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Outro dia encontrei um amigo, que há muito tempo não o via.
Cá entre nós, não gosto muito de encontrar velhas amizades, pois tenho a impressão, que eles sempre falam as mesmas coisas, sobre mim.
Coisas do tipo; “ você não muda mesmo”, “não casou ainda?!?!?” ou “quando é que você vai crescer(mentalmente)!?!?”
Acho que para essas pessoas, eu continuo parado no tempo, mas existe um ditado que diz; “onde há fumaça, há fogo!”
E por esta razão, não ignoro tais afirmações ou indagações, por mais que não goste delas.
Pois, como costumo escrever em minhas crônicas, tem certas realidades, das nossas vidas pessoais, que não enxergamos, principalmente quando, elas “ferem” os nossos orgulhos.
Não querer enxergar, certas verdades da vida é um capricho, que pode nos custar muito caro, ao longo das nossas existências.
O “caro” aqui, não diz respeito ao financeiro, pois dinheiro, podemos conseguir trabalhando, mas uma das muitas coisas, que não controlamos nesta vida, é o nosso precioso tempo.
Tem gente que vive a vida inteira, sofrendo pelas suas próprias ignorâncias e não percebem que o grande mal, sempre esteve bem dentro de suas “cabecinhas”.
Sim, eles foram por muito tempo, os seus próprios carrascos, e não se deram conta deste fato, pois sempre responsabilizaram, as outros pessoas, pelos seus infortúnios.
Eu sempre fui o “bobo” da turma, com “cara” de nerd (para muitos) e sempre dedicado aos estudos, enquanto eles, “curtiam” a vida, eu estudava inglês, revisando matérias, ou lendo algum livro de Isaac Asimov (cientifico).
Tais conhecimentos adquiridos na adolescência, fizeram de mim uma pessoa capaz, “capaz de vislumbrar muitos sentimentos reais da vida,” embora de natureza subjetiva.
Enquanto os meus amigos, que “sabiam viver a vida,” continuam a lutar com as outras pessoas, como se elas fossem o mal, de todos os seus problemas.
Para eles, a culpa é do governo, da sociedade maldita e de todo o sistema corrupto, em que vivemos.
Com toda a certeza, tenho a consciência de que as nossas vidas, não é fácil se comparadas com os estilos de vidas dos japoneses, americanos e europeus (pois as “coisas” por lá funcionam).
Mas viver culpando a sociedade, e não se adaptar a ela, é uma grande burrice.
É de conhecimento cientifico, que o ser humano é um animal que se adapta a qualquer condição, ambiental ou social, mas ultimamente me inclino a "detonar" esta teoria.
Eles podem até achar, que eu continuo o mesmo, ao julgar pelas minhas aparências físicas, e comportamentais.
Mas tenho feito, muitos avanços pessoais invisíveis, mas com resultados positivos em minha vida pessoal (só eu posso avaliar, ninguém mais).
Só eu sei dos problemas que superei, e só eu sei, até onde posso chegar para atingir a minha felicidade.
Sou autônomo, em todos os sentidos da vida, não devo nada a ninguém, minhas contas estão pagas, e vivo em paz comigo mesmo, e com a sociedade.
Ao passo que tem gente que parecem ter apenas dois neurônios, um chamado “tico” e o outro “teco”, mas mesmo assim, quando eles brigam, parecem travarem uma eterna guerra mundo afora.
Por não saberem resolver as suas questões existenciais, ainda continuam a culpar a sociedade, o governo e a própria vida, pelas suas infelicidades.
Mas apesar de não gostar destas indagações, por parte dos amigos de longas datas, eu não guardo nenhuma magoa ou ressentimentos.
Pois ainda que eles cobrem a minha mudança, ou o “meu amadurecimento,” compreendo bem o nível de suas evoluções*, e sei que é uma forma deles “demonstrar” carinho pelo próximo, e não uma depreciação (eu acho?!!??).
Paulo RK
*P.S.: Muitos deles ainda são dependentes de seus pais (financeiramente)