Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 29 de junho de 2014

Precisamos acreditar em tudo que nos resgate, do que somos capazes de realizar e ser neste universo!


Hoje em dia quando alguém ou algum fanático tenta me converter para a sua religião, tentando provar que o budismo não é uma religião que se preste, eu só falo uma coisa pra fazer calar a ignorância alheia: “graças ao seu deus, eu sou budista”!
Simples assim, pois a falta de bom senso e falta de respeito com o próximo, mal dizendo uma crença que ele muito provavelmente não conheça, prova exatamente que tal pessoa não é digna ou mereça respeito daquilo que diz acreditar.
Pois para quem não sabe, nossas atitudes falam por si só, e mais do que palavras, atitudes comprometem tudo o que elas pregam dizendo que só o deus deles, possui este amor infinito.
Quando eles próprios como seguidores provam o contrário, contradizendo tudo em atitudes, o que eles afirmam de ‘boca cheia’ sobre seus deuses, quando não conseguem amar o próximo, respeitando suas crenças, opções ou quaisquer outros fatores, que nos definem como seres humanos!
Desde 1999 quando conheci o budismo pela primeira vez, aprendi como essa religião é coerente, um dirigente me perguntou por que eu estava naquela reunião.
Prontamente respondi que estava lá porque queria ajudar a minha irmã com dificuldades, e a sua resposta fez toda a diferença na minha decisão de seguir até o fim da minha vida, esta maravilhosa filosofia de vida.
Ele muito sabiamente respondeu que não poderíamos ajudar alguém se a nossa condição interior estivesse tumultuada, ele usou o exemplo da casa bagunçada, dizendo que não conseguiríamos arrumar a casa dos outros, se as nossas estivesse em desordem, por mais bem intencionados que fossemos.
E continuou dizendo que não é o Buda quem salva alguém, mas as nossas decisões de colocarmos em prática todos os ensinamentos deixados como uma ferramenta, ou legado para toda humanidade.
Saiba que até chegar ao budismo experimentei todas as outras religiões, enquanto as outras falavam num deus fora de nós, central e cheio de bondade, e que ao mesmo tempo pune seus filhos com castigos cruéis, com aqueles que questionam a sua existência, aprendi no budismo, que devemos questionar a própria filosofia.
Porque só vou saber se o budismo é bom para mim, se conhecer  outras religiões, ao contrario do que acontece com a religião predominante nesta parte do planeta, onde todos são ensinados a temer e muito pior, a não questionar um deus imaginário que “segura” seus fieis impondo medo a eles.
Não estou aqui para cometer as mesmas ignorâncias, pois eu não preciso provar que o budismo é melhor que outras religiões, maldizendo as outras.
Pois se eu tivesse as mesmas atitudes que as pessoas das outras religiões, estaria mostrando a elas, que o budismo é tão fraco quanto o deus deles, e procuraria outra filosofia para eu seguir.
No próprio budismo aprendi que quaisquer religiões que escolhemos para seguir, ela teria que atender a três quesitos ou provas básicas, de sua validade, que são:
1.    Prova documental
2.    Prova teórica
3.    Prova real
1., Prova documental no budismo são os escritos sagrados, cartas que foram escritos pelo próprio buda Nitiren Daishonin, para seus discípulos e seguidores onde ele incentiva e encoraja pessoas comuns, a superarem todas as suas dificuldades mundanas.
Nesses documentos em nenhum momento ele condena, julga ou amaldiçoa seus discípulos, muito pelo contrário ele nos lembra a todo instante de que também podemos ser felizes neste mundo e a despeito de quaisquer dificuldades que estamos passando, somos divinos por possuir tais condições naturais e inerentes.
Buda não é um deus, mas um ser como outro qualquer que atingiu a iluminação, ou seja, superou a sua própria ignorância fundamental e inerente. E todos nós sabemos que os sofrimentos nascem da própria ignorância do não saber de quem somos e do que somos capazes.
2., Prova teórica; o raciocínio budista é muito lógico, portanto não nos baseamos em ‘cobras que comeram maçãs’, e por consequência o mundo está do jeito que está, mas acreditamos na lei da causa e efeito, onde tudo que fazemos em nome do livre arbítrio terá consequências.
Ou seja, se fizermos o bem, o universo conspirará a nosso favor, nos retribuindo na mesma moeda e do contrário é verdadeiro.
Portanto o verdadeiro praticante do budismo atua sempre com o bom senso, não pregando a violência, a estupidez e o ódio contra quaisquer realidades ou contra o seu semelhante.
3., Prova real, do meu ponto de vista o mais importante, pois é onde provamos para todas as pessoas, a validade deste ensinamento deixados  pelo próprio buda, através de atitudes, do que falamos e de nossas próprias vidas.
Não havendo necessidades de criticar através das palavras, mostramos ao mundo o nosso próprio exemplo de superação da vida, baseados na filosofia de vida a qual praticamos.
 Importante lembrar que a superação espiritual melhora muito a nossa condição material neste planeta.
Obviamente que não praticamos o budismo pra nos enriquecer financeiramente, mas quando procuramos nos enriquecer espiritualmente, a nossa vida material evolui nas mesmas proporções.
Buda não condena o enriquecimento material, desde que ele seja colhido e usufruído com o máximo de bom senso, sem a prática da avareza.
Então para terminar este texto que ficou muito comprida, vou deixar a minha posição em relação as minhas crenças.
EU PREFIRO ACREDITAR EM TUDO QUE FOR COERENTE E QUE SIGA UMA LÓGICA COMPORTAMENTAL RACIONAL, NÃO NO IMAGINÁRIO COLETIVO OU NUMA CONDIÇÃO SOBRENATURAL A QUAL ME IMPEÇA DE SUPERAR TODAS AS MINHAS FRAQUEZAS NESTE MUNDO!
Paulo RK

Um comentário:

  1. "deus fora de nós" realmente é incoerente e que Ele possa estar consciente em nós através destas vestimentas que utilizamos em seu nome...linda postagem reflexiva brother!!!

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