domingo, 4 de julho de 2010
Não há tempo para lamentações
Se você me perguntar como vejo o mundo, lhe diria que para mim ela parece uma locomotiva e sem freios, que circula a uma velocidade alucinante.
Não possui freios para nós, nem um outro tipo de controle, pois não podemos controla-la.
O seu destino muitas vezes não é bem escolhida por nós, mas por alguma razão ela sempre nos leva para algum lugar.
Um lugar que no fim sempre acaba tendo algum sentido, o trilho é sempre reto e caso eu escolha caminhar por ela a distorcer a sua forma reta, pagarei um preço alto, e talvez tal ato custe a minha própria vida.
O maquinista, aquele que conduz esta locomotiva, não temos a certeza, deduzimos, acreditamos, ou imaginamos que seja uma consciência, onipresente e atemporal.
Faço uma analogia com uma locomotiva com pressa de chegar a algum lugar,com as nossas ansiedades, onde as paradas nas estações são momentos de nossas vidas.
São destinos, onde conhecemos pessoas e experiências diversas,experiências sensoriais, que nos dão a impressão de que já vivemos aqueles momentos em algum lugar no passado.
Dizem que o tempo não existe, que ela é criação do próprio homem, que o passado, o presente e o futuro acontecem ao mesmo tempo.
Confuso, não acham?
Se isso é verdadeiro, então como explicar as saudades que temos de um tempo que não volta mais, e como explicar os nossos sonhos e planos a realizar num futuro não muito distante?
Não tenho certeza se as passagens de todas as minhas viagens estão pagas, mas agora é tarde, pois como mencionei não temos o controle sobre a locomotiva.
E tudo que eu fizer, estará traçado por uma linha reta chamada destino, a qual os resultados não poderão ser antecipados, mesmo porque todos temos que chegar até o fim da estação.
E os resultados dessas longas viagens, refletirão as experiências adquiridas em cada parada nas estações da vida.
Onde no final, todos nós nos encontraremos só de passagem, onde muitos estarão chegando e outros partindo, como num terminal de trem.
As lamentações ou desistências serão invalidadas, pois a passagem só será paga quando cumprirmos a viagem nesta longa estrada da vida.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RkSp
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Acredito que se compararmos o mundo ou a vida a uma locomotiva sem freios e com uma velocidade alucinante perderemos a oportunidade de apreciar a paisagem.
ResponderExcluirA vida e o mundo não podem ser essa locomotiva que trilha numa linha reta, pois sem freio e sem curvas o seu destino é somente um: o precipicio.
Essa sua locomotiva não tem um condutor? Não acredita que somos nós os condutores de nosso próprio destino? Quem disse que sou obrigada a entrar nesse trem? Quem disse que se eu quiser não posso fazer a minha viagem á pé, de mochila nas costas apreciando a paisagem? A ansiedade nada mais é do que a expectativa antecipada dessa grande viagem. Você, às vezes, nem curte de tanta expectativa!Você acredita que tudo já está traçado que não podemos interferir nessa linha reta chamada destino? Nenhum caminho alternativo?Isso não é muito triste? Essa falta de opção em seguir sempre em linha reta se o mundo é redondo?
Certo que as experiências de cada um vai pesar no fim dessa longa viagem, mas um dia minha saudosa irmã disse que ouviu numa palestra de Ken O'Donnell, que no espelho do saber, apenas a verdade se reflete dignamente e que apenas aquele que se livra da carga tem a leveza de se ver.
E eu acredito que numa locomotiva em alta velocidade iríamos ficar confinados num vagão sem possibilidade de parar em outras estações,pois descarrilaríamos sem freio, ficaríamos ilhados dentro de nós mesmos, impossibilitados de aproveitar essa longa e maravilhosa viagem que é a vida!Passagem? Que passagem se escolhi ser clandestina no meu próprio destino?