É “engraçado” para não dizer
dramático que ‘algumas pessoas’ estranham quando dizemos que a amamos, porque
quase sempre elas associam o amor a uma coisa mais ‘intima’, ‘eu acho’, ou talvez
porque elas pensem que não devemos mencionar a uma pessoa estranha, que não
seja da própria família, a expressão ‘eu te amo’.
Não generalizando porque tem
gente com a mente mais aberta e um grau de evolução espiritual mais a frente,
que se derretem quando digo que as amo!
Palavras são muito
importantes porque nos conectam com as pessoas, palavras nos ajudam a expressar
nossos sentimentos mais profundos, íntimos e inerentes para as outras pessoas,
elas nos ajudam a explicar ou pelo menos tentar explicar de forma sucinta o
mundo tal qual a percebemos.
Aprendi na filosofia budista
que o Buda “salva” as pessoas por meio das palavras, então percebi o quanto
elas poderiam me ajudar em meus empreendimentos enquanto ‘ser humano’ que se
preocupa com aqueles que amamos e principalmente sabendo que com as palavras eu
poderia “ajudar as pessoas”.
Eu vejo em meu entorno
pessoas com dificuldades de lidarem com suas próprias fraquezas pessoais,
pessoas com dificuldades para lidar com seus próprios demônios.
São essas mesmas pessoas que
amamos e por conseqüência do amor ‘odiamos’ ver sofrerem com o que acredito não
precisarem estar sofrendo.
Porque ‘problema por
problema’ todo mundo tem, pois para quem não sabem elas são conseqüências
naturais das nossas próprias ações impensadas, é fato que para toda ação
existirá sempre uma reação, ‘causa e efeito’.
Por esta razão devemos pensar
mil vezes antes de fazer ou realizar qualquer coisa neste mundo para não nos
arrependermos dez mil vezes, porque uma pequena ação impensada pode ter
conseqüência muito maior a sua proporção inicial.
A questão é que as pessoas
não costumam nos escutar, elas podem nos ouvir, e para quem não sabe a
diferença entre ouvir e escutar ‘vamos lá’, eu já escrevi sobre as diferenças
entre ‘uma coisa e a outra coisa’ em blogs anteriores, mas não custa nada
repetir, dada a relevância do ‘tema/assunto’ em questão.
Escutar é com atenção o que
as pessoas estão nos falando, ouvir nem tanto, pois ouvir é normal, uma função
natural dos nossos ouvidos, mas escutar implica em prestar atenção, ouvir
atentamente conselhos, palestras ou mesmo uma boa música!
Levo muito a sério a máxima
que diz que o Buda salva as pessoas pelas palavras, mas quem é Buda?
Buda não é deus, Buda somos
nós, cada um de nós quando atingimos a iluminação.
E quando atingimos a
iluminação neste mundo?
Atingimos a iluminação quando
deixamos de encarar os nossos problemas como problemas, consequentemente não
sofremos por elas, conseguimos ter na consciência de que se um problema surgiu
fomos nós mesmos os responsáveis e ao invés de sofrermos por ele, buscamos
resolver com a máxima de sabedoria daqueles que atingiu a iluminação neste
mundo, ou aquele que se conscientizou que é um Buda.
Portanto Buda não é um deus, ‘somos
cada um de nós’, tendo a própria condição de sermos únicos em todo este vasto e
imensurável universo, como aquele que veio ao mundo para despertar de tudo que
nos faz sofrer para podermos assumir as nossas condições do divino e ingressar ao
nível mais elevado após esta vida terrena.
Repetindo novamente que Buda
não é deus, e a expressão ‘divino’ que usei aqui, não se refere a um deus, mas ‘divino’
por sermos os únicos em nossas essências, não existem dois ‘eu’ em todo mundo
ou no universo.
Todos que me conhecem
pessoalmente e algumas pessoas do mundo virtual sabem como eu amo enviar
mensagens de otimismo, seja pela manhã, tarde e noite para as pessoas.
Muitos recebem com agrado
tais dizeres, outros com resistência ao
amor fraternal que queremos compartilhar, simplesmente demonstrando
indiferença, e outros muito pior,
dizendo estupidez como ‘só se for para você’! (risos)
Não me ofendo, só acho
“engraçado” porque acredito termos motivos de sobra para vivermos felizes por
estarmos vivos, quem não consegue enxergar que o fato de estarmos vivos é uma
grande dádiva está sendo egoísta, e que a vida é muito mais do que um problema
possa nos fazer ficar desgostoso pela própria vida!
Sou incansável por vezes até
chato com quem insiste em viverem cabisbaixos e tristes, insisto em dizer e
lembrar elas o quanto é bom estarmos vivos, mas pessoas são relutantes e
persiste em querer sofrer.
Tem gente que parece se
acostumou a sofrer com seus próprios infortúnios e ao invés de procurar
solucionar, preferem se fazer de vitimas a reclamar como se o próprio “deus”
fosse seus algozes.
Não percebendo que cabe a
cada um de nós, nos livrarmos dos nossos próprios sofrimentos gerados pelas
nossas próprias ignorâncias, ninguém é vitima de ninguém, apenas colhemos os
frutos de tudo que plantamos ao longo de nossas vidas, ‘causa e efeito’.
Mas se as pessoas são
relutantes para compreender ou se insistem em não querer pelo menos nos escutar
para refletir e chegar alguma conclusão, nada podemos fazer, porque o livre
arbítrio existe e gozamos deste poder, basta ter um pouco de força de vontade e
reagirmos positivamente com as realidades negativas porque sofremos.
Antes sofria muito
principalmente com as pessoas que amo neste mundo, mas percebi que por mais que
eu insista, elas persistem no negativo por vontade e escolha própria e novamente
o livre arbítrio, nada podendo fazer mesmo tendo a maior das boas vontades.
Então deixei de sofrer por
quem eu amo neste mundo, a escolha delas me impedem de agir como um Buda em
suas vidas, de fazer compreender como é bom estar vivo apesar das dificuldades
mundanas que nós mesmos criamos!
Paulo RK
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