Como justificar determinadas atitudes humanas em nome de um deus subjetivo que se quer justifique tamanhas
atrocidades cometidas contra a nossa própria humanidade em nome dele?
Tem gente no mundo que em
pleno século XXI, ainda acredita em ‘guerras santa’!
Não sou o dono da razão por
afirmar convictamente determinadas realidades das condições humanas, apenas
falo o que observo dos comportamentos alheios que considero errôneos praticados
contra o seu semelhante, não sendo, portanto um julgamento da minha parte.
A verdade é que tem pessoas
fanáticas que não aceitam o que mencionamos e muito pior, quando falamos
convictamente elas se ofendem dizendo que estamos ‘falando mal’.
Desde quando falar verdades é
falar mal de alguém?
Não perco meu tempo falando
mal de quem quer que seja, e só critico algumas pessoas do meu entorno quando
elas causam algum transtorno desnecessariamente em minha vida.
Mas mesmo assim, não revido
em palavras ou em atitudes, porque o mal dessa gente ignorante é que elas
mesmas se fazem um grande mal e não percebem o quanto perigosas são para si
mesmas.
Pessoas verdadeiramente
religiosas são diferentes das pessoas fanáticas, porque os fanáticos não
conseguem praticar o amor ao próximo porque se quer são conhecedoras do que eles
chamam de ‘palavras do divino’.
Tenho uma vizinha que vive
dizendo, ‘oh glória, amém e deus é mais’, mas vive fofocando, falando mal das
outras pessoas e muito pior sente inveja dos outros, plantando a sementinha da
discórdia através de suas línguas malditas e atitudes duvidosas.
E não estou julgando, porque
suas atitudes demonstram bem no que estou falando, na verdade estou afirmando o
que todo o pessoal da vizinhança sabe, não sendo novidade para ninguém.
Essa gente vive repetindo em
voz alta que devemos amar o próximo como a nós mesmos, mas na pratica vivem
julgando as outras pessoas e praticam desinteligências em suas vidas, causando
transtornos na vida das outras pessoas em nome de um “deus” que elas próprias
não conseguem compreender.
Certa vez um amigo evangélico
me convidou para ir a sua igreja, fui sincero que não iria para agradar e
talvez futuramente fosse por curiosidade para aprender algo relevante que até
então desconheço desse pessoal, que vive a julgar as outras pessoas.
Percebendo a minha
“hostilidade verbal” o amigo disse que se não fosse iria ficar chateado comigo!
Disse a ele para não ficar,
pois deus só pode habitar num único lugar neste mundo e universo dentro de nós
mesmos, e se crermos num mesmo deus, feito de amor ao próximo e bondade
infinita, compreenderemos que não precisamos ir a igrejas ou qualquer outro
lugar para encontrar, bastando estar em paz comigo mesmo.
Acho que fui convincente,
pois ele nunca mais tocou no assunto ou me convidou novamente, e acho que
apesar da “fé” que ele e sua família “alegam possuir” nem mesmos eles estão mais frequentando com a mesma intensidade com que eles alegavam frequentar.
Porque acredito que tais
manifestações exageradas de fé cega, se quer podem ser consideradas ‘fé
genuína’, mas fanatismo de quem tem que convencer as outras pessoas do que elas
mesmas não conseguem se convencer.
Porque quando acreditamos em
algo do plano superior somos tranqüilos, falamos com convicção e agimos ou pelo
menos procuramos agir corretamente, procurando ser assertivos em tudo que
fazemos nesta vida, não nos preocupando com assuntos alheios, tratando apenas dos
assuntos pertinentes com as nossas vidas para vivermos inclusive em harmonia
com todos.
Mas nunca julgamos quem quer
que seja, pois sabemos que amar ao próximo é saber perdoar, e compreender as
diferenças e respeitar mostrando o caminho para aqueles que erram ou cometeram
graves erros no passado, para não mais cometerem erros em suas vidas e pararem
de sofrer.
Este mesmo amigo mencionou
que ninguém gosta de evangélicos e todos “perseguem” os membros desta religião,
então disse a ele que tal “perseguição” se dá pelo próprio comportamento hostil
deles, que é o de julgar o que eles não conhecem.
Quem de nós nunca cometeu erros
em todas as nossas vidas para podermos apontar o dedo ou mesmo julgar quem quer
que seja ninguém é perfeito, viemos ao mundo para aprender, então estamos no
mesmo barco, não sendo necessário agirmos com a desprezível mania de julgar
pessoas, culturas ou realidades de vidas que não conhecemos!
Tem mais, este meu amigo
evangélico é muito bom comigo, por enquanto ele tem sido justo em todos os
assuntos pertinentes aos nossos negócios, das parcerias que temos acordado
juntos, mas de vez enquanto ele me direciona maldades que não se encontram
dentro de mim, mas dele mesmo.
Então eu “brinco” nas
palavras dos próprios evangélicos dizendo ‘vigie irmão’, tire as suas maldades
do seu coração, pois ela não habita dentro de mim, fazendo o calar!
Sou budista e não acreditamos
num deus central, como aquele que pode tudo, se ele realmente existisse tal
como todos acreditam convenientemente, não haveria a necessidade da grande
benção que ‘herdamos’ ao nascermos neste planeta e mundo, que é o poder do
livre arbítrio.
É muita contradição o que
eles afirmam, ‘somos abençoados por este poder que confere a nós total
liberdade de fazermos o que bem entendemos das nossas vidas’, e ao mesmo tempo
em que tais fanáticos religiosos afirmam que ‘não somos nada perante esse deus
todo poderoso’, onipotente e onipresente!
Portanto nunca poderia seguir
uma religião que me deixasse mais confuso perante a minha vida e as pessoas do
mundo, afirmando tais condições sem lógica e sentido algum.
Aprendi no budismo que não
temos que conjecturar o que não conseguimos compreender, mas viver a realidade
de cada dia, a nossa vida real em paz, procurando dar o nosso melhor e fazer o
melhor para as pessoas sem cultivar sentimentos de ódio, desprezo e o desamor,
coexistindo com todos de forma harmônica.
Que outra maneira eficaz de
provar as outras pessoas das nossas verdadeiras crenças do divino, do que
através das nossas próprias atitudes de amor e respeito com nós mesmos e
principalmente com o próximo!
Quando me deparo com um
intolerante religioso que teima em dizer coisas horrendas sobre o budismo para
mim, eu simplesmente o ignoro, mas mesmo assim se ele insistir na sua própria
falta de convicção em seu deus, eu aprendi a fazer o calar dizendo, ‘graças ao
seu “deus”, eu sou budista’!
Acho que para um bom
entendedor meias palavras bastam e acho que tem sido suficiente, pois quase
sempre eles se calam e me deixam prosseguir em paz com as minhas próprias
convicções que muito habilmente comprovo em minhas atitudes. (risos)
Paulo RK
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