Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Recuperando as nossas energias, pôr do sol!


Todas as vezes que volto para casa, nos fins de tarde, observo da minha pequena janela ao oeste o ‘pôr do sol’, mal posso explicar o que verdadeiramente sinto, sou tomado por um sentimento muito poderoso, tão profundo que acredito e ainda que possa usar todas as palavras da nossa rica língua portuguesa, não poderia externar o que realmente sinto por dentro.
A questão é que desde pequeno aprendi a apreciar todo o esplendor da natureza do meu entorno, a minha avó costumava reverenciar o nascer e o pôr do sol, colocando as suas mãos em prece, ela agradecia por mais um dia de vida e mais do que isso a minha avó costumava contar as suas historias de vida para seus netos, olhando com certa nostalgia e sempre nos fins de tardes a contemplar o belo céu azul, pincelados com tonalidades avermelhadas e amarelo alaranjado.
Acho que na convivência com a minha avó e pela minha própria descendência e cultura japonesa temos esse respeito e admiração pela mãe natureza, e hoje depois de amadurecido percebo o quanto é maravilhoso poder contar com o que existe neste mundo na natureza de mais maravilhoso, detalhe, gratuitamente a nossa inteira disposição.
Então hoje, nos piores momentos da minha vida, principalmente no que se refere à profissão, onde tenho que lidar com pessoas de diversas formações  durante o dia inteiro, basta eu chegar em casa, e contemplar a natureza do meu entorno para ‘recarregar’ e ‘renovar’ as minhas energias.
Não importando à hora do dia, pois quando chego de madrugada, olho para a abobada celeste escura, onde as estrelas brilham aos milhares, e nos fins de tarde observo o Sol indo embora, afirmando com todo o seu esplendor que amanhã será um novo dia, tão radiante quanto foi o dia de hoje, ahhh não posso deixar de mencionar a parte da manhã, quando o ar friozinho bate em meu rosto pálido e ao leste desponta os primeiros raios de sol, derretendo as gotas de orvalhos nas folhas das plantas do meu jardim, ao mesmo tempo aquecendo o meu gelado semblante assim como a minha própria alma.
Por esta razão o meu dia na convivência com pessoas insensíveis e sentimentalmente grotescas são compensadas por estes fatores naturais, pois vida de ninguém é um mar de rosas, longe disso certas estupidez alheia nos permite sentir em nossas almas as maldades afiadas que como um bisturi cirúrgico nos “cortam” a carne visceralmente de “nossas almas” nos fazendo sangrar por dentro, deixando em frangalhos os sentimentos mais profundos e bonitos que ainda insistimos em nutrir sobre a nossa própria humanidade durante as manhãs e tardes de um dia complexo, mas é no conforto do meu humilde lar que encontro os motivos e as razões para restabelecer as minhas energias, resgatando as minhas convicções de que não viemos ao mundo para sofrer e o meu juramento de que ainda serei muito feliz nesta vida.
Não estou querendo dizer com isso que a minha vida é um “mar de rosas”, acho que tal premissa só existe em ficções românticas da literatura, mas numa profunda reflexão e analise pessoal que me faz pensar, o romance do amor humano só se faz presentes na humanidade graças à própria crueldade daqueles que cometeram atos insanos e grotescos contra a sua própria humanidade.
 Pois se você observar notará que no mundo ou na vida tudo acontece em pares, tudo tem sua contrapartida e a dualidade está presente em tudo, tipo; o amor e o ódio, noite e o dia, frio e o calor, medo e a coragem, o homem e a mulher, a bondade e a crueldade e entre muitos outros fatores que fazem parte e constituem o que chamamos aqui de vida e que não podemos descrever em palavras, ao mesmo tempo em que não podemos negar da sua existência, nos deixam confusos, porque de certa forma se elas existem é porque temos que enfrentar para aprender algo, conforme foi dito por um psicanalista famoso; ‘o que não nos mata nos fortalece’!
É bem isso mas a questão é que somos feito carne, osso e sentimentos, e precisamos de ‘algo’ para nos apegar, e que esse ‘algo’ tenha  verdadeiramente o poder de nos fazer recuperar as nossas forças espirituais para continuar a viver e seguir em frente, e como mencionei acima neste mesmo texto, a minha “bateria” está em meu entorno, como os fenômenos bonitos da natureza, e você o que você faz para ‘reabastecer’ dos desgastes emocionais no convívio social com os das nossas próprias espécies?
Paulo RK

Nenhum comentário:

Postar um comentário