domingo, 17 de janeiro de 2010
Eu sou um passageiro
Mais um ano se inicia, cheio de promessas e dentro do meu coração, um monte de sonhos a ser concretizados.
Eu sou um passageiro do tempo, e não temo a vida, pois tudo é ilusão e nada nos pertence.
E as razões porque me levam a viajar de tempo em tempo é para que possa aprender, com todas as formas existentes.
A necessidade de aprender é tão urgente e latente, quanto a própria necessidade de respirar.
Qual é a razão da nossa existência?
Esta é a questão que me aflige desde a época da minha tenra infância.
No entanto, parece que quanto mais envelheço mais esta questão me incomoda, não consigo simplesmente viver e fingir que não exista um propósito maior.
Lí vários livros de filosofia, mas nenhuma delas dá uma resposta coerente a esta pergunta que não quer calar.
E quanto mais amadureço, mais a pergunta se aguça dentro de mim , me corroendo como uma lamina afiada nas mãos de um implacável cirurgião a extrair algum abscesso.
Já vivi bons momentos em minha vida, hoje lembro como se fossem flashes de algum passado que não volta mais.
Ainda que quisesse reviver aqueles bons momentos do passado, tentaria reconstruir o cenário com a habilidade de um bom arquiteto, mas como ativar a motivação humana de cada uma daquelas pessoas que atuaram e interpretaram com muita emoção?
Todos estes interpretes, atores maravilhosos que sabiam traduzir a vida com a máxima de todas as poesias, hoje embrutecidos com a realidade acida, rebelde e cruel.
O passageiro, ainda que inconscientemente sabe que a vida é uma grande nave e por razões desconhecidas nos levam a presenciar fatos, e situações para nos revelar algo que teimamos não enxergar.
Talvez a nossa cegueira, seja o roteiro mais longa de nossas viagens, o mais longo roteiro nesta vida, até que um dia, saibamos o quanto foi precioso os nossos bons momentos .
Agradeço sinceramente por terem lido até o último parágrafo.
Paulo Rk.
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gostei!
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