A alma dos diferentes

"Quem tem luz própria sempre incomoda quem está no escuro."

"... AH, o diferente, esse ser especial!" escreveu Artur da Távola.
"O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride.
O diferente paga sempre o preço de estar -- mesmo sem querer -- alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.
O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais , de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é potencial em caricatura.
O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado".
O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?" Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber.
Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno, agridem e gargalham. É o que estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores.
Cria onde o hábito rotiniza. Fala de amor no meio da guerra. Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha ou de malícia.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes."
Gostei tanto deste pensamento, que copiei do nosso estimado amigo Roberto Rosa!
Paulo RK

O sol nasce pra todos

Todos os dias quando acordo, agradeço a vida, por ter me concedido mais uma chance, mais uma oportunidade de errar e acertar.
Nas minhas constantes meditações em frente ao mandala, faço um juramento, pois sou consciente de que tenho tudo que preciso para ser feliz.
E não me vejo no direito de pedir algo ou ficar “barganhando”, com alguma forma superior.
Pois há tempos um grande aprendizado, abriu os meus olhos, revelando que a nossa relação com o “divino”, qualquer que seja ele, não deve seguir os moldes desta vida mundana, pois não estamos falando de um relacionamento comercial.
É muito mais do que isto, estou falando, na verdadeira condição humana inerente, que muitas pessoas desconhecem.
Tal ignorância faz do homem um eterno sofredor, e o pior, o não saber não desperta nenhuma curiosidade ou instiga nele o instinto de procura.
Se as pessoas indagassem todos os seus sofrimentos e aguçassem os seus desejos pelo conhecimento, daquilo que lhe causa a dor, tal atitude nos tornaria senhores de nossas próprias mentes, e controlaríamos todos os sentimentos que nos impedem de sermos felizes.
Ao invés disso, muitas pessoas preferem ficar lamentando pelos problemas, e na sua completa ignorância ficam barganhando, negociando com o divino, se achando vitimas de todas as coisas ruins que lhes acontecem.
O que quero dizer é que enquanto estivermos “encarnados” neste corpo material, temos que resolver as nossas questões e crises mundanas, com mais praticidade e inteligência.
A despeito de qualquer problema, a realidade mundana demanda por uma consciência mais profunda, daquilo que somos capazes de realizar, e oferecer ao mundo.
Como esquizofrênico costumo conversar sozinho, rolam altos papos, um verdadeiro monologo, mas as vezes, quando a coisa tá feia, eu surto.
E aí o bicho pega, pois não me limito apenas a discutir com as paredes em voz alta, gesticulo e faço todo movimento possível, reproduzindo uma linguagem corporal agressiva, ofendendo aqueles que sabem ler este tipo de comunicação.
Parecendo até que estou num treinamento intensivo de Tai chi chuan, tais manifestações não resolvem os meus problemas mentais, mas me cansam fisicamente, tal condição me faz voltar para a minha necessidade de encontrar o equilíbrio entre os extremos.
É quando volto para a mim mesmo, buscando uma ajuda nas meditações e recitações de mantras, onde consigo me encontrar, centrar e lembrar de que tudo esta em minhas mãos.
O que estou tentando dizer, é que os meus problemas psiquiátricos podem ser controlados e amenizados através de medicamentos, e não faço desta realidade um empecilho que me impeça de viver uma vida normal.
Tudo está em como encaro, determinadas dificuldades e problemas da vida.
E tal raciocínio, é valido para quaisquer obstáculos, a sua percepção é o que determinará a vitória ou derrota sobre elas.
Apesar deste pequeno inconveniente, tento sempre fazer o meu melhor dentro da sociedade, ajudando as pessoas, sendo gentil em palavras e atitudes, sempre fazendo a diferença, colaborando com um mundo melhor.
E é por esta razão que acredito e depósito a minha total fé, na frase que diz; ‘para tudo na vida há uma solução,’ eu não preciso dramatizar o meu problema pessoal, só preciso da sabedoria e inteligência, para lidar com as coisas que não posso mudar e mim e neste mundo.
Eu poderia estar reclamando, ou lamentando o fato de não poder ser “normal” como muitas outras pessoas, se é que essa definição de normalidade exista, entre nós seres humanos.
Mas tal atitude não seria bom pra mim mesmo, e nem para o mundo que sofre com tanta gente ignorante, se achando o último biscoito da embalagem.
Faça das tuas viscissitudes, uma plataforma para extrair toda a sua potencialidade inerente, e nade conforme o fluxo da vida, que é a do próprio auto conhecimento.
Não perca tempo e nem a sua estadia nesta vida, lamentando as questões que desconhecemos, ao invés disto faça as pazes consigo mesmo, e perceba as vantagens e o quanto é prazeroso uma vida, quando decidimos agir com mais inteligência.
Finalizando, aperte o botão que não faz click , mas faz toda a diferença em nossas vidas, este botão tem um nome, e se chama, “vontade”, nada supera a vontade de uma pessoa quando ela é baseada numa forte fé e atitudes corretas. Paulo RK

Superação pessoal requer tempo!

Então, o fim de semana chegou, e é domingo de madrugada, acabei de chegar da rua, não estou com sono, e nem a fim de ligar a televisão.
Antes de ligar o meu computador, que é a minha janela para o mundo virtual, decido tomar algum liquido quente.
Muito provavelmente, leite acompanhado com um achocolatado, ou mesmo com um tiquinho de café, só para tingir o branco, e contrastar com o sabor predominante.
Pego a xicara grande, e coloco sobre a mesa ao lado da tela, decido abrir o processador de texto, pois a esta hora, será difícil encontrar com alguém online, para conversar.
Esta semana tomei uma decisão muito importante, uma decisão meio complicada e delicada, pois envolvia sentimentos e ressentimentos familiares.
Por que será que é sempre mais difícil resolvermos questões familiares, com mais clareza e praticidade, do que as questões profissionais, em nossas vidas?
Tenho como defeito, justificar os meus atos desprezíveis, sejam elas quais forem, com os atos alheios.
Quando as pessoas são ruins comigo, eu consigo ser pior que elas, pois não aceito que as minhas gentilezas, sejam retribuídas com grosserias.
Esta é a minha opinião pessoal, embora não goste dela, pois ao mesmo tempo que sou convicto sobre a mesma, não gosto de agir negativamente com o mundo, pois sei o quanto isso nos faz mal, e nos faz sentir piores.
Isso reflete a nossa verdadeira identidade e caráter, ao justificar que sou assim com fulano, só porque ela me trata assim ou assado!
Leio constantemente nas escrituras sagradas, que o maior antidoto para o mal é a bondade, quando cultivamos a coisa ruim, justificando a sua existência, estamos na verdade, colaborando para o seu fortalecimento e crescimento, dentro da nossa própria humanidade.
Mas quando eu crio a consciência, de que não preciso ser igualmente desprezível aos outros, e procuro superar as minhas próprias fraquezas, eu estarei colaborando com um mundo melhor.
Mas o mais importante, é o que estou sentido agora ao escrever esta crônica, estou me sentindo bem em relação a mim mesmo.
E isso não tem preço, uma sensação gostosa de superação pessoal, me atrevo até comparar a sensação desta madrugada, quando no dia da minha formatura.
Uma conquista pessoal, uma vitória, um sonho realizado depois de tantas noites mal dormidas ,e tão gostosa quanto a sensação do liquido quente “banhando” as paredes do meu estomago, é ter a convicção de que eu fiz a coisa certa, superando o que achei que nunca conseguiria em toda a minha vida.
Mas é assim, só precisamos dar tempo ao tempo, e não ficar cobrando da gente, atitudes que muito provavelmente ainda não estamos preparados.
Confesso, sofri muito pensando que as coisas poderiam ser diferentes se eu fosse uma pessoa melhor, do que tenho sido ultimamente.
Mas com a minha coragem, e decisão de fazer a diferença em relação ao comportamento alheio, percebi que tem coisas na vida, que não dependem só da gente, é preciso a colaboração de todos.
Pois todos estamos ligados, por uma linha invisível chamada ‘afinidade’, isso explica porque nascemos numa determinada família.
E agora que o sono está chegando vou finalizar e postar esta crônica com a seguinte mensagem:
“As vezes somos muito cruéis com nós mesmos, não precisamos sofrer só porque um irmão ou irmã está sofrendo, por conta de uma “cabeça dura” ou por burrice própria.
A questão, é que se não estamos sabendo ajuda-los de imediato, o próprio tempo e a vida, nos mostrará o caminho a ser seguido!”
É só dar tempo ao tempo, acredite!
Paulo RK

Uma semana

Hoje às 17horas e 35 minutos, cheguei em casa, e novamente “aquela” recepção calorosa imaginária, quando as paredes, os móveis, o CDs, DVDs e os livros nas prateleiras gritam em alvoroço.
Eles gritam o meu nome, com uma incontrolável emoção, misto de tietagem e orgulho ao me verem, só para ilustrar, é mais ou menos como as fãs do cantor mirim Justin Biber fazem, é muito emocionante.
É nessas horas que percebemos o quanto somos queridos pelos móveis, e todos os nossos objetos de consumo, adquiridos ao longo de nossas vidas.
De certa forma, sinto a gratidão desses “seres” inanimados, pois cuidamos deles, limpando de vez enquanto, organizando e retirando todo o pó da semana, acumulados sobre eles.
Apesar da solidão, que de vez enquanto bate na gente, morar sozinho tem as suas vantagens, ninguém meche nas nossas coisas, e tudo que deixamos de manhã ao sair de casa, ao voltarmos estará lá, do mesmo jeito.
As vezes o silêncio é tão ensurdecedor, e logo que chego em casa, costumo ligar a tv para quebra-la.
Estava passando um filme, e falava de um professor, que foi diagnosticado com câncer, e após a descoberta, ele começa a reavaliar a sua vida como professor de inglês e o seu noivado.
Comprou uma moto e decidiu cruzar o Canada, e em sua jornada de descobertas, o personagem chamado Ben Tayler, começa a valorizar a sua vida.
Infelizmente o filme estava acabando, e o nome do filme era, ‘uma semana’, e foi o tempo de vida, que os médicos lhe deram.
Vou procurar assistir este filme do inicio ao fim, mas a questão é, que o nome e o tema do assunto abordados, mexeram muito comigo.
Não pude deixar de imaginar na situação do protagonista, costumamos a “viver” as nossas rotinas, sem explorar as nossas verdadeiras capacidades criativas de superação.
E muitas vezes reclamamos muito mais, do que agimos em prol de uma vida melhor.
É como se a rotina, e o ato de reclamar nos impedisse de enxergar como a vida é efêmera, e o tempo muito curto, para nos preocuparmos com coisas tão pequenas e insignificantes.
Então algum profissional da área da saúde, chega com uma bomba desta, informando que você tem alguns dias, semanas e meses de vida, é como se tirassem o chão de seus pés.
Imagino que nessas horas, qualquer pessoa comece realmente a valorizar o que ela sempre desprezou em toda a sua vida, ou seja, a sua própria vida.
Afirmo tal condição, porque percebo que nunca ninguém está satisfeito consigo mesmo, as pessoas vivem sempre de olho na festa alheia, achando quase sempre, que a melhor festa é a dos outros.
Então convido a todos que acompanham a leitura deste blog, para analisarmos melhor as nossas condições e valorizar mais a nossa estadia neste planeta.
Que não precisemos de alguma noticia ruim, ou marcar uma data para o nosso fim, para reavaliar ou começar a viver, vamos fazer isso conscientemente e sem nenhuma pressão extrema.
Afinal de contas, precisamos de tão pouco para sermos felizes, não acham?
Paulo RK

Para tudo na vida há uma solução, pode apostar que tem!

Para tudo na vida há uma solução, faço deste jargão uma fonte de inspiração para manter a minha motivação, nesta longa e tortuosa estrada da vida, que eu escolhi por opção, acreditando sempre que no fim dela, encontrarei a minha felicidade.
Não tenho certeza, se encontrarei a minha felicidade no fim deste caminho, mas pelo menos vivo pelas minhas crenças, de que haverá algum significado no fim desta minha jornada.
Isso me alegra, e me ajuda a viver com mais leveza, acreditando em todas as possibilidades positivas, que eu mesmo posso me proporcionar.
Na vida tudo é uma questão de crença, você é tudo aquilo que pensa ser, e não precisa necessariamente ser, o poder da nossa imaginação, é poderosa e vai muito além de tudo aquilo que aceitamos como verdadeiro.
E por esta razão, é importante mantermos uma mente aberta, certa vez li na internet, um pensamento muito relevante, e gostaria sinceramente de tê-lo escrito, ‘ele dizia que as nossas mentes , são como paraquedas , funcionam melhor quando estão abertas.’
Tal pensamento e comparação entre a mente humana e um paraquedas, tem muito sentido, pois notamos os sofrimentos das pessoas pelas suas ignorâncias, de não saberem desvencilhar determinadas dificuldades em suas vidas.
E o que as tornam cegas, são as seus próprios conceitos e paradigmas de vidas restritas, uma pessoa de mente fechada não consegui enxergar a um palmo de distancia, e costumam agravar seus sofrimentos através das lamentações.
Elas ficam tão abitoladas e acostumadas com os sofrimentos mundanos, que acabam acreditando que não nasceram para serem felizes.
Tal crença as torna pessimistas, negativas e o que é pior, elas começam a ficar depressivas, sem mesmo perceberem.
Pensem e observem, comparem as situações daqueles que vivem ao seu redor, a vida é muito explicita, para aqueles que tem a mente aberta e buscam pelo seu auto conhecimento.
Ninguém sofre gratuitamente ou é feliz de graça, tudo na vida exige de nós um esforço, e acredite tudo começa pela nossa própria mente.
Se você definir mentalmente o conceito da sua felicidade, ficará bem mais fácil buscar por ela nesta vida.
A definição mental é muito importante, pois tudo que existe hoje no mundo aconteceu primeiro em um plano imaginário.
Do contrário é verdadeiro, dizem que quando não definimos o que queremos nesta vida, nenhuma direção nos levará ao destino desejado, gastaremos combustível vagando pelo espaço, dispersando as nossas energias em vão.
Portanto o conteúdo da sua mente faz toda a diferença, não reclame, não lamente, transforme todas as questões que te fazem sofrer nesta vida e aprenda que se a vida insiste nos teus sofrimentos é porque você deve estar insistindo nos mesmos erros.
Toda a ação gera uma reação, seja ela em pensamentos ou em atitudes, busque uma filosofia de vida, que te motive e se apegue alguma crença superior.
Particularmente acredito numa lei, que rege este vasto universo, onde o bom senso é imperativo.
Esteja sempre no controle da sua vida, se tens algum problema de saúde aprenda a conviver com ela, mas não faça dela uma tragédia pessoal.
Viva dentro das tuas possibilidades, viva bem, seja intenso com as pessoas e deixe nelas as marcas do seu amor.
Quando deixamos rastros, do amor ao próximo nesta longa estrada chamada vida, esquecemos de todas as nossas limitações, fraquezas, misérias e doenças.
Não sou o dono da razão, mas sei que são verdadeiras as palavras desta crônica, pois vivencio esta realidade e colho os frutos da crença de que tudo nesta vida tem uma solução!
Paulo RK

Conflitos pessoais em nossas vidas

Sabia que eu tenho um medo danado de conhecer as pessoas pela internet?
A questão é, as pessoas geralmente, antes de me conhecerem pessoalmente, fazem ou criam grandes expectativas, achando que sou uma pessoa muito especial.
Não entendo, porque elas criam este tipo de imagem sobre mim, pois não tento ser o que não sou, apenas tento ser eu mesmo.
Um pessoa modesta, e sem grandes atrativos, preferindo viver com os pés no chão, e consciente de tudo que sou capaz, ou não de realizar neste mundo.
Geralmente essas expectativas alheias, me impedem de formalizar qualquer encontro, pois fico com medo de decepcionar as pessoas.
Não que eu faça, uma propaganda enganosa sobre eu mesmo, ou iluda as pessoas, dizendo o que elas querem ou desejam ouvir, mas a questão é que as pessoas, sempre procuram nas outras, tudo o que elas não conseguem ser (fato).
E como quase sempre, não podemos agradar todo mundo, fico inibido e quanto mais extensa for o relacionamento virtual, mais distante será a possibilidade do contato real.
Pois parece que, o meu medo de decepcionar as pessoas, fica maior conforme eu vou me apegando a elas, nutrindo um carinho e poupando as de magoa-las.
E para agravar esta realidade , existe a incompatibilidade de dias e meses do ano, pois quase sempre, todos aqueles com quem me relaciono virtualmente, são de outros estados, e quando eles vêm para São Paulo, nunca conseguem me encontrar.
Pois eles resolvem tirar férias, nos meses em que mais trabalho, dando se a impressão, de que estou me esquivando ou evitando-os.
É verdade, que nunca ninguém mencionou tal fato, e deve ser apenas mais uma atribulação criada, pela minha menor porção genética e esquizofrênica(DNA), herdado dos meus antepassados.
Talvez para muitas pessoas, este tipo de assunto nem passe pelas suas cabeças, mas saibam que é uma preocupação real e constante, pois há um conflito permanente dentro da minha mente.
As pessoas, muito gentis me confortam dizendo; “que não deveria ser tão cruel comigo mesmo, pois tais pensamentos não são verdadeiros, apenas uma neurose e uma necessidade pessoal, de estar sempre agradando as outras pessoas.”
Então eu vivo um novo dilema, vivo a questionar sobre a minha própria natureza intrínseca, e a forma de como fui criado.
O conceito da minha educação, teve como base, a harmonia entre as pessoas, e qualquer tipo de conflito gerado por incompatibilidades, sejam de atitudes ou pensamentos, gera um grande desconforto para mim.
Sei lá, talvez seja melhor não ficar pensando “coisas” do tipo que nunca terei certeza, a propósito conjecturar nunca foi o meu forte.
Mas de uma coisa eu tenho convicção; “as pessoas sempre procuram nas outras, o que elas não encontram nelas mesmas.”
Paulo RK

Segredos ocultos

Todos nós, nos conhecemos muito bem, e temos a consciências das coisas que podemos e não podemos realizar.
E geralmente quem dita as regras para as nossas ‘consciências’, são as pessoas do nosso convívio, dentro sociedade.
Exageramos um pouco quando vamos falar das nossas qualidades, mas é das nossas fraquezas e defeitos, que revelamos quem realmente somos.
Talvez seja por isso que seja difícil falar sobres os nossos próprios pontos fracos, tememos nos expor e revelar as nossas verdadeiras identidades.
Tem gente que fala que não tem problema algum em falar sobre as suas dificuldades e pontos negativos, mas quem garante que eles estão sendo sinceros?
Como todo ser humano ele deve estar falando, o que ele acha ser conveniente, para ele e para as outras pessoas, mas duvido muito que esteja sendo sincero.
Não duvido que existam pessoas sinceras no mundo, sempre existe aquele que faz a diferença, no meio de tanta gente.
E também não estou condenando, ou criticando as pessoas que “ocultam” os seus segredos, pois eu também tenho os meus segredos.
Segredos que guardo a sete chaves, só demonstro aos outros o que acho ser conveniente.
E sei muito bem, que não faço isso por mal, pois tem gente, digo existem muitas pessoas que julgam as outras, sem realmente as conhece-las, então eu sou, de uma certa forma, “forçado” a não dizer a verdade.
Ninguém gosta de ser avaliado pelas aparências ou superficialmente, existem muitas coisas por trás daquilo que somos, e muitas vezes ninguém é o que é gratuitamente, existe um histórico e uma razão de ser.
Não quero parecer estar justificando algo sinistro da minha personalidade, pois apesar de ser oculta, ela não oferece perigo as outras pessoas, tão pouco para eu mesma.
Bom, acho que ela causa mais danos a minha personalidade do que para as outras pessoas, pois existe um ditado que diz, que a ignorância é uma benção, então enquanto as pessoas mais próximas não souberem da verdade, menos sofrerão.
Não posso falar o mesmo de mim, pois ninguém pode ser feliz abafando uma pressão que vem de dentro, a minha cobrança em querer ser verdadeiro o tempo todo, é o meu algoz.
Eu não tenho certeza, se um dia vou amadurecer o suficiente para não temer mais as minhas próprias fraquezas, e chegar a compartilhar de todos os meus segredos e verdades com um alguém.
Entregarei todas as minhas inseguranças e medos ao tempo, pois ela tem sido a minha verdadeira aliada no combate a ignorância alheia, e da minha própria.
Tenho quebrados muitos tabus, por conta do amadurecimento que o tempo muito sabiamente nos cobra, mas acho mesmo que ainda não é o momento certo.
E para o momento, só posso garantir que é um segredo bobo, sem muitas consequências, no entanto, quanto mais bobo e irrelevante possa parecer uma verdade, é da reação e da ignorância alheia que mais temo.
Então, por enquanto viverei com este peso, pois os exemplos da sociedade me aliviam quando vejo casais que guardam segredos um do outro, mesmo estando casados a um bom tempo.
Paulo RK

Cala boca porra!

Sou muito educado, trato as pessoas exatamente da maneira como gostaria de ser tratado, mas às vezes perco o meu centro gravitacional e despenco em cima das pessoas má educadas com todo o peso da minha ignorância.
Um ato desprezível alheio, não deve ser usado para justificar ou ditar os nossos comportamentos, mas confesso ninguém é de ferro, muito menos eu.
Foi um dia corrido em meio aos engarrafamentos e uma chuva que insiste afogar a minha estimada cidade, já estava terminando o meu turno quando deveria visitar um ultimo cliente da agenda.
Apesar das dificuldades das chuvas típicas nesta época do ano, e do transito caótico procuro sempre manter o meu bom humor, quando vou me encontrar com um cliente, afinal de contas são eles quem paga as minhas contas.
E como mencionei logo no inicio desta crônica, trato as pessoas da forma como gosto de ser tratado, no entanto existem pessoas que são tão tapadas que não conseguem ler as nossas linguagens corporais, as nossas expressões faciais ou mesmo o tom das nossas vozes.
Quando aprendemos a observar o mundo, as pessoas e seus comportamentos, não precisamos utilizar as palavras para nos comunicar, pois podemos saber através das atitudes alheias até quando estamos agradando ou incomodando.
É o famoso “se mancol”, não sei se esta expressão é correta, mas quem já não ouviu alguém mencionar, “fulano não tem se mancol"?!??
Pois foi pela insistência de um cliente em reclamar da chuva , das contas , do transito e da sua própria esposa que gasta todo o seu suado dinheiro, que soltei esta perola, ‘Cala boca porra!’
Estava tão perturbado que não conseguia me concentrar no meu serviço, definitivamente o cliente estava arruinando a minha performance, o que poderia prejudicar futuras contratações.
Pensei mil vezes antes de soltar esta bomba, mas para a minha surpresa , após a explosão houve um silencio ensurdecedor, e continuei na minha , o cliente simplesmente se afastou de mim e permitiu que eu concluísse o meu trabalho.
É engraçado como a vida é irônica, se o barulho que saia da boca do meu cliente me incomodava , o silêncio que vinha dele me incomodava muito mais.
Confesso que após o incidente, não consegui me concentrar no meu trabalho e quando anteriormente não via a hora de encerrar o meu expediente e ir para casa tomar um banho quente e comer uma comida saborosa, perdi totalmente o tesão!
Fiquei pensando no que iria falar para ele, como justificar uma expressão tão ralé, quando eu deveria ser polido no trato daqueles que pagam a minha conta?
Os últimos 45 minutos que faltavam para encerrar os meus procedimentos, foram equivalentes a um dia dentro de uma câmara de tortura chinesa.
Não gosto de perder o controle emocional e ofender as pessoas “gratuitamente” , bem vocês devem estar pensando que não foi bem gratuito, mas como mencionei anteriormente , ‘comportamentos alheios não devem ditar os nossos’.
Ser profissional em qualquer área ou setor requer de nós e acima de qualquer qualificação técnica , o nosso total controle emocional.
E se você não tiver definitivamente você não é um bom profissional!
Então os minutos finais foram cruéis para mim, mas tive que chamar o cliente e mostrar o meu talento, mas antes mesmo de falar algo, ele se retratou e pediu desculpas.
O peso da minha ignorância que lancei contra o meu cliente, e que agora estava me esmagando, dissipou quando ele afirmou que ninguém gosta de ouvir reclamações, enquanto está trabalhando.
O alívio foi imediato e além de ser pago pelo meu serviço ganhei uma “caixinha” de vinte mangos, e eu além de agradecer só pude falar ; “magina, não foi nada!” rsrsrsrsrsrsrs
Paulo RK

Não consigo ser feliz (Como assim?)

No começo deste mês e ano, um noticiário de uma tentativa de suicídio fracassado me chamou a atenção, um homem esquizofrênico, disse ao seu “salvador”, que não conseguia ser feliz, e que as “vozes”, o orientaram para pular de uma altura de 15 andares.
Totalmente transtornado o homem comoveu a equipe de resgate, e um deles afirmou que, mesmo “acostumados” com determinadas situações dramáticas da vida, estes casos sempre os comoviam.
Felizmente o homem em questão, foi encaminhado a um hospital psiquiátrico e está tendo acompanhamento profissional, e recebendo as devidas medicações.
Mas a questão é; ‘como assim, não consigo ser feliz!?!?!?!?!!?!?!’
Não analisarei o comportamento desta pessoa com esquizofrenia, pois como herdeiro deste mal, sei muito bem como é atormentador ouvir vozes, ou sentir ameaças imaginárias por todos os lados.
Mas novamente a questão é; ‘por que as pessoas ditas “normais” , afirmam que não conseguem ser felizes?’
A felicidade é um sentimento subjetivo e relativo, ela tem uma forma diferente para cada individuo, e por este motivo não existe um manual ou um procedimento padrão para alcança-los.
E é relativo porque o que é importante para mim, pode não ser para você e vice-versa.
Cada pessoa neste planeta tem uma imagem, ou ideia ou um conceito de felicidade, e obviamente que todos buscamos alcançar tal estado e condição de vida.
Penso, que quando uma pessoa não consegue atingir tal objetivo ela afirme: “ não consigo ser feliz!”
Acho que as pessoas modernas estão muito imediatistas, elas querem tudo para ontem, e não aceitando o fato de que tudo na vida tem o seu próprio tempo para acontecer, elas se julgam infelizes.
Vamos lembrar um detalhe crucial em nossas vidas, você pode não achar relevante, mas é, todos nós esperamos nove meses dentro da barriga das nossas mães.
Vivemos num ambiente, num ‘recipiente’, protegido de todas as formas de agressões, e caso você tivesse que sair antes do prazo , interrompendo o processo de amadurecimento, quase sempre não sobreviveríamos.
Pois na vida tudo é assim, tudo tem seu tempo, a sua razão para acontecer e ser, até mesmo para sermos felizes.
Nunca existiu uma geração espontânea, algo não surge do nada, toda forma existente foi concebida mentalmente, amadurecida e por fim realizada.
Então por que a pressa? Não seja imediatista!
Vamos reformular a questão; ‘ o que você tem feito para ser e merecer a felicidade?’
Existem vários caminhos para atingirmos as nossas felicidades, são varias estratégias que podemos utilizar para benefícios próprios.
Portanto, se não deu certo de um jeito, tente de outro, mas não desista ou se julgue infeliz, só porque não conseguiu de imediato.
Lembre-se que o primeiro passo, para a felicidade é a sua própria concepção mental da felicidade, da sua decisão de querer ser feliz.
O segundo é lutar, mas vamos ser inteligentes, vamos fazer a coisa certa, para não gastar energias em vão, o bom senso ainda continua a ser o nosso maior aliado, e o melhor GPS para nos situar nesta vida.
O terceiro e o último, é a persistência, vamos persistir em nossos objetivos até consegui-las, mas prestem atenção, persistir em nossos objetivos, não nas metodologias e tentativas frustradas, a cada erro devemos mudar as nossas estratégias.
Não fiz novos planos nesta virada do ano, pois cai na real e não me permito levar mais pelos entusiasmos, ou pelo calor do momento.
Mas criei coragem, para concretizar um sonho que há muito tempo venho alimentando, inibido apenas pelos meus próprios preconceitos e medos.
“Espero ter colaborado com todas as pessoas que buscam na vida algum esclarecimento para as suas questões existenciais de conflitos. Não sou o dono da razão, pois ninguém neste planeta é, mas determinados pensamentos, raciocínios e reflexões, nos faz sentir melhor em relação a nossa própria humanidade, pelo menos é o que penso e acredito!”
Paulo RK

Seja bem vindo 2.012, bem vindo a estrada da minha vida!

Através das palavras revelo a minha verdadeira essência, e agradeço a vida por viver numa época apropriada a troca de informações, onde posso expor meus pensamentos ao mundo, e absorver novas formas de cultura.
Sei que são poucas as pessoas que cultivam este hábito maravilhoso, que é o da leitura, mas como mencionei é uma questão de hábito.
Portanto convido a todos, que se permitam viajar, através dos olhos daqueles que descrevem o mundo de uma forma, quase sempre fascinante.
Ultimamente tenho mergulhado nos pensamentos de alguns bons escritores, não os famosos, mas os anônimos blogueiros, que como eu, fazem da arte do viver, um exercício para explorar novas formas de enxergar o mundo.
Aprendi o valor e o poder que tem as palavras, elas não são apenas um conjunto de letras, mas carregam consigo sentimentos humanos tão fortes capazes de tocar profundamente, aqueles que leem determinados pensamentos.
Dizem que o tempo cicatriza uma ferida causada por algum objeto pontiagudo, mas que o tempo, não consegue curar as feridas de alguma palavra mal dita.
Cada vez que leio um pensamento, absorvo novas ideias, enriquecendo os meus sentimentos, em relação as pessoas e a própria vida.
Sei que a mente humana ainda é desconhecida pela ciência moderna, mas pessoalmente sinto que ela funcione como o estomago, metabolizando todas as informações que adquirimos ao longo das nossas existências.
E a cada leitura vou compondo a minha personalidade, absorvendo tudo aquilo que acho relevante, e ignorando pensamentos indigestos.
Não é exagero dizer, que carrego um pouco da essência de todas as pessoas que conheço, pois costumo repetir as suas qualidades em pensamentos, atitudes, e em todas as formas de me expressar.
Atitudes e pensamentos saudáveis, devem ser cultivadas, e reproduzidas todas as vezes que tivermos oportunidades, pois na vida tudo é uma questão de prática, quanto mais exercitarmos, mais próximos da perfeição humana chegaremos.
Com toda a certeza, sabemos que o perfeito não existe, mas ao trabalharmos para alcança-las bem próximos estaremos dela.
Então mais uma vez, bem vindo ao meu blog e ao ano 2.012, e apesar das previsões pessimistas que andam fazendo por conta, de um calendário antigo, não temos certeza de nada.
Portanto sugiro a todos que vivam o seu presente, como se não houvesse o amanhã, opa esta frase me fez lembrar uma canção da saudosa banda de rock, lembram?!??!?
Vamos aproveitar o poder, de moldar os nossos futuros através do presente, não fazendo previsões, mas acontecendo e vivendo positivamente um dia de cada vez!
Continuarei a escrever pensamentos reflexivos, pois acredito nelas para curar determinadas imperfeições pessoais.
Muito obrigado aos amigos blogueiros, virtuais e não virtuais, que sempre comentam os meus escritos e me incentivam a continuar.
Paulo RK