verão as manhãs são mais escuras do que o normal. Imaginem, um cenário perfeito do filme de terror, digno do clássico de Frankstein, manhãs escuras, tempestade de vento e chuva iluminadas por raios e trovões ensurdecedores! Mas o pior estava por vir, todas as manhãs quando acordo, em um determinado horário, costumo sentar no trono, e liberar todas as coisas ruins que coloquei na boca, nos dias anteriores. Eu não sei o quanto fiquei apavorado, com a chuva desta madrugada, mas a minha porta traseira de emergência estava “emperrada”, e a necessidade de me livrar de toda aquela, “carga explosiva” era enorme. Dentro da minha mente criativa ou doentia (dependendo do ponto de vista de cada um), uma voz feminina fazia a contagem regressiva, como nos filmes de ficção, onde o piloto aciona o mecanismo de autodestruição da nave. E a fala metalizada do computador ficou mais ou menos assim; “Alerta, faltam cinco segundos para explosão da nave! 5,4,3,2,1.....” Pareço dramático e exagerado?!?!?! Escutem essa, moro num pequeno quarto, com alguns furinhos extras no telhado, o meu banheiro é enorme com alguns buracos, bem em cima do meu trono. Alguém me falou que para fazer as necessidades, precisamos de concentração, alias muita concentração, como costumo meditar, o ato da concentração foi extremamente fácil. Mas não obtive êxito, pois todas as vezes que sentia que o “submarino”, estava prestes a navegar privada afora, uma gota gelada, muito cruelmente caia sobre as minhas costas largas. Inibindo totalmente a possibilidade de um lançamento bem sucedido, travando uma verdadeira batalha de cabo de guerra, entre a minha concentração, e as gotas geladas que caiam sem cerimonias. Haja porta traseira, me senti completamente “esfolado”, com aquele troço entrando e tentando sair na porta de emergência. Após exatamente os 45 minutos do primeiro tempo no trono, consegui lançar o objeto ao “mar”, mas tal proeza teve um preço alto, me senti literalmente estuprado! Senti cada “preguinha” do portal de saída, violadas e cruelmente machucadas, fiquei gritando no trono, como se fosse uma gata dando a luz, a sentir as garras dos seus doces, mas cruéis filhotes arranharem as suas entranhas. O lado positivo de todo esse drama, é que devido ao estado lamentável da minha porta traseira, resolvi não trabalhar e ficar o dia inteiro de bruços, para poupá-lo de mais revesses. É interessante como as experiências da fase adulta, nos remetem a lembranças de um passado longínquo. Quando pequeno, a minha mãe corria para o banheiro para ver o tipo de “côcô” que eu tinha feito, se fosse durinho, ela falava toda satisfeita para suas amigas, que eu estava bem de saúde, do contrario, ela entrava em pânico (rsrsrsrs)! Paulo RK

Um comentário:

  1. Sei bem o que é levar gotas geladas na cabeça enquanto se evacua fezes pelo reto. Muito desagradável. Em se tratando de goteiras em casa, podemos dar as mãos e cantar juntos.

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