Não sei se vocês estão lembrados do meu “filhote”, o
‘Legorin’ um gatinho que jogaram no meu quintal (?) e eu adotei como se fosse
meu!
Tenho muito orgulho de ser seu pai ou mãe, porque na
verdade exerço essas duas funções; a paternal e a maternal, se enganam todos
aqueles que afirmam que um homem não pode ser mãe por ser homem e uma mulher
não pode ser pai por ser mulher.
Sou prestador de serviços para muita gente
descolada, e testemunho mulheres que além de terem que trabalhar fora cumpre o
papel de mãe e pai com esmero, e a despeito das dificuldades de quem precisa
trabalhar fora e ainda; colocar em ordem os afazeres domésticos e
principalmente cuidar da educação de seus filhos, tais mulheres são uns
exemplos de superação, elas se querem tem tempo para reclamar ou para dedicar a
elas mesmas.
E alguns homens para quem presto os meus serviços,
também são exemplo de “mães” solteiras e muito competentes, eles fazem tudo o
que o seu equivalente feminino faz e com muito carinho, deixando ou permitindo
o seu lado ‘feminino’ aflorar.
Os machistas de plantão irão torcer o nariz ou dizer
o contrário e criticar homens que executam tarefas femininas com esmero, ‘sinto
muito’ mas tais “homens” são boçais vivendo no século errado, deveriam se atualizar,
acompanhar mais a época em que estão vivendo ou voltar para o século passado,
aliás, de onde nunca deveriam ter saído. (risos)
Mas voltando ao assunto dos diversos papeis que um
homem ou mulher tem que assumir dentro da sociedade devido às difíceis adversidades
e circunstâncias que a vida contemporânea nos proporciona, optei em adotar um
“filho” e estou passando por uma experiência traumática, nem é drama da minha
parte como mãe/pai ou pai/mãe, que tenho que ser na minha vida de solteiro.
Na verdade o meu drama vem do medo que tenho caso o
meu ‘filho’ conheça algum ‘monstro humano’ e seja submetido algum sofrimento
físico ou psicológico e todas às vezes quando chego do trabalho e ele não
responde quando eu chamo, eu fico preocupado e não consigo fazer nada até que
eu o veja que ele está bem, ‘coisas de mãe’ super protetora. (risos)
A questão é que o ‘Legorin’ sendo o meu “filho”
adotivo, ensino para ele o que são os sentimentos do amor, o que é sentir
carinho pelo próximo e simplesmente o que é gostar das pessoas e animais que a
gente ama ‘como se não houvesse o amanhã’!
E o meu dilema seria como explicar para ele que no
mundo nem todo mundo gosta de animais, tratando eles com os devidos respeitos,
carinhos e delicadezas que merecem.
Acho que tenho competência para amar e falar sobre o
amor para quem quer que seja ou mesmo ensinar o amor para as pessoas
ressequidas com ressentimentos de tudo que é negativo e que a humanidade pode
“apreciar” nesta vida e mundo.
Mas acredito que estou falhando com a educação do
meu ‘guri’ (Legorin) porque ele parece não temer as pessoas, estive observando
tais pessoas estranhas que pega ele no colo, pega porque ao chamar pelo seu
nome ele prontamente atende e se recebe um carinho extra, começa a ronronar.
Posso dizer que estou mergulhado num dilema me
preocupando, dele um dia se aproximar de algum humano mal intencionado e este suposto
humano cometerem alguma maldade ou mesmo lhe tirar a vida, nem gosto de pensar
começo a sentir aperto no meu peito e inevitáveis lágrimas começam a correr dos
meus olhos.
Caros pais solteiros de plantão, eu suplico imploro
por uma ajuda ou simples orientação; ‘como ensinar ao meu “filho” Legorin, os
verdadeiros sentimentos que o ser humano pode nutrir com as outras espécies e
ao mesmo tempo, alertar sobre os perigos que a nossa própria espécie representa
a toda espécie animal do planeta inclusive a dele’?
Paulo RK
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