Eu não sei quanto a vocês, mas hoje estou me
importando bem menos com as contas e obrigações que tenho que “enfrentar”, ou
num português claro, contas (faturas) que temos que pagar todo fim do mês.
Não me tornei numa pessoa irresponsável ou aqueles
que parecem desprovidos de neurônios, que não ligam para absolutamente nada, ‘não’;
muito pelo contrário, continuo sendo aquele rapaz latino americano, sem
dinheiro no bolso, mas com um coração cheio de boas intenções com o próximo, e
na cabeça, um monte de sonhos, que sinto intuitivamente ter que concretizar
ainda em vida.
Nem me pergunte o que tenho feito, que até hoje não
realizei metade do que vivo sonhando em tempo integral, acho que por comodidade
tenho feito o que todos tem feito; ‘fazer o que todo mundo faz, só para sentir
normal e ser aceito por aqueles que se julgam normais’.
Mas o que é ser normal num mundo cheio de pessoas
que pensam diferentes uns dos outros (?), e o pior nos tempos da era da
informação, ninguém mais respeita opiniões contrarias as suas, parecendo que
todos são donos da verdade, chegando a brigar e comodamente bloquear as pessoas
em suas redes sociais, como se elas próprias fossem donos da razão sem querer
saber os pontos de vista alheios e os pontos em comuns que poderiam encontrar
numa divergência, criando se assim um ponto de vista novo e agregando valores
nesta nova maneira de encarar a mesma realidade.
E quando o assunto for política ou picadinha daquela
suposta doença xinguilingue, aí é pior, principalmente quando nos posicionamos
com base na verdade cientifica, parece que o mundo desaba sobre as nossas
cabeças, e para quem é casado e tem filhos, observo a intolerância de suas
proles, que discutem com seus pais perturbando a paz e desequilibrando o
ambiente familiar, sobrinhas que brigam com seus tios e tias, amigos de longas
datas que deixam de conversar e até “ficam de mal” (risos), sim seria cômico se
não fosse trágico toda essa intolerância por conta de opiniões divergentes.
Acho cômico pela própria falta de coerência, as pessoas
fazem muita questão de terem mil amigos nas redes sociais ao mesmo tempo em que
elas na vida real, parecem ter ojerizas de fazer novas amizades e se quer
cultivam ou fazem questão das amizades antigas, e tais incoerências do
comportamento humano não são restritos apenas aos seus comportamentos em
relação ao seu próximo, elas também são consumistas compulsivos, parece amar
aparelhos de celulares caríssimos, do tipo último modelo e geração, capazes de
conectar com “Deus” e o mundo, no entanto tal conectividade não faz sentindo
algum, pelo menos no que se refere as relações humanas, pois parece que tais
conexões só servem para conectar um ‘gedgets’ ao outro, ou resumindo, um
dispositivo eletrônico portátil se conectando eletronicamente com um outro.
Que a ciência e a tecnologia evoluíram muito desde
os nossos primórdios eu não questiono e nem quero causar polemicas sobre a tal suposta
evolução cientifica e tecnológica, mas a questão é, e sempre será; nós humanos.
Não somos compostos apenas de matéria, existe um
lado subjetivo que aqui alguns denominam alma, espírito ou energia, dependendo
de suas crenças religiosas ou filosóficas, e ainda tem os que não acreditam na existência
desta nossa subjetividade, da parte que não enxergamos, mas que atuam de forma
muito presente na vida de cada um de nós, ‘patéticos humanos’, e que aqui
podemos chamar de sentimentos.
Observem que a subjetividade humana tem efeitos
reais sobre o nosso mundo objetivo ou todos os fenômenos que atribuímos a nossa
realidade de vida, muitas questões que ainda reside no imaginário coletivo, mas
que ao mesmo tempo não podemos explicar em palavras e não podemos negar da sua existência
e efeitos em nossas realidades de vida.
Citando aqui como exemplo; alguém em sua sã consciência
consegue explicar ou já tentaram explicar os sentimentos do amor em palavras
(?), complicado, não é mesmo (?!?!), para não dizer impossível, ou mesmo tentar
explicar a própria crença em Deus que faz mover a nossa fé, e essa própria fé
nos possibilita a transformar as nossas realidades de vida negativas em
positivas ou vice versa.
Mas aqui nesta reflexão muito pessoal, e que
acredito ter adquirido no próprio processo do meu amadurecimento e
principalmente aguçado com os estudos filosóficos budistas que tem amadurecido
desde a minha conversão ao budismo bem como a minha atual obsessão em estudar
sobre a Matriz Divina (ciência quântica), não quero discutir em vão com ninguém
ou impor no coletivo imaginário das pessoas o que tenho aprendido e
experimentado na minha própria vida, seria muita pretensão.
Porque simplesmente aprendi que não existem verdades
ou mentiras, o certo ou errado nesta que chamamos vida ou mundo para alguns,
tudo que manifestamos é a própria necessidade humana de experimentar e
vivenciarmos tudo que trouxemos ao mundo em forma de vocação e ou missão,
dentro das nossas mentes e ou almas.
Algumas pessoas inflexíveis assumem a defesa de uma
realidade x enquanto outros defendem o y
como sendo a mais absoluta verdade, mas o que as pessoas não conseguem
compreender é que num mundo relativo em que vivemos, toda realidade é baseada
na experiência individual do próprio individuo, logo eu não posso impor a minha
realidade de vida para quem quer que seja, pois a percepção de um individuo
para outro muda conforme suas próprias crenças,formação cultural e a própria experiência
de vida.
Num mundo relativo em que vivemos tudo não passa de
um aprendizado, e tais aprendizados deveriam ser somados com outros
aprendizados e não entrar em conflitos por divergências e desagregar valores.
E para finalizar este meu texto reflexão, um
pensamento/opinião; “não vale a pena discutir com pessoas que não estejam
dispostas a escutar as outras, porque para algumas pessoas elas estão acima do
que é certo e ou errado, pouco se importando com o que pensam as outras pessoas”.
Quanto à foto desta postagem, não esquenta, eu só
quis postar, porque conforme vou adquirindo mais idade estou me sentindo mais tesão (risos) ao contrário da minha adolescência que me sentia horrível e no processo do meu amadurecimento espiritual e
mental aprendi que não precisamos justificar nada para ninguém; ‘se sentiu
vontade, faça’! Simples assim (!), mais vale ser o que desejamos ser e fazer o que queremos
fazer do que viver uma vida em função do
que as pessoas acham ser o correto ou aceitam como verdadeiras para elas mesmas,
fica a dica!
Afinal de contas e no final ninguém paga as minhas
contas do mês e ponto final.
Paulo Rk