domingo, 5 de julho de 2009
A minha visão de Deus!
Numa conversa informal, entre colegas de trabalho, quase discuti com um grande amigo, que começou a me criticar só porque sou budista.
Ele começou a dizer que um budista não acredita em Deus.
Pura ignorância, pois o budista acredita sim, em um deus, só que de forma totalmente diferente que as outras religiões.
Para nós budistas, deus é uma lei, uma lei mística, presente em todos os seres e coisas, animadas e inanimadas do universo.
Perfeita, impecável e totalmente correta, esta lei não castiga e nem beneficia, seus opositores , muito pelo contrário, ela mostra através do conceito, “causa e efeito” o que é certo e o que errado.
E com este conceito, “tenta” mostrar a todos que viemos aqui para aprender, para nos aperfeiçoarmos e não para criticar, punir, destruir ou matar.
É pura lógica, se observarmos o mundo em que vivemos, tudo é regido por uma lei, você acreditando, ou não.
Um exemplo muito simples, são as leis do transito, não preciso dizer que ela existe, e deve ser cumprida a risca, pois uma só negligência, ao conduzirmos um veículo, somos punidos com multas e pontos na carteira, ou pior, colocamos em riscos as nossas próprias vidas e as vidas de outras pessoas.
Sem falar que o nosso próprio planeta, obedece as leis da gravidade, onde os corpos são atraídos para o centro da terra, permitindo a nós que caminhemos livremente sem nos preocupar em flutuar espaço afora.
Podemos citar também, as leis da física, sem o qual não viveríamos , a própria energia gerada pelos geradores, nos permite utilizar este computador para “navegar” na internet, entre outros benefícios que a energia elétrica nos proporciona.
Lembrando que todas estas leis, sempre existiram e elas foram reveladas por um alguém, não foram criadas por uma pessoa, mas foram “descobertas”e “reveladas” por alguma forma de inteligência.
As leis dos trânsitos, nasceu de uma necessidade de preservarmos vidas, a lei da gravidade foi descoberta por um cientista, e as leis da física também.
Logo podemos dizer que estas leis, são perfeitas, pois tem como propósito principal preservar, conduzir,manter e nos ensinar a termos um respeito maior pelas nossas próprias vidas.
Não podemos “barganhar” com esta lei, pois já temos o suficiente que é o milagre da vida.
Quando um budista medita as suas orações e mantras, na verdade ele esta agradecendo pelo dia concedido, e por ter cumprido mais uma jornada, mais uma etapa da vida .
Não se faz pedidos pessoais a lei, ela existe é para ser cumprida,logo o budista faz juramentos para alcançar seus principais objetivos, mas nunca barganha, como se faz no comércio ou em feiras livres.
Deus, para nós é a própria Lei Mística, a lei que rege o imensurável universo, e está presente no micro cosmo e macro cosmo.
Estar bem consigo mesmo, é o propósito de se meditar os mantras, forma de extrair a sabedoria e energia vital do fundo do nosso micro cosmo.
Acreditamos, que tudo que o homem precisa ,está dentro de nós mesmos, e não procuramos uma salvação externamente, mas no interior de cada um de nós.
É conhecendo o nosso interior, que conhecemos o universo ao nosso redor , logo se compreendermos que somos a extensão deste maravilhoso universo, como microcosmo, ficará mais fácil respeitar o nosso semelhante como parte intrínseco deste macro universo.
Bem que ele tentou discutir comigo, só que nesta lei, a qual seguimos fielmente, não nos permitimos conjecturar.
O bom senso, é a base de toda a nossa prática budista, e a nossa conduta de não discutirmos aquilo que não temos certeza, faz toda a diferença na nossa vida cotidiana.
Se vivemos num mundo livre, onde todas as “certezas” apontam para várias direções, como defender uma única verdade, baseado numa crença pessoal?
Seria meio arriscado, não devemos aceitar a realidade como sendo a única verdade só por que acredito nela.
Devemos sempre dizer, eu acredito, eu penso e nunca afirmar, uma condição que não temos certeza, pois nem toda a crença é realidade. No budismo aprendi que existem duas verdades, a verdade absoluta e a verdade relativa.
Entende-se por absoluta, a verdade que todos concordamos, que é fato, já a verdade relativa é aquela que nem todos concordam.
Traduzindo em miúdos, o homem pode acreditar numa mentira, como sendo verdade, e aí ninguém poderá mudar a sua opinião a respeito, ele morrerá acreditando nesta “verdade” que ele própria tenha criado.
Agradeço por terem lido até o último parágrafo, fale, comente, sobre a sua impressão pessoal.
Muito obrigado, Paulo Rk.
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e sempre assim que funciona as pessoas criticam uma as outras sempre dizendo que sao donas da verdade mesmo sabendo que o dono da verdade somente e DEUS a religiao ou crenca que nos temo ou acreditamos so serve realmente pra nos descobrirmo a forma como DEUS esta ou vive em nossas vidas e assim pofendo nos ajudar a cada dia ser uma melhor e como diz a palavra religiao do latim religio usado na vulgata qye significa orestar culto auma divindade se religar a ela mas sempre tem pessoas se achando uma melhor que a outra e se esquecem do real objetivo de religiao
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