Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O dia dos pais que chorei e muito!



Hoje dia dos pais me bateu uma puta tristeza, logo após assistir a um comercial de uma companhia aérea daqui de São Paulo, comecei a chorar, e pior, as agências de propagandas parecem ter aprendido a associar campanhas de produtos e serviços a fatores humanos, nos sensibilizando fortemente.
Obviamente que chorei não pelo meu pai, mas por aqueles que nunca tiveram pai e mãe neste mundo, que parece estar cada vez mais hostil, tornando a vida daqueles que nunca tiveram apoio ou se quer atenção das únicas pessoas que poderiam fazer algo por eles.
Então aconteceu da seguinte forma, estava lendo alguns artigos, escutando música e conversando com um amigo pelo Facebook, quando ele começou a criticar tais datas comemorativas, escolhidas convenientemente pelo comércio, e principalmente quando falei pra ele que dia dos pais são todos os dias dos 365 dias do ano!
Ele me “elogiou” meio que assim sem graça, pois ele nunca conheceu seu pai biológico, e nunca escondeu a sua grande frustração por não tê-lo conhecido.
Na verdade e como sempre costumo mencionar por aqui, ninguém neste mundo e quem saiba talvez ninguém neste vasto universo seja um coitadinho, pois colhemos o que plantamos em nossas vidas, mas não consigo deixar de me comover por essas pessoas, pois percebo nelas certa revolta.
A minha mãe sempre foi uma mãe do tipo leoa, capaz de matar se alguém ameaçasse a sua prole, ainda que as ameaças fossem psicológicas, ela sempre ficava em alerta e como ela mesma dizia, ser uma “galinha” vigiando seus pintinhos debaixo das asas. (risos)
Meu pai sempre foi uma pessoa muda, do tipo que não fala muita coisa e nem demonstrava emoções em palavras, mas desempenhava muito bem o seu papel de pai, trazendo comida pra dentro de casa, pagando as contas e deixando seus filhos de certa forma, bem estruturados para podermos aguentar quaisquer crises, inclusive como essa própria crise em que vivemos atualmente no país.
Enfim mas o que quero dizer é que tais dedicações deles fizeram de mim uma pessoa melhor, um ser de bom coração, não que alguns amigos meus não sejam, por não terem tido pai ou mãe biológicos, mas é que percebi neles a incapacidade de se conectarem sentimentalmente, com a gente ou com quem quer que seja.
Sinto frieza, nas coisas que falam, como este comentário sobre  a tal propaganda da companhia aérea que o meu amigo mencionou como hipócrita, feita apenas para vender seus serviços e produtos.
Não que ele esteja errado, pois eu concordo conforme mencionei logo de inicio as estratégias e artimanhas de uma boa propaganda publicitária, usando fatores humanos para comover e vender para humanos consumidores, cada vez mais em alta.
Mas vamos para as questões que me entristeceram, atualmente estudo psicologia, sou meio que autodidata quando gosto de um determinado assunto, procuro estudar tudo a respeito, e compreendo que um ser humano só pode ser completo, quando ele é amado desde a infância até a sua fase adulta.
Pois dizem que a fase da infância é muito importante para a boa formação de qualquer caráter de um adulto normal!
Então fiquei triste porque conheço muitas pessoas que foram abandonas pelos seus próprios pais, alguns até criaram, mas com aquele sentimento de desprezo.
E observo os comportamentos desses amigos, eles são frios e parecem nunca conseguirem, por mais que se esforcem atingir a felicidade em suas vidas.
É claro que atingir a felicidade pessoal neste planeta está cada vez mais difícil e à medida que o tempo avança ser feliz se tornou uma utopia mesmo para pessoas que tiveram bons pais e foram amados desde a infância.
A questão de onde quero chegar é que talvez o mundo atual retrate bem, ‘ainda que agora me falte palavras para externar meus sentimentos em relação aos filhos abandonados pelos seus pais biológicos’.
O caos que impera e a frieza dos sentimentos nos corações da humanidade só pode ter uma única explicação, filhos que cresceram sem ter o amor dos pais biológicos.
Porque na minha compreensão, sobre o contato que se estabelece entre pais e filhos é muito sagrado em todos os sentidos, fazer filhos e abandona-los a própria sorte nesta vida, deveria ser considerado um pecado mortal, punindo aqueles que banalizam tal poder, o de trazer seres inocentes ao mundo.
A minha mãe sempre falou e sempre fala; ‘se fez filhos, cuide bem deles, pois eles não pediram pra nascerem’!
E a minha indignação vai mais além quando percebo que os animais que consideramos irracionais, demonstram mais maternidade do que nós, estúpidos “animais de tetas” que nos julgamos superiores a quaisquer outras espécies deste mundo!
Deus perdoe por tal arrogância e soberba, pelas nossas atitudes e por falta de consciência pelos nossos próprios atos desprezíveis, como aqueles que deveríamos pelo menos amar nossos filhos!
Paulo RK

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